12/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press.

Ibaneis: “Tinha dentro de mim uma certeza de que seria feita Justiça”

Publicado em Eixo Capital

Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos 

O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse ontem à coluna que sempre confiou na Justiça e estava confiante, durante todo o período em que seu nome constou como investigado no inquérito dos atos golpistas do 8 de janeiro. Com a decisão tomada ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina o arquivamento da parte relacionada a uma suposta omissão de Ibaneis, o caso está encerrado. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia se manifestado favorável ao fim da investigação sobre o governador do DF, uma vez que uma longa apuração da Polícia Federal não detectou qualquer elemento de envolvimento do chefe do Executivo nos atos que culminaram com a invasão e depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes. “Fiquei muito aliviado. Mas sempre confiei na Justiça e tinha dentro de mim uma certeza de que ela seria feita. Sou advogado há 30 anos, e sei que ela não erra”, afirmou Ibaneis ao Correio.

Repúdio aos ataques de 8 de janeiro

No parecer que embasou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, cita trecho do relatório da Polícia Federal com a análise técnica de um notebook da marca Acer e um HD externo da marca Seagate apreendidos, durante busca e apreensão nos pertences de Ibaneis Rocha. “(…) revelou cópias de documentos e ofício, repudiando os ataques do 8 de janeiro e solicitando o auxílio da Força Nacional para a proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado da União e do Distrito Federal. Os RRAPJ n. 7/2023, 8/2023 e 9/2023, que consubstanciaram a análise dos demais equipamentos arrecadados, não lograram identificar registros de atividades relevantes para a presente investigação”, diz o trecho.

Carnaval sem importunação

A promotora de Justiça Mariana Nunes, ouvidora das Mulheres, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), fez um balanço da campanha “Pedi pra Parar, Parou! Depois do não, tudo é importunação”, para conscientização dos foliões. Ela disse que a mensagem foi bem recebida e as pessoas recebiam com alegria o material de divulgação nos blocos de carnaval, no Distrito Federal. Foram distribuídos materiais informativos, como bottons, leques, adesivos e máscaras, com mensagens de combate ao assédio. Segundo Mariana Nunes, a iniciativa teve como propósito garantir a tranquilidade das mulheres que desejavam se divertir sem riscos de qualquer tipo de violência. “É fundamental que as mulheres saiam de casa e voltem para seus lares sem terem passado por situações de constrangimento e até mesmo violência”, ressaltou.

Para não esquecer a história

A data é de grande importância, num momento em que o país revive histórias dos anos de chumbo e vê uma possível tentativa de volta ao passado: os 40 anos da redemocratização brasileira. A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e o Cidadania celebram o fim de 20 anos de ditadura, no mesmo dia que José Sarney tomou posse em 1985. A comemoração histórica terá como grande homenageado o condutor da transição pacífica: Sarney. Foi em seu governo que houve a convocação da Assembleia Nacional Constituinte que deu origem à Constituição cidadã. O Correio apóia o evento.

Debates sobre democracia

No evento, marcada para 15 de março, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, das 9h às 17h, haverá três mesas de debates, com convidados. O primeiro debate será: “Democracia 40 anos: as conquistadas consolidadas’, tendo entre os palestrantes Sarney, o ministro aposentado do STF Nelson Jobim (foto), e o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricúpero, além de vídeos gravados pelo ex-presidente do Uruguai Julio María Sanguinetti e da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. Entre os integrantes da segunda mesa “Dúvidas e dívidas do presente”, estarão a ministra Cármen Lúcia (foto), do STF, e o ex-senador Cristovam Buarque. A terceira mesa de debates terá como tema “Os desafios do futuro”, com a participação de Raul Jungman, o advogado Marco Marrafon e o historiador Alberto Aggio, entre outros.

Cultura ao Quadrado

Estreia neste sábado (8), na Globo Brasília, o programa Cultura ao Quadrado, dirigido pela jornalista Marcia Zarur e produzido pelo Sesc DF. Serão três episódios que mergulham em temas como arquitetura, artes, música, teatro, literatura e fotografia. A escritora Cristiane Sobral, o professor José Carlos Coutinho, a fotógrafa Mila Petrillo e os atores da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo são algumas personalidades que compartilham histórias vividas na cidade. Com episódios veiculados às 14h40, nos próximos três sábados, o Cultura ao Quadrado faz parte da celebração dos 65 anos de Brasília. “Nada melhor do que revelar a identidade candanga pelo viés da cultura. Mostrar que Brasília não se resume à Esplanada”, afirma Marcia.

Artista visual Rogério Róseo expõe Padrões Vibratórios

A primeira exposição individual do artista visual Rogério Róseo, intitulada Padrões Vibratórios, será aberta ao público em 14 de março no Espaço Oscar Niemeyer. Com curadoria de Rogério Carvalho, a mostra reúne uma série de obras em diversas linguagens, todas abordando as relações humanas e os vínculos profundos que surgem das conexões afetivas e cotidianas. Para o curador Rogério Carvalho, Róseo é uma grande aposta entre os novos artistas brasilienses. Em seus trabalhos, Róseo explora conflitos, emoções e as possibilidades positivas que surgem nas interações e relações afetivas. “O corpo do meu trabalho nesta fase da vida expressa algumas das angústias inevitáveis e cotidianas que muitos de nós enfrentamos. Acredito que o antídoto para essas emoções está na auto-reflexão e no autoconhecimento. A arte é uma forma de se relacionar, seja com as próprias questões, seja com o espectador. Ao criar, me desafio a me revelar e a expor minhas questões ao outro, o que me permite um processo de crescimento e troca”, afirma o artista.

Leitura em alta

Em 2024, houve um aumento expressivo na leitura de livros emprestados, segundo dados da Biblioteca Nacional de Brasília. Em comparação com 2023, o numero de novos cadastros na biblioteca cresceu 79%, com 3.130 novos leitores inscritos no sistema de empréstimos. Já o total de obras levadas para casa cresceu 66%, alcançando 23.062 empréstimos no ano. As mulheres representam a maioria dos leitores (54%), enquanto os homens correspondem a 46%. Segundo informações da Agência Brasília, os títulos mais procurados refletem a diversidade de interesses dos leitores brasilienses: enquanto os mais jovens demonstram grande apreço por gibis e mangas, o público mais velho explora ciências, história e direito. Mas a literatura, de modo geral, é a principal escolha entre os frequentadores da BNB.