ANA MARIA CAMPOS
O presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, Chico Vigilante (PT), tem expectativa de que o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, colabore nas investigações sobre a organização dos atos golpistas de 8 de janeiro, já que foi convocado para depor nesta quinta-feira (24) como testemunha e não como investigado.
O requerimento de convocação, de autoria do deputado Fábio Félix (PSOL), aponta que o episódio das jóias de Bolsonaro demonstra que Mauro Cid era leal ao ex-presidente e sabia de tudo o que ocorria em seu entorno.
“Esperamos que ele (Mauro Cid) nos diga se tem conhecimento de quem organizou os atos golpistas de 12 de dezembro e de 8 de janeiro”, afirma Vigilante.
Mas o presidente da CPI explica que Mauro Cid terá assegurado o direito de permanecer calado quando considerar que poderá ser incriminado, mesmo sem necessidade de uma decisão judicial que lhe garanta essa prerrogativa. “Mas a CPI da Câmara Legislativa é uma boa oportunidade para o ex-ajudante de ordens contar o que sabe“, afirma o petista.