Diante da informação de que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, pretende se desfazer de parte do acervo do órgão, o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, enviou, na tarde desta terça-feira (15/06), ofício ao ministro do Turismo, Gilson Machado, manifestando o interesse em destinar esse lote para a Biblioteca Nacional.
“A gente Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF tem um trabalho primoroso quanto à restituição e o zelo de acervos. Não podemos deixa de ter um lote como esse em nossa salvaguarda, a exemplo dessa raridade “Dicionário de Folclore Brasileiro”, do historiador Câmara Cascudo, uma obra clássica que redimensionou a cultura nacional”, destaca Bartolomeu Rodrigues.
No ofício, o secretario justifica os motivos para receber esse acervo que foi considerado, em relatório feito pela Fundação Palmares, não adequado para a finalidade institucional do órgão vinculado ao Ministério da Cultura.
“Queremos receber essas obras, colocá-las em quarentena, avaliar o estado físico de cada uma, seguir os trâmites de higienização e restauro do que for necessário, e encaminhar para consulta pública as obras que tiverem aptas”, planeja o secretário, Bartolomeu Rodrigues.
A Palmares preparou um relatório sobre o acervo com a seguinte conclusão: “Infelizmente, no lugar de grandiosidade, temos um acervo defasado e brutalmente parcial, uma vez que totalmente engajado nas lutas da esquerda e completamente alheio à realidade do negro brasileiro. É um acervo contrário às finalidades da Instituição”.
O levantamento aponta: “Todas as pessoas de bem ficarão chocadas ao descobrir que uma Instituição mantida com o dinheiro dos impostos, sob o pretexto de defender o negro, abriga, protege e louva um conjunto de obras pautadas pela revolução sexual, pela sexualização de crianças, pela bandidolatria e por um amplo material de estudo das revoluções marxistas e das técnicas de guerrilha”.
Segundo o relatório, o acervo contém “material totalmente desviante da missão institucional, tais como os de cunho sexualizador, bandidólatra, revolucionário e de guerrilha, além de obras bizarras sobre os mais diversos temas, tais como discos voadores, viagens astrais e lobisomens”.
Veja as obras que o presidente da Fundação Palmares quer descartar:
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