Em meio ao racha da frente de centro-direita, o ex-presidente da Câmara Legislativa e postulante ao Palácio do Buriti Alírio Neto (PTB) deve enfrentar dificuldades para alavancar a candidatura no meio político, por conta da miscelânea de concorrentes. O petebista, contudo, investe na aproximação com o eleitorado desde já. O carro-chefe da campanha será segurança pública, afirmou, ontem, o ex-parlamentar em entrevista ao programa CB.Poder. Delegado aposentado, ele propõe a unificação das polícias militar e civil e a busca por soluções para a ampliação da execução de penas.
O ex-parlamentar avalia que a união das corporações levaria à economia de recursos, além de melhorar o atendimento à população. A ideia é que uma só estrutura fique responsável por todas as atribuições. “Daríamos fim à dicotomia de duas forças realizando investigação e patrulhamento. Esse é um modelo seguido em diversos países”, disse. Ele reconheceu que a medida precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional, mas assegurou que “a iniciativa tem de partir do governador”.
O ex-distrital ainda afirmou que a “sensação de impunidade” é um fator preponderante para crescimento dos índices de violência. Portanto, a chave para a otimização da segurança pública iria do reforço da equipe responsável pelo cumprimento dos mandados de prisão à criação de programas de recuperação para encarcerados. “Há 14 mil condenados que não estão executando pena. Dos 12 mil presos, 4 mil estão no regime fechado, mesmo sendo do semiaberto. A ideia seria retirar esses 4 mil paulatinamente, colocá-los para trabalhar e abrir vaga para executar os mandados de prisão em aberto”, argumentou.
Alírio também disse ser contrário à flexibilização do Estatuto do Desarmamento nos moldes propostos. Presidente regional do PTB, ele pondera que a ampliação do acesso às armas pode aumentar os índices de violência, além de acidentes domésticos. No DF, 7.820 pessoas detêm autorização para usá-las, conforme o Correio mostrou no último domingo. “A arma é um instrumento que atrai a violência. De cada 100 pessoas que reagem a um assalto e estão armadas, só quatro sobrevivem”, apontou. O ex-parlamentar, contudo, afirmou que restrições pontuais devem ser avaliadas. “Tem de haver uma dosagem”, avaliou.
Sobre a articulação política em torno da candidatura, Alírio Neto voltou a admitir o racha na frente de centro-direita, mas não descartou a reestruturação da coalizão. “Não posso dizer que o grupo definitivamente chegou ao fim, porque definitivamente é uma palavra pesada em política. Mas gestos são necessários. Saí de casa com o objetivo de chamar Jofran Frejat (PR) e Tadeu Filippelli (MDB) para o lançamento da minha pré-candidatura. Todos os aliados foram, menos eles. É um sinal de que o relacionamento não está sendo agradável”, alfinetou.
O ex-presidente da Câmara também declarou duvidar que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) chegue ao segundo turno e disse que os escândalos políticos que circundam o PTB não o afetarão durante a campanha. “Respondo pelo que faço e sou responsável pelo que faço”, cravou. A sigla ficou sob os holofotes da opinião pública após a condenação no escândalo Mensalão do presidente, Roberto Jefferson, além das tentativas de nomeação de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho e da indicação de um jovem de 19 anos para gerir quase R$ 500 milhões por ano em contratos da pasta com fornecedores.
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