Foto: Minervino Junior/CB/D.A.Press
Da Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Entre desembargadores e conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há uma interpretação de que a promoção do juiz Demetrius Reis Cavalcanti pode provocar uma grande repercussão. A conselheira Renata Gil, que ocupa no CNJ a vaga por indicação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, orientou que o Pleno do Tribunal de Justiça do DF elegesse uma lista tríplice feminina para a promoção por merecimento na vaga aberta com a morte do desembargador J.J. Costa Carvalho, como forma de buscar a paridade na segunda instância do TJDFT. Por isso, o caso pode resultar em uma representação no CNJ, onde será discutido.
O presidente do TJDFT, Waldir Leôncio, deixou claro que o ofício da conselheira Renata Gil, do CNJ, incomodou vários desembargadores que consideraram a iniciativa uma interferência em decisões internas. A conselheira citou uma resolução do CNJ, a 525/2023, que estabelece uma politica de paridade nos tribunais de segunda instância do país. No início da sessão, Waldir Leôncio disse que não aceita esse tipo de interferência. Não citou a conselheira, mas muitos interpretaram assim.
A próxima vaga de desembargador do TJDFT também deve ser destinada a um homem. Com a aposentadoria do desembargador Getúlio Vargas de Moraes Oliveira, a próxima promoção é por antiguidade. Na ordem, está o juiz de segundo grau José Eustaquio de Castro Teixeira. Mas o mais cotado é o próximo na lista, o juiz de segundo grau Fabrício Fontoura Bezerra, de acordo com integrantes do TJDFT.
Coube ao desembargador Diaulas Ribeiro fazer um pronunciamento no Pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) em homenagem ao desembargador Getúlio Vargas de Moraes Oliveira, que se aposenta nesta semana. Vários desembargadores se manifestaram, além do procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur, e do presidente da OAB-DF, Paulo Mauricio Siqueira, o Poli.
O juiz Fabio Esteves, do TJDFT, deve ser o próximo indicado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele está trabalhando no gabinete do ministro Edson Fachin, presidente do STF a partir de setembro, e deve suceder a juíza Renata Gil, indicada pelo ministro Luis Roberto Barroso. O mandato dela termina no início de 2026.
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O Senado aprovou projeto de lei que estabelece cota mínima de 30% para mulheres nos conselhos de administração de empresas estatais. Também determina que, desse percentual, 30% das vagas sejam ocupadas por mulheres negras ou com deficiência. As regras se aplicam a empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, e outras companhias em que a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios detenham, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto. A proposta, de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), havia sido aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial.
A votação da matéria foi presidida pela senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), líder da bancada feminina, que comemorou a aprovação. Em discurso, a parlamentar destacou que não se trata de concessão, mas de justiça e estratégia. “A diversidade de gênero nos conselhos não apenas promove justiça, mas qualifica as decisões, amplia a pluralidade de visões e fortalece a governança das estatais brasileiras.”
O projeto teve apoio de mais de 600 lideranças femininas do setor público e privado, incluindo nomes como Luiza Helena Trajano, Janete Vaz e a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha.
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No meio das discussões sobre a PEC da Segurança Pública, Sandro Avelar (C), presidente do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), reuniu jornalistas para uma conversa informal sobre ações e dados ligados à segurança pública na capital do país. Disse estar otimista com a conferência que reunirá representações de segurança pública de 26 estados e do DF de 1º a 3 de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. “A Conferência iLab-Segurança representa um marco para o setor. É um espaço estratégico de diálogo e construção coletiva, que reúne profissionais de todo o país em torno dos grandes desafios da segurança pública. Nosso objetivo é fortalecer a integração entre os estados, estimular o uso de tecnologias, valorizar os profissionais da área e formular políticas cada vez mais eficientes, com base em evidências e boas práticas. Brasília tem orgulho de sediar esse encontro que olha para o futuro da segurança com responsabilidade e inovação”, disse o secretário à coluna.
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