Ibaneis e distritais
Ibaneis e distritais Credito: Wallace Martins/Esp.CB/D.A Press. Ibaneis e distritais

Caixa assinará contrato para construção de 12 mil moradias no Itapoã Parque, diz Ibaneis

Publicado em CB.Poder

 

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, nesta quarta-feira (21/11), após visita à Caixa Econômica, que a instituição deve assinar, na próxima semana, contrato para a construção de 12 mil moradias populares no Itapoã Parque. Executora do projeto, a empreiteira JC Gontijo iniciará as obras no primeiro semestre de 2019.
 

O emedebista usou uma brecha na agenda para reunir-se com o presidente e diretores do banco – ausentou-se de um encontro com os distritais eleitos, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), por cerca de uma hora. “A previsão de entrega dessas unidades é em dois anos. Além disso, estamos buscando financiamento para a construção de outras 28 mil moradias, que estão com os projetos em andamento”, adiantou.

 

Dado o crescimento do lucro líquido da instituição, o qual subiu 122% no terceiro semestre de 2018 em comparação ao mesmo período do ano anterior, o futuro chefe do Palácio do Buriti ainda tratou da reforma do Teatro Nacional de Brasília. “O projeto está aprovado no Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet. Precisamos, agora, do financiador. Com a negociação, existe uma possibilidade muito grande de termos para o próximo ano em torno de R$ 43 milhões para começar as obras”, explicou. A discussão deve ser levada adiante pelo futuro secretário de Cultura, Adão Cândido, e pelo atual comandante da pasta, Guilherme Reis, em novos encontros.

 

Na reunião, Ibaneis também abordou projetos que precisam constar em contratos assinados até o início de dezembro para que não percam a validade, a exemplo do Hospital Oncológico de Brasília. As intervenções envolvidas somam R$ 450 milhões. “Acertaremos a questão em parceria com o atual governo para que o dinheiro não retorne para o Ministério das Cidades”, pontuou. A instituição ainda é agente financiadora de outro pacote de obras que totaliza R$ 3,5 bilhões e incluiu construções como os BRTs Sul e Oeste.

 

A fim de viabilizar a liberação dos recursos, o governador eleito investe na solução do imbróglio do Centro Administrativo de Brasília (Centrad). A Caixa e o banco Santander financiaram o imóvel, que custou R$ 1,140 bilhão, por meio de empréstimo ao consórcio executor. O habite-se, entretanto, foi cassado pela Justiça e a instituição financeira nunca recebeu. “Estamos com os estudos e a Caixa está pedindo uma avaliação do centro. A ideia é chegar no MP e na Justiça com todas as possibilidades viáveis”, pontuou o emedebista, que defende a compra do local.

 

Reunião com distritais
Após a visita à Caixa Econômica, Ibaneis deu continuidade ao encontro com 23 distritais eleitos em um almoço no CICB – Arlete Sampaio (PT) foi a única ausente. No cardápio, a eleição da Mesa Diretora e a aprovação de projetos de interesse do emedebista, como a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).

 

Questionado pelo futuro parlamentar Iolando (PSC) sobre o apoio a alguma candidatura na corrida pela Presidência da Câmara Legislativa, Ibaneis disse ter garantido que, a princípio, não interferiria na disputa. “Pedi que se organizassem e exercessem a democracia, em busca do consenso. Se, em algum momento, eu puder contribuir, estou à disposição. Mas não quero agir de forma direta”, comentou. Pelo menos três distritais da base do emedebista estão no páreo – Cláudio Abrantes (PDT), Rafael Prudente (MDB) e Rodrigo Delmasso (PRB).

 

Aos presentes, Ibaneis voltou a pedir apoio à aprovação da Luos e ZEE para “destravar o cenário econômico da capital”. “Se houver alguma alteração sobre a qual os novos distritais tenham sido consultados, fica meu compromisso da retirada do prazo de revisão da lei para que travemos a discussão outra vez em 2019. Mas precisamos emplacar as propostas ainda neste ano”.

 

O futuro governador também garantiu ampliar o canal de comunicação com os parlamentares – ponto sensível da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). “Quero manter um ambiente de diálogo. Vamos criar uma Ouvidoria própria deles, por exemplo, para que encaminhem sugestões e reclamações”, afirmou.