Em 1 mês, BRB renegociou R$ 100 milhões com servidores superendividados

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Pouco mais de 1 mês depois do lançamento de um programa para atender a servidores do GDF endividados, o BRB renegociou cerca de R$ 100 milhões com clientes, conta o presidente da entidade, Paulo Henrique Costa. Ele foi o entrevistado desta segunda-feira (11/3) do programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. O programa de financiamento para superendividados, lançado no início de março, é voltado para os cerca de 8,9 mil funcionários do governo com comprometimento de renda maior do que 50%. Até agora, 1,7 mil contratos foram fechados.

“Estamos saindo de uma visão estrita de superendividamento e passando a um processo de consultoria financeira, no qual a gente conhece a realidade dos clientes e consegue melhorar a vida deles de fato”, detalhou o presidente. “Já conseguimos mudar a realidade de 1,7 mil pessoas. Para ser ter uma ideia, antes tínhamos cerca 500 adesões por ano de superendividados”, acrescentou.

Na entrevista, o dirigente destacou, ainda, a necessidade de focar o crescimento da instituição nas necessidades da capital federal e de regiões próximas sem perder de vista a clientela principal: os servidores públicos. Ele comentou ainda a importância de uma mudança tecnológica nos serviços oferecidos pelo BRB.

A entrada efetiva no mundo digital é uma das prioridades do banco, segundo ele. Isso auxiliará o BRB a se modernizar e a competir, dentro da realidade da entidade, com as grandes instituições do ramo. “Estamos revendo nossa atuação completamente. Estamos revendo assim toda arquitetura tecnológica para poder modernizá-la. Em 1 ano, os clientes vão perceber grandes mudanças”, garantiu.

Ao competir com grandes bancos, o presidente ressalta que é preciso não perder de vista a característica local do BRB. “Não adianta brigar de frente com os grandes bancos, que têm estratégias nacionais e não entendem a necessidade local. Bancos menores como o BRB conseguem perceber o que a região precisa e suprir essas necessidades”, analisa.

Um dos exemplos de atenção às necessidades locais é o programa de financiamento de lotes lançado também em março pelo BRB, segundo Paulo Henrique Costa. a nova linha de financiamento de lotes urbanos atende a pessoas físicas e jurídicas e oferece crédito para compra de lotes regularizados ou em fase de regularização, incluindo terrenos da União.

De acordo com o dirigente do BRB, hoje existem 230 mil lotes irregulares ou em fase de regularização no DF. A expectativa é que o banco consiga fechar contratos de financiamento com a metade deles. “Esse financiamento é uma grande novidade. Como banco local, a gente entende o significado disso para os nossos clientes. Entende que dá dignidade e ajuda a alcançar o sonho da casa própria”, observa.

Transparência

Segundo Paulo Henrique Costa, o BRB começou a colocar em práticas iniciativas para apurar possíveis irregularidades e dar mais transparência ao trabalho da entidade. Contratos a partir de janeiro de 2013 serão revisados, assim como questões contábeis. “Queremos identificar quais eventos chamam a nossa atenção e que precisem de medidas para ser corrigidos”, explicou. Em janeiro, o banco foi alvo da Operação Circus Maximus, em que o Ministério Público Federal investigou denúncias de supostas fraudes envolvendo fundos de investimentos da instituição.

Assista à entrevista na íntegra:

Alexandre de Paula

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