O secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, é o entrevistado da semana do programa CB.Poder. Além de médico, ele é formado em direito e atuou como procurador do Banco Central. Humberto é consultor do Senado e foi diretor-geral-adjunto da Casa.
No bate-papo, que foi ao ar na TV Brasília, o secretário falou sobre o projeto do governo de contratação de organizações sociais para gerir unidades de saúde — motivo de críticas de sindicatos, servidores e de setores do Ministério Público e do Tribunal de Contas. “Essa participação será complementar e de nenhuma forma vai diminuir o controle do Estado”, explicou. “Vamos investir em administração direta e, ao mesmo tempo, procurar modelos que aumentem a eficiência”.
Defensor da aprovação da CPMF, ele disse que brigaria pela volta do imposto, se isso garantisse melhorias para a saúde. “A favor eu sou, agora sem nenhuma dúvida. Se isso trouxer mais recursos para a saúde pública, serei o maior defensor da aprovação”. Humberto Fonseca negou que haja ingerência política na pasta. “Faz parte do trabalho dos deputados participar das decisões políticas. É legítimo que parlamentares participem da gestão. Pessoalmente, estive na Câmara Legislativa cinco vezes. Considero o papel dos distritais essencial”. Sobre a perspectiva de abertura de uma CPI da Saúde na Câmara, Humberto explicou que a comissão pode prejudicar o trabalho dos técnicos da pasta, já que há um grande déficit de pessoal, especialmente na área administrativa, e não haveria pessoal suficiente para prestar informações continuamente aos parlamentares.
Humberto Fonseca também falou sobre a repercussão em torno de sua aparência. Depois da nomeação, a beleza do secretário virou assunto nas redes sociais e nas rodas de conversas do Palácio do Buriti. Ele conta que não gostou de receber apelidos como “secregato”. “Naquele dia, eu comecei a receber essas mensagens e pensei que era piada. Depois que o Correio publicou, fiquei preocupado, sim. A situação é complicada, eu preciso muito ser levado a sério”, explicou. No dia seguinte à posse, Humberto tinha uma audiência com parlamentares, mas decidiu adiar o encontro por conta da repercussão. “Me gerou preocupação. Mas agora passou. Achei estranho, nunca fui descrito dessa forma. O bonitão da minha família sempre foi o meu irmão”, brincou o secretário.
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