Ana Dubeux
A eleição deste ano tem tudo para ser a mais cara da história de Brasília. Cara para o cidadão comum, que bancará o fundo público eleitoral, espécie de banco de fomento das campanhas dos candidatos com mandato.
Aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, o tal fundo — que não é o mesmo que o fundo partidário — joga no bolso dos políticos profissionais mais R$ 1,7 bilhão dos cofres públicos. Com isso, cada nobre deputado tem reservado para torrar na campanha mais de R$ 2,3 milhões.
Para ter alguma chance na disputa, os candidatos novatos precisarão desembolsar muita grana e assim competir com quem tem o privilégio do mandato. A lei foi feita sob medida para tentar, com a força da grana, impedir uma renovação política, o que beneficiará os grandes partidos, perpetuando-os no poder.
E o dinheiro não é o único aspecto sórdido da campanha deste ano. Sem tempo de televisão, pequenos partidos e novas legendas terão mais dificuldade de eleger seus candidatos. As 11 vagas do Distrito Federal para o Congresso Nacional e as 24 da Câmara Legislativa valerão ouro.
A medalhista olímpica Leila Barros se filia ao PSB esta semana. Será preferencialmente candidata a deputada federal ou senadora. A conquista pela filiação é do próprio Rollemberg, que negociou pessoalmente com a secretária de Esportes e ex-jogadora de vôlei.
Cristovam Buarque, Joe Valle, Alírio Neto e Wanderley Tavares têm encontro marcado na segunda-feira. A expectativa é que, enfim, fechem o acordo em torno de uma chapa de terceira via. Joe, que andava meio indeciso em lançar seu nome ao governo, deu sinais de que talvez encare a parada. Se o presidente da Câmara Legislativa não mantiver a candidatura ao GDF deixará Cristovam em situação solitária e delicada. É evidente que o quadro nacional influencia diretamente o xadrez eleitoral candango. A crise das candidaturas majoritárias, no plano maior, deixa as campanhas aqui no DF ainda mais indefinidas. O PSB vai lançar um nome próprio ao Planalto? Ciro Gomes fará o mesmo pelo PDT? Geraldo Alckmin terá lastro com uma candidatura do PSDB?
A faixa carregada ontem na Via-Sacra de Planaltina era um recado claro aos políticos que, depois de passarem quase quatro anos longe do brasiliense, reaparecem do nada como se fossem amigos de infância dos eleitores.
Uma postagem sobre a construção das quadras 500 provocou um tsunami em três instituições pessoas físicas de Brasília: o arquiteto Carlos Magalhães, a arquiteta Maria Elisa Costa (filha de Lucio Costa) e o governador Rollemberg, sobrinho de Maria Elisa. Língua afiada, Magalhães posta nas redes sociais que a nova quadra é uma agressão descarada ao tombamento. Maria Elisa compartilha a mensagem. Ato contínuo, uma das irmãs do governador parte em defesa dele. Maria Elisa toma conhecimento da nota, reconhece que errou e escreve um pedido de desculpas: “As acusações de Magalhães são descabidas gratuitas”. Magalhães reage e acusa arquiteta: “Você colocou em xeque a sua credibilidade…”
As novas trilhas da Flona, a Floresta Nacional, caíram no gosto dos frequentadores. No meio do caminho, uma clareira nos convida a refletir…
Entre os projetos colocados como prioridade pelo Senado, na área de defesa do consumidor, está o PLS 378/2015, de autoria do senador José Reguffe (sem partido/DF), que proíbe a cobrança de tarifa de assinatura básica e consumo mínimo. No DF os consumidores são obrigados a pagar 10 metros cúbicos de água por mês mesmo que não usem. “O justo é o consumidor pagar apenas o que ele efetivamente consumir. Isso é o correto”, justificou Reguffe.
Amigos mais íntimos de Torquato Jardim, ministro da Justiça, tentam convencê-lo a se candidatar ao Senado por Brasília. Ele, por ora, tem resistido. Morador da capital há mais de 40 anos, Torquato vê com muita preocupação o crescimento desordenado do Entorno do DF: “Temos aqui outra Baixada Fluminense”.
Kiko Caputo, ex-presidente da OAB/DF, recebeu convite do PR, PSDB, PPS, PSB, PP, DEM e Podemos para concorrer às eleições. Está na dúvida se vale mesmo a pena concorrer e por qual partido.
Rodrigo Rollemberg está certo de que Joaquim Barbosa se filiará ao PSB até sexta-feira. Ele e o ministro aposentado do STF almoçaram na Sexta-Feira Santa. Conversaram sobre a grave crise política nacional, seus desdobramentos e a possibilidade de o partido ter o relator do Mensalão como candidatura própria à Presidência da República.
Depois de decretar ponto facultativo na quinta-feira, para que deputados e funcionários emendassem o feriadão de Semana Santa, a Câmara Legislativa abriu as portas, ontem, com o objetivo de realizar filiações partidária do PP. Não julguem mal a iniciativa. “Afinal, foi por uma causa nobre”, ironizavam os servidores escalados para o trabalho.
Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…
Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni Um áudio…
Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…
Texto de Pablo Giovanni publicado na coluna Eixo Capital nesta terça-feira (19/11) — O ministro…
Coluna publicada neste domingo (17/11) por Ana Maria Campos e Pablo Giovanni — A Polícia…
ANA MARIA CAMPOS O colegiado da Comissão Eleitoral da OAB se reuniu na noite desta…