Por Suzano Almeida – Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres sentará diante dos distritais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na próxima semana. Após ter sua oitiva desmarcada, antes do recesso parlamentar, agora, por meio de requerimento do deputado Joaquim Roriz Neto (PL), Torres terá que explicar as medidas tomadas por sua pasta que levaram ao desenrolar dos ataques de 8 de janeiro às instituições
dos Três Poderes.
Sem ideologias
Do mesmo partido do presidente Jair Messias Bolsonaro, ex-chefe de Torres, Joaquim Roriz Neto, membro da CPI dos Atos Antidemocráticos ressaltou que, independentemente do lado que os ataques tenham ocorrido, o principal é que tudo seja investigado. “Anderson Torres é peça fundamental para essa CPI. E, mais uma vez, volto a afirmar, precisamos conduzir essa investigação deixando de lado as paixões políticas e os pré-julgamentos. Nosso objetivo é chegar a todos os envolvidos, independentemente de campo ideológico.”
Denúncias em alta
A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa (CLDF), Dayse Amarílio (PSB), apresentará, no retorno dos trabalhos da Casa, o relatório de atividades propostas pela comissão.
Desde fevereiro, a CAS recebeu, on-line, 110 reclamações. A maior parte vinda de problemas como “aprovação em concurso” (63), questões de “serviço público” (23), e na terceira posição “assistência social” (9). Os dados serviram para balizar a proposição de novos projetos, aprovados na própria CAS e, nos casos em que precisam seguir o trâmite completo da Câmara Legislativa, levados ao plenário.
Vai não vai
Com os ânimos pós-eleições se acalmando — ainda que tardiamente — partidos do Centrão, no Congresso Nacional, começam a se acomodar no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes tropa de frente de Jair Messias Bolsonaro, partidos como o Republicanos indicam que estão dispostos a ingressarem na base do atual governo, para dar os votos necessários à aprovação de matérias importantes.
Com a mudança de postura do partido, bolsonaristas-raiz estão incomodados e, segundo colegas de partido, nomes como o da senadora Damares Alves, caminham para sair do Republicanos e
se filiarem no PL, de Bolsonaro.
“Tema de urgência”
Com a retomada, hoje, dos trabalhos da CLDF, o presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), pretende, além de acelerar a tramitação das matérias consideradas prioritárias para o Governo do DF, votar com rapidez os projetos que tratam do combate à violência contra a mulher e ao feminicídio, na Casa. “A Câmara Legislativa está empenhada em criar políticas e leis que garantam mais segurança e proteção às mulheres, reforçando a importância de uma sociedade mais igualitária e livre da violência de gênero”, ressalta o parlamentar.
De olho no túnel
A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) anunciou, por meio de suas redes sociais, que está “de olho” no Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, que apresentou problemas recentemente, por conta de falhas na tubulação de água. A parlamentar preside a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) da CLDF e avisou: “Sigo de olho e cobrando o que for necessário, junto às autoridades competentes”, afirma.
Dinheiro no bolso
O diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) Vanderlei Malta anunciou que a primeira parte do reajuste concedido, no mês passado, às forças de segurança do Distrito Federal pelo Congresso e o governo federal já consta no contracheque dos agentes. O valor ainda não é o integral de 9%, como está na proposta para este ano — em janeiro de 2024 outros 9% serão incorporados ao salário —, mas sim um proporcional.
O fechamento da folha de pagamento dos agentes de segurança — que costuma ocorrer na segunda sexta-feira do mês — foi adiado em julho, para que o reajuste fosse acrescido, mas, ainda de acordo com o diretor, o valor é apenas o proporcional. Além da PCDF, foram contemplados os policiais militares e bombeiros do
Distrito Federal.
Prioridade ampliada
Foi sancionada a lei que cria prioridade para o embarque e desembarque de idosos e pessoas com deficiência no transporte público do DF. A proposta foi apresentada pelo presidente da Procuradoria de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Pro 60 ), deputado Chico Vigilante (PT), que entendeu que a lei da gratuidade precisava ser ampliada, dando mais segurança aos usuários acima de 60 anos e com limitações de locomoção na hora de ingressar nos ônibus e no metrô.
“A lei foi uma grande conquista. Para além dos compromissos que tenho com a população como um todo, promover o cuidado com a pessoa idosa em todas as áreas faz parte das minhas atribuições”, afirma o petista.