Leandro Grass sobre queda de teto da “Igreja de Ouro”: “Dia triste e desafiador”

Publicado em Eixo Capital

O presidente do Iphan, Leandro Grass, embarcou na noite de quarta-feira para Salvador para uma inspeção na igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho, que desabou deixando feridos e provocando a morte da turista paulista Giulia Righetto, de 26 anos. Ela visitava o monumento tombado quando o teto ruiu. Grass esteve no local da tragédia ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e classificou esse como o dia “mais triste e desafiador” desde o início da gestão.

Crises

Em dois anos de gestão, Leandro Grass enfrenta, no comando do Iphan, duas crises históricas: a invasão na Praça dos Três Poderes e agora o desabamento na igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho. No primeiro episódio, o Iphan entrou para restaurar bens depredados por vandalismo. Agora, o órgão do governo federal precisa mostrar à opinião pública que a responsabilidade pela restauração da igreja no Pelourinho não era diretamente do Iphan, além de ajudar a recuperar esse rico patrimônio do nosso país. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, prestou solidariedade a familiares de Giulia Righetto.

Recuperação

O Iphan informou que está elaborando, desde a madrugada de ontem, os estudos e documentos técnicos necessários para contratação das obras emergenciais para a Igreja de São Francisco de Assis. Segundo o Iphan, as obras englobarão escoramento, estabilização, acesso e segurança do monumento e dos trabalhadores envolvidos. Ainda nesta etapa, serão realizados os trabalhos de diagnóstico, triagem, catalogação, higienização, proteção e armazenagem das estruturas e bens artísticos que serão restaurados e remontados em uma segunda etapa. Os recursos serão investidos pelo Iphan.

Ponte quase cinquentenária

Com o nome de Costa e Silva durante quatro décadas, a Ponte Honestino Guimarães completou ontem 49 anos. Na véspera de seu cinquentenário, o monumento projetado por Oscar Niemeyer — que lembra uma pedrinha jogada na superfície da água — tem um simbolismo especial. A troca de identidade, de um presidente militar por um estudante da UnB perseguido e desaparecido na ditadura militar, ganha ainda mais relevância quando se discute o passado com o sucesso do filme Ainda estou aqui e a valorização da democracia. A mudança do nome da ponte ocorreu graças a uma parceria de Leandro Grass, autor do projeto de lei, com Ricardo Vale, que havia apresentado proposta semelhante em 2015.

Parte da história

A Ponte Honestino Guimarães foi inaugurada em 6 de fevereiro de 1976, três anos depois do desaparecimento do líder estudantil. A obra mobilizou mais de mil profissionais, entre operários, engenheiros e arquitetos. Muitos desses trabalhadores, vindos de diversas partes do Brasil, acabaram se estabelecendo em Brasília e participando do crescimento da capital.

Cada minuto conta

O transplante realizado nesta semana no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ITCDF), no Cruzeiro, graças à chegada de um coração de um doador de Anápolis (GO), foi um sucesso. O órgão foi transportado com agilidade da Base Aérea de Brasília, pela aeronave Sentinela, do Detran-DF, para a mesa de cirurgia. O paciente, adulto, se recupera muito bem, segundo a unidade médica. “Cada minuto conta e nossa equipe atua com dedicação e precisão para garantir que esses órgãos cheguem ao destino no menor tempo possível”, ressalta o diretor-geral do Detran-DF, Takane Kiyotsuka do Nascimento.

Insights sobre crédito e desenvolvimento

Valdir Oliveira, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e ex-superintendente regional do Sebrae, lança o livro “Reflexões sobre Crédito e Pequenos Negócios”. Na obra, Valdir apresenta insights sobre crédito e o desenvolvimento dos pequenos negócios. Boas dicas e avaliações de quem conhece tudo da área. A noite de autógrafos será em 25 de fevereiro, no BSB Grill, da 304 Norte.

Crescem exportações de produtos do DF

Boletim do Comércio Exterior de 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), aponta um cenário positivo nas exportações dos últimos três meses do ano passado, com crescimento de 21,4%, em comparação com o segundo trimestre, e de 14,1% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de soja, carnes de aves e enchidos de carnes teve grande importância no crescimento das exportações, entre os produtos agrícolas e agroindustriais. Considerando o cenário nacional, um dos destaques desse trimestre foi a exportação de artefatos de joalheria. O DF ficou atrás apenas de São Paulo, representando 6,33% do mercado.