Desde a última quarta-feira (23/04), circula em grupos de WhatsApp uma matéria sobre a viagem do governador Ibaneis Rocha (MDB) na classe executiva do voo da TAP para Lisboa, onde esteve até ontem participando do VII Fórum Jurídico, promovido pelo IDP. A versão é de que Ibaneis bebeu além da conta e provocou constrangimentos entre os passageiros. A história foi desmentida pelo ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams, que viajou de Brasília a Portugal no assento logo atrás do governador. “Isso é uma mentira grosseira. Não gosto de ser envolvido em mentiras”, afirmou Adams ao Correio.
Adams é citado na matéria como uma testemunha do ocorrido. Mas o advogado conta que viu Ibaneis tomando vinho como vários passageiros na sala vip e depois no jantar servido durante o voo, sem qualquer problema. “Faço questão de reparar a verdade. Ele também não estava com um séquito de assessores, como foi dito. Estava acompanhado apenas da chefe de gabinete, Kaline Gonzaga Costa.
Advogado-geral da União nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, entre 2009 e 2016, Adams afirma que não tem nenhum interesse no caso além de esclarecer o que houve. Ele recebeu várias mensagens pelo celular de pessoas que queriam saber o que, de fato, aconteceu no voo. “Não sou o melhor amigo do governador. Não tenho ações contra o governo e nem contratos com o GDF”, acrescentou. “Mas não vi nada de inapropriado. Foi tudo absolutamente normal. Nem vi crise com o comissariado”, acrescentou.
O que houve com o governador Ibaneis Rocha no voo de Brasília a Portugal no último domingo?
Não vi nada inapropriado. Foi tudo normal. Nada, absolutamente nada que chamasse a atenção. No avião, nós, passageiros, jantamos, vimos filmes e dormimos. Nada de mais também que provocasse a atenção do comissariado. Foi uma mentira grosseira.
O governador bebeu além da conta?
Eu vi que ele tomou vinho na sala VIP (do aeroporto), como todo quase todo mundo. Depois tomou um pouco durante a refeição, como é natural num voo como esse. Também não estava acompanhado de um séquito de servidores. Estava apenas com a chefe de gabinete.
Vocês estiveram juntos no VII Fórum Jurídico de Lisboa?
Estávamos lá. Eu tinha a minha agenda e ele, a dele. Faço questão de desmentir a história (de que o governador bebeu muito) porque fui citado (na matéria) como testemunha.
Uma matéria com esse teor repercutiu muito…
Recebi umas 15 mensagens de WhatsApp. Resolvi registrar no site (onde saiu publicada a matéria) a minha discordância, mas ao fazer isso, precisava publicar a matéria no meu Facebook. Por isso, desisti.
Você e o governador são advogados. São amigos?
Não sou amigo do governador Ibaneis. Ele até já fez uma representação contra mim à Comissão de Ética Pública da Presidência. Era uma coisa sem importância, que não avançou e foi arquivada. Mas não somos os melhores amigos. Não tenho ações contra o governo e nem contratos com o GDF. Mas não gosto de ser envolvido em mentiras. Pode-se concordar ou discordar das pessoas, desde que ocorra de maneira ética. Por isso, tive necessidade de reparar a verdade.
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