Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres
Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres Ed Alves/CB/D.A Press Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres

“Chegamos em 2019 ao menor índice de homicídios dos últimos 35 anos”, diz secretário de Segurança do DF

Publicado em Eixo Capital, Entrevistas

À QUEIMA-ROUPA

Delegado Anderson Torres

Secretário de Segurança do DF

“Apesar de uma população crescente e de um efetivo em redução nos últimos anos, chegamos em 2019 ao menor índice de homicídios dos últimos 35 anos”

Está totalmente recuperado da covid-19?
Totalmente. Foram dias difíceis, mas contei com a ajuda de profissionais extremamente competentes, com o apoio da família e de amigos, e com as bênçãos de Deus.

Ficou com alguma sequela?
Nenhuma sequela física, mas ficar em uma UTI por cinco dias sempre leva a muitas reflexões. E após minha recuperação, saí ainda mais animado para seguir fazendo meu trabalho.

Depois de deixar o hospital o que o motiva?
A certeza de que vínhamos fazendo um trabalho importante para o DF, e que deve seguir sendo feito. O Distrito Federal e sua população, merecem a melhor segurança pública possível.

Qual é o maior resultado de sua gestão até agora?
Sem dúvida alguma, o fato de termos conseguido diminuir os índices de criminalidade seguidamente é algo a ser muito comemorado. Sempre digo que, a cada mês, tornamos nosso trabalho cada vez mais difícil, pois estamos há praticamente 19 meses batendo recordes de diminuição de criminalidade. Isso só tem sido possível em decorrência de um grande trabalho de integração de esforços e de inteligência, com participação intensa de todas as forças de segurança do DF. Apesar de uma população crescente e de um efetivo em redução nos últimos anos, chegamos em 2019 ao menor índice de homicídios dos últimos 35 anos. E agora em 2020 já estamos com nova redução. É realmente motivo de muita satisfação para todos nós da Segurança Pública do DF.

Com as pessoas de volta às ruas, houve aumento na criminalidade no DF?
O crime é algo secular e incrivelmente mutante. Se o cenário muda, como foi no caso da pandemia este ano, ele se adapta e busca novas formas de atuação. Em um primeiro momento, com o lockdown efetivado, houve uma queda significativa nos crimes contra pessoas, mas aumentaram aqueles contra residências e comércios. Rapidamente nos ajustamos para combater isso. Atualmente, com a retomada progressiva de todas as atividades no DF, estamos preparados para dar todo tipo de combate à criminalidade, e está dando resultado, em todos os índices. Hoje, temos excelentes dados a comemorar, como a significativa queda de quase 43% no número de feminicídios, em comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se de um crime hediondo que tanto temos combatido desde os nossos primeiros dias na Secretaria de Segurança. De todo modo, não podemos parar um minuto. Inovação, tecnologia, integração e inteligência são pilares da nossa gestão, que mostram que estamos no caminho certo. Sabemos que não há crime zero, mas não descansaremos enquanto não chegarmos a níveis cada vez mais baixos de criminalidade.