ANA VIRIATO
A deputada distrital Celina Leão (PPS) protocolou no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) uma queixa-crime contra Liliane Roriz (PTB). As acusações referem-se aos crimes de fraude processual e falso testemunho. A parlamentar realizou o anúncio oficial acerca da medida na manhã desta segunda-feira (5/12).
A petição apresentada por Celina Leão aponta supostas ilegalidades cometidas pela caçula de Joaquim Roriz. De acordo com a presidente do Legislativo local, afastada pelo poder Judiciário, a rival mentiu ao MPDFT, na condição de testemunha, no inquérito referente ao esquema conhecido como UTIgate, ao dizer que não tinha conhecimento acerca da emenda parlamentar que destinou R$ 30 milhões a UTIs.
“É bom relembrar que deputada Liliane Roriz é minha inimiga pública. O lapso temporal entre a data da gravação e a denúncia representa oito meses. A parlamentar fraudou um processo para escapar da cassação na Câmara Legislativa e das diligências na Justiça”, atacou Celina.
A versão seria desmentida por depoimentos de Liliane e do ex-secretário executivo da vice-presidência, José Adenauer. Os falsos testemunhos teriam, assim, sido prestados em 29 de julho e 18 de agosto, ainda de acordo com Celina Leão. A denúncia por fraude processual é baseada em uma perícia da Coordenadoria de Modernização e Informática (CMI) da Câmara Legislativa, que revelou a exclusão de, pelo menos, 54,2 mil arquivos de computadores do gabinete da integrante do PTB entre 17 e 22 de agosto. A data inicial corresponde à entrega dos áudios gravados por Liliane Roriz, e a final, a momentos prévios à deflagração da primeira etapa da Operação Drácon.
O relatório da CMI destaca a atuação de três funcionários. Um deles é a ex-servidora da Vice-Presidência Lucia Maria di Lorenzo, exonerada em 22 de agosto. No login dela, há 47.436 registros apagados. Os outros dois são do mesmo gabinete: Leonardo de Castro Vieira, com 6.497 arquivos deletados, e Angelica Veras dos Anjos, com 175. O ex-secretário executivo da Vice-Presidência José Adenauer também fez exclusões, segundo o documento.
“É notório que há uma certa proteção à deputada Liliane Roriz. Alguns indícios criminais relativos à deputada sequer foram apurados. Essas irregularidades deveriam ser o foco principal do processo e, não, um detalhe”, afirma Celina. “Queríamos entender a falta de diligências em relação às pessoas ligadas à Liliane. Por simples boatos, nossos servidores tiveram que cumprir condução coercitiva. Os funcionários dela, que, comprovadamente, cometeram fraude sequer prestaram depoimentos. Uma investigação que se diz séria deveria apresentar procedimentos equivalentes a todas as partes”, acrescenta a parlamentar. O blog procurou a deputada Liliane Roriz, mas a assessoria informou que ela não vai se pronunciar sobre o caso.
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