Em setembro de 2017, Rodrigo Janot se despedia do cargo e deu uma entrevista exclusiva ao Correio Braziliense. Já era ex-procurador-geral da República e recebeu a reportagem em seu gabinete de subprocurador-geral no prédio de vidros azuis da PGR. Tranquilo, brincou com o futuro. Acreditava que poderia até ser preso em retaliação aos inimigos que fez no cargo. Citou que atingiram a honra de sua família, especialmente a filha, e temia ser alvo dos políticos na CPI da JBS.
Também falou sobre a arma que costumava guardar na cabeceira de sua cama, como medida de proteção. Nunca como ofensiva. A entrevista ocorreu meses depois do episódio revelado na última semana em que Janot teria ido ao STF, engatilhado uma arma e quase atirado no ministro Gilmar Mendes. Há dois anos, Janot via nuvens escuras depois que se aposentasse. Só não imaginava que ele mesmo provocaria a tempestade, nos mares já revoltos do STF.
Ao se pronunciar ontem sobre o episódio envolvendo a história contada por Rodrigo Janot sobre intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Augusto Aras, não contestou o mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na casa e no escritório do colega. Muitos procuradores consideram a medida abusiva e sem fundamentação legal. Aras centrou fogo em Janot e defendeu a instituição: “Os erros de um único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros. O Ministério Público continuará a cumprir com rigor o seu dever constitucional de guardião da ordem jurídica”.
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É o valor estimado em pregão eletrônico da Câmara Legislativa para contratação de serviços de organização de eventos e correlatos, a serem realizados nas dependências da Casa.
Um detalhe chamou a atenção dos procuradores da Força-tarefa de Curitiba sobre a invasão em telefones: um hacker que se passou por integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e trocou mensagens com procuradores conhecia bem assuntos internos do Ministério Público. Estava bem informado.
Ao dizer que quase matou o ministro Gilmar Mendes, mas desistiu, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot cometeu crime?
“Por mais de 30 anos a ciência foi clara. Como ousam seguir ignorando os alertas e vir aqui para dizer que estão fazendo o bastante? Se vocês realmente entendessem essa situação, e ainda assim seguissem falhando em suas ações, então vocês são maus. E nisso eu me recuso a acreditar”
Ativista sueca Greta Thunberg, em discurso durante Cúpula do Clima na ONU
“Esquerdista acha que menina de 16 anos pode decidir o futuro do planeta, mas não acha que menor de 18 anos tenha capacidade para responder penalmente pelos seus atos”
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington
O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República general Santos Cruz postou em seu perfil no Twitter uma mensagem que pode indicar o pensamento dos militares neste momento do país: “O STF precisa colocar seu trabalho e experiência a serviço do Brasil. O próprio STF não pode ser gerador de insegurança, inquietude e desilusão do povo brasileiro. Os ministros precisam exercer suas funções com maturidade e sensibilidade”.
Mandou bem
A bancada do DF tem trabalhado para impedir a aprovação de PEC da deputada Clarissa Garotinho, que retira do Distrito Federal metade dos recursos do Fundo Constitucional do DF.
Greta Thunberg, a adolescente sueca que se tornou símbolo de defesa do meio ambiente ao defender soluções para as mudanças climáticas, foi alvo de inúmeras fake news.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi uma das vozes críticas às buscas e apreensões autorizadas pelo STF na casa e escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. “Mas o STF quer punir o pensamento de Janot, se é que esse pensamento um dia existiu e não é apenas marketing pra vender livro. Na esfera do pensamento, tudo é possível. Só não sabia que era possível mandar a PF investigar. Mais uma do STF!”.
Na sessão de ontem, o julgamento da arquiteta Adriana Villela bateu o recorde como o mais longo do Tribunal do Júri de Brasília para apenas um réu.
A maré não anda boa para o deputado Robério Negreiros (PSD). Depois de ser alvo de mandados de busca e apreensão por ter assinado indevidamente a folha de presença da Câmara Legislativa e entrar numa confusão com o motorista de Uber, agora o distrital foi alvo de um vídeo em momento privado. A gravação circula.
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