Tribunal de Contas determina cassação de aposentadoria de Durval Barbosa

Compartilhe

O Tribunal de Contas do Distrito Federal determinou que o governo casse a aposentadoria de Durval Barbosa, o delator do escândalo da Caixa de Pandora. Como delegado inativo, ele recebe mensalmente R$ 20,2 mil. Mas Durval foi condenado em uma ação de improbidade administrativa à perda da função pública e dos direitos políticos, além do ressarcimento de R$ 3 milhões aos cofres públicos. Como o processo transitou em julgado, o Tribunal de Contas quer a anulação da aposentadoria do delegado, a contar de 27 de janeiro de 2015, data da baixa da ação de improbidade no Judiciário. Na última quinta-feira (27/10), a Procuradoria-Geral do Distrito Federal enviou a documentação sobre o caso à Polícia Civil, para que seja feita a instrução do processo de cassação da aposentadoria de Durval Barbosa. Depois disso, o caso segue para as mãos do governador Rodrigo Rollemberg, a quem cabe assinar a anulação do benefício.

O delator da Operação Caixa de Pandora foi condenado na ação de improbidade em dezembro de 2009. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal, a Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan), que era presidida por Durval, firmou dezenas de parcerias irregulares com o Instituto Candango de Solidariedade (ICS). Os contratos assinados sem licitação, segundo o MP, tinham objetos amplos, indefinidos e totalmente imprecisos, com prazos de vigência curtos.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal informou que encaminhou ofício à Polícia Civil do DF solicitando que a instituição promova a instauração de processo administrativo, “com observância do contraditório e ampla defesa, com vistas à cassação da aposentadoria de Durval Barbosa Rodrigues, sem prejuízo, se for o caso, de processo administrativo disciplinar em razão das faltas eventualmente praticadas pelo servidor”. A Polícia Civil confirmou que dará andamento à instrução do processo de cassação da aposentadoria e informou que a documentação será enviada ao governador, após a conclusão.

A advogada de Durval Barbosa, Margareth de Almeida, disse que ainda não teve acesso à decisão do Tribunal de Contas, mas adiantou que vai questionar a medida. “É um entendimento equivocado. A condenação por improbidade foi bem clara ao determinar que ele deveria perder a função que ocupava à época dos fatos. No caso, a presidência da Codeplan”, argumentou Margareth.

Helena Mader

Repórter do Correio desde 2004. Estudou jornalismo na UnB e na Université Stendhal Grenoble III, na França, e tem especialização em Novas Mídias pelo Uniceub.

Posts recentes

  • CB.Poder
  • Eixo Capital

Pizza e salvamento: pelo 190, Centro de Operações da PM recebeu mais 134 mil ocorrências em 2024

Em 2024, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) — que recebe as ligações…

1 dia atrás
  • Notícias

“Trump vem muito fortalecido e com um pouco de sede de vingança”, diz João Carlos Souto

Eixo Capital - À queima-roupa publicado em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria…

5 dias atrás
  • CB.Poder

Uma chapa feminina para o Executivo e Legislativo

Coluna Eixo Capital publicada em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria Campos  Um…

5 dias atrás
  • CB.Poder

Bia Kicis viaja para acompanhar posse de Trump

Coluna Eixo Capital publicada em 18 de janeiro de 2024, por Ana Maria Campos A…

6 dias atrás
  • CB.Poder
  • Eixo Capital
  • Notícias

Morre Edson Smaniotto, desembargador aposentado do TJDFT

ANA MARIA CAMPOS Morreu nesta manhã (17), o desembargador aposentado Edson Alfredo Martins Smaniotto, do…

1 semana atrás
  • CB.Poder
  • Eixo Capital
  • GDF

Tarifas de ônibus do DF serão congeladas até o fim de 2026

ANA MARIA CAMPOS O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, anunciou que não haverá…

2 semanas atrás