A retomada do julgamento da deputada distrital Liliane Roriz (PTB) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) foi adiada pela terceira vez. Agora, a suspensão da análise do caso ocorreu a pedido da defesa. Os advogados da parlamentar alegam que Liliane já foi condenada em outro processo pelas mesmas acusações e que ela não poderia ser processada duas vezes pelo mesmo crime.
O julgamento começou no ano passado e foi interrompido por pedido de vista. Já há cinco votos para a condenação da filha caçula de Joaquim Roriz por crime de compra de votos e falsidade ideológica na disputa eleitoral de 2010. A maioria do plenário entendeu que, durante a eleição daquele ano, Liliane prometeu cargos no GDF em troca de trabalho de cabos eleitorais.
Ela ainda teria deixado de declarar na prestação de contas à Justiça Eleitoral a ajuda na campanha que recebeu de pelo menos 20 pessoas. Os cinco desembargadores que já se posicionaram acataram a denúncia do Ministério Público Eleitoral e condenaram Liliane a uma pena de quatro anos de reclusão em regime semiaberto, podendo ser convertida em restrição de direitos.
À Justiça Eleitoral, Liliane Roriz negou promessa de nomeações de cabos eleitorais em cargos públicos. Sobre o trabalho não declarado na prestação de contas, a distrital disse que eram voluntários que procuravam o comitê de campanha por serem eleitores de seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz.
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