Rollemberg avisa que não pode garantir agora paridade do reajuste da Polícia Civil ao da PF

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Em reunião nesta manhã (27) com dirigentes de sindicatos que representam a Polícia Civil do Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que considera justa a reivindicação dos policiais civis do Distrito Federal, mas não tem condições de garantir agora a paridade do reajuste da categoria ao negociado em âmbito nacional pela Polícia Federal (PF). Rollemberg disse que não pode dar um “cheque em branco” que futuramente não poderá honrar.

Na conversa, no Palácio do Buriti, Rollemberg ressaltou as dificuldades financeiras que o governo enfrenta e que podem piorar a depender do cenário nacional a partir de agosto, como afirmou em nota (leia abaixo). Ele se refere ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será julgado no fim do próximo mês.

Como medida para encontrar uma soluçãGovo para a demanda dos policiais civis, Rollemberg decidiu criar uma comissão para discutir alternativas, composta por dirigentes do Sinpro, Sindepo e Adepol, além do deputado distrital Cláudio Abrantes (Rede), que tem origem e base eleitoral na Polícia Civil do DF.

Veja a nota do Governo do Distrito Federal:

“O Governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, vem a público reconhecer a excelência do trabalho prestado por todas as carreiras que integram a Polícia Civil do Distrito Federal. Nesse sentido, considera justo o pleito das categorias pelo direito à paridade historicamente existente entre a Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Federal.

No entanto, como governador de toda a população do Distrito Federal, com a necessária responsabilidade no trato dos recursos públicos, entende que qualquer compromisso de reajuste salarial deve levar em conta a situação de grave crise atravessada pela economia nacional, inédita na história do Brasil.

Essa crise gerou a queda de 3,8% do PIB brasileiro somente no ano de 2015, o que refletiu, pela primeira vez, na diminuição dos valores repassados ao Fundo Constitucional do DF no ano de 2016 em comparação com 2015, no montante de R$ 380 milhões. Importante registrar que, em 2015, 50,5% dos recursos do Fundo foram destinados à segurança pública, percentual esse que evoluiu para 60%, em 2016. O restante dos recursos do Fundo é aplicado na Saúde e na Educação no DF.

Aliado a isso, a definição do cenário político-institucional nacional, previsto para agosto, poderá emitir sinais importantes sobre o comportamento da economia nos próximos meses.

Pelo exposto, o Governo necessita avaliar a viabilidade de uma proposta de reajuste salarial condizente com o comportamento da economia brasileira e local. Para isso, sugerimos a imediata criação de um comitê de negociação, com a primeira reunião na terça-feira (2/8/2016).

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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