ANA MARIA CAMPOS
O veto do governador Ibaneis (MDB) ao projeto de lei que cria a Praça Marielle Franco foi derrubado nesta tarde (08/12) no dia de mobilização nacional pelos mil dias da execução da vereadora carioca.
Brasília se junta a mais de 150 lugares do mundo que hoje carregam o nome de Marielle, vereadora executada durante exercício do mandato parlamentar.
A criação da Praça Marielle tinha sido aprovada pela Câmara Legislativa em novembro de 2019, mas o governador Ibaneis vetou a norma.
Hoje, data de mobilizações nacionais pelos mil dias do assassinato da militante carioca e de seu motorista, Anderson Gomes, a Câmara derrubou o veto do emedebista e uma praça no Setor Comercial Sul receberá o nome da ativista em direitos humanos.
O local escolhido para a criação da Praça foi o Setor Comercial Sul (próximo à Galeria dos Estados). “Hoje conquistamos uma grande vitória para todos aqueles que militam em prol dos direitos humanos. Derrubamos o veto à Praça em data bastante simbólica, quando cobramos o desfecho dos assassinatos de Marielle e Anderson. Já são mil dias sem respostas e sem justiça”, destaca o autor do projeto, deputado distrital Fábio Felix.
Fábio Felix considera a derrubada do veto à lei um recado “contra o ódio e contra a intolerância”. “A execução de Marielle é um grave atentado à democracia brasileira. Não podemos achar natural que uma parlamentar, legitimamente eleita, tenha sua vida interrompida por defender os direitos das minorias e das populações vulneráveis. Exigimos justiça para Marielle e ocuparemos essa praça com muita cultura e resistência para que a memória dela se mantenha viva”, afirmou.