Coluna Eixo Capital, publicada em 29 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino)
O Palácio do Buriti recebeu com apreensão a proposta do governo federal de alteração do cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). O cenário promete ser igual ao do ano passado, quando Ibaneis Rocha (MDB) e, sobretudo, Celina Leão (PP) precisaram mobilizar o Congresso Nacional para preservar a manutenção do FCDF.
Deputados federais e senadores do DF já garantiram apoio ao governador, caso o Ministério da Fazenda encaminhe o projeto ao Legislativo. A mobilização também inclui parlamentares distritais, embora sua influência esteja restrita aos poderes locais, dada a natureza do debate no Congresso. No entanto, todos os distritais de esquerda rejeitam a ideia do governo federal. É o mesmo dos deputados da base governista.
“Acho um equívoco a mudança do FCDF. Ele não pode ser equiparado com outros fundos. Têm natureza diferente. Mas, ao mesmo tempo, não dá para aceitar a tentativa do GDF de, agora, tentar fazer uma disputa rasa sobre o tema. No ano passado, foi um deputado do partido da vice-governadora que quis mudar a regra”, analisou Gabriel Magno (PT), à coluna.
O líder do governo, Robério Negreiros (PSD), criticou a iniciativa do governo federal que, segundo ele, afronta Brasília e prejudica seu funcionamento. “Todos sabem que nossa cidade tem uma responsabilidade única por ser sede dos Três Poderes, além de abrigar representações diplomáticas, deputados federais e senadores durante a semana de trabalhos no Congresso. Sem contar o próprio ministro da Fazenda, que anunciou essa proposta”, declarou.
Durante a análise das contas de 2023 do Governo do Distrito Federal, ontem, o presidente do Tribunal de Contas (TCDF), Márcio Michel, indicou que o conselheiro Manoel de Andrade, o Manoelzinho do Táxi, deverá ser o próximo presidente da Corte. “Decano desta Casa e futuro presidente. Deixa eu fazer o merchandising para você”, brincou Michel.
Manoelzinho respondeu, com modéstia, afirmando que prefere aguardar o pleito, previsto para 11 de dezembro, quando será definido o comando do biênio 2025-2026. Questionado pela coluna, ele desconversou: “Estão dizendo (que serei presidente) por aí, amigo”, limitou-se a dizer, em tom descontraído.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 pessoas, na última segunda-feira, por incitação aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado. Desde o início dos inquéritos, 298 foram condenados, sendo 229 executores e 69 incitadores. Mas um fato inusitado chama atenção: os réus recusaram-se a assinar o acordo de não persecução penal (ANPP) oferecido pelo Ministério Público Federal (MPF), que encerraria os processos sem condenação.
A negativa foi interpretada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, como uma postura ideológica. Em setembro, Barroso chegou a comentar que tal decisão poderia indicar uma escolha consciente de permanecer preso ou ser condenado, em vez de aceitar um acordo considerado razoável.
Vale ressaltar que existia a discussão de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede anistia aos sentenciados do 8/1, mas foi “enterrada” com o relatório final da Polícia Federal. Por outro lado, quase 500 desses detentos aceitaram os termos do ANPP.
Os distritais da bancada do PT conseguiram aprovar uma emenda ao projeto do Executivo que prevê a redução do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A medida assegura justiça fiscal a feirantes e permissionários de quiosques do Distrito Federal.
A emenda concede remissão e anistia de débitos relacionados à ocupação de espaços públicos até 31 de dezembro de 2023. O projeto, agora, aguarda sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB), que deve confirmá-lo na próxima semana.
No relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída a integrantes do governo federal anterior, destacou-se o papel de dois membros das Forças Armadas: o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, da Aeronáutica, e o general Freire Gomes, do Exército. Segundo a PF, o propósito antidemocrático não avançou devido à resistência desses oficiais às pressões externas.
Por isso, a Câmara Legislativa (CLDF) aprovou uma moção de louvor a ambos os militares, proposta pelo deputado Ricardo Vale (PT). Para o parlamentar, o gesto reconhece a postura firme contra a articulação golpista, supostamente liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Considerando o ambiente e o caldo golpista que estava formado, foi um ato de grande coragem do coronel e do brigadeiro. Na minha visão, os dois mantiveram firme o compromisso com a democracia”, avaliou Vale.
A ferramenta de inteligência artificial “Luminaria”, desenvolvida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), conquistou o segundo lugar no prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A plataforma auxilia membros e servidores do MPDFT na tramitação de processos, analisando documentos e sugerindo manifestações. Futuramente, espera-se que essa tecnologia seja capaz, até, de propor denúncias judiciais.
“A premiação é o reconhecimento de um amplo trabalho que envolve investimentos em tecnologia e conhecimento no uso da ciência de dados e da inteligência artificial no aprimoramento das atividades do Ministério Público. A sociedade é a maior beneficiada, uma vez que imprimimos agilidade no trâmite dos processos”, comentou o procurador-geral Georges Seigneur.
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