Gim será julgado por contratos de informática da Câmara Legislativa

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ANA MARIA CAMPOS
Condenado a 19 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o ex-senador Gim Argello será julgado pelo Tribunal de Justiça do DF por crimes que teria cometido entre 2001 e 2002, quando esteve no comando da Câmara Legislativa.
Gim e o ex-deputado Benício Tavares foram denunciados por fraude a licitação e peculato na contratação de serviços de informática.
O processo ficou parado entre 2008 e 2015 no Supremo Tribunal Federal, quando Gim, como senador, tinha foro especial. Com o fim do mandato, o processo voltou a tramitar.
Na primeira instância, o juiz Luis Eduardo Yatsuda Arima, da 2ª Vara Criminal de Brasília, alegou prescrição. Mas essa decisão foi derrubada por unanimidade pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF.
Na última sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não admitiu o recurso do ex-senador. Agora, o caso será analisado pelo Judiciário local.
Segundo a denúncia, Gim e Benício teriam dispensado indevidamente a licitação de aluguel de computadores para a Câmara, num contrato de R$ 5,9 milhões. Cinco meses antes do término, o contrato de aluguel foi rescindido com o pagamento de indenização de R$ 746.785,75 à empresa CTIS, para que os equipamentos ficassem com a Câmara. Para o Ministério Público, essa operação teria configurado uma compra direta.
Um ano no xadrez
A prisão do ex-senador Gim Argello na Operação “Vitória de Pirro”, um dos desdobramentos da Lava-Jato, completa um ano amanhã (12/04). Nesse período, ele foi julgado e condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução a investigação de organização criminosa.
Na sentença, Moro considerou que havia provas de que Gim cobrou propina de executivos de empresas investigadas na CPI da Petrobras para evitar que fossem intimados a prestar depoimento no Congresso.
Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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