BRUNO LIMA
Os desentendimentos com o presidente regional do Solidariedade, deputado federal Augusto Carvalho, fez com que a deputada distrital Sandra Faraj fosse expulsa do partido. A parlamentar foi avisada do afastamento na terça-feira (20) por um comunicado assinado pelo presidente nacional do partido, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força
No documento, Paulinho afirma que a decisão foi tomada pela Executiva Nacional da sigla e que não aceitará “qualquer intervenção na composição do partido no DF”. Manterá Augusto Carvalho como dirigente no Distrito Federal. O ofício ainda ressalta que o Solidariedade não tem interesse na permanência de Sandra no quadro de filiados e de parlamentares e pede que ela decida seu “destino político em outra legenda”.
Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que a desfiliação dela se dará por “incompatibilidade com algumas bandeiras partidárias do Solidariedade”, e pelo fato de a “Presidência Regional do Partido nunca ter se interessado pela luta da distrital em defesa das famílias do Distrito Federal”. O comunicado ainda destaca que a desfiliação será “acompanhada por outros 4.998 filiados, que apoiam a atuação da deputada”.
Acusação
A expulsão acontece a uma semana da sessão marcada no Tribunal de Justiça do DF e Territórios que decidirá se acolherá a denúncia do Ministério Público do DF de estelionato majorado contra Sandra. Ela é acusada pelo ex-comissionado e proprietário da Netpub, Filipe Nogueira Coimbra, de não realizar pagamentos em um contrato de publicidade.
Segundo a denúncia, o acordo firmado em fevereiro de 2015 estabelecia seis faturas no valor de R$ 15 mil, e outras seis de R$ 14 mil — um total de R$ 174 mil — as quais derivavam do desenvolvimento e manutenção de plataformas eletrônicas, envio de SMS, gerenciamento de sistemas, entre outros.
A empresa, entretanto, teria recebido apenas o equivalente a 10 boletos de R$ 2.655, ou seja, R$ 26.550. A agência emitiu notas fiscais, cujos conteúdos atestam o recebimento dos subsídios. Porém, segundo a denúncia, Faraj exigia a obtenção dos recibos antes de efetuar os pagamentos.
A distrital chegou a responder a um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara Legislativa. A peça que pedia a cassação do mandato, contudo, acabou arquivada pelo Conselho de Ética da Casa.
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