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Paulo Tadeu é eleito presidente do TCDF

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

Na sessão ordinária desta quarta-feira (09/12), o conselheiro Paulo Tadeu foi eleito presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para o biênio 2021/2022.

 

O conselheiro Inácio Magalhães Filho foi escolhido pelos colegas para o cargo de vice-presidente. A atual presidente, conselheira Anilcéia Machado, vai assumir a Corregedoria do Tribunal.

 

Os conselheiros eleitos assumirão os respectivos cargos a partir do dia 1° de janeiro de 2021.


Atribuições

Além de dirigir o TCDF e representá-lo em atos públicos e solenidades, o presidente é o responsável por zelar pelas prerrogativas do Tribunal. Ele conduz as sessões plenárias e profere voto de desempate em processos.

 

Também participa e tem direito a voto na apreciação de inconstitucionalidade de lei ou de ato do Poder Público naquilo que se refere a matérias de competência do Tribunal.

 

Paulo Tadeu, 52 anos, foi deputado distrital, vice-presidente da Câmara Legislativa e deputado federal pelo PT.

 

No governo de Agnelo Queiroz (PT), foi secretário de Governo. Em 2012, assumiu o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas.

 

Veja o discurso de Paulo Tadeu, em que ele fala de lealdade, ética, harmonia e da defesa de um Tribunal de Contas com atuação republicana:

 

Parabenizo a gestão atual, da Conselheira Anilceia e dos Conselheiros Marcio Michel e Inácio Magalhães, que conduziram com maestria, com transparência e eficiência essa Corte de Contas nos últimos anos. Sabem que encerram o mandato de cabeça erguida.

 

Por mais dificuldades que tenham ocorrido durante a gestão, uma questão que eu gostaria de destacar foi a defesa desta Corte como instituição republicana, que cumpre um papel importante no âmbito do Distrito Federal.

 

Eu destacaria isso como o grande legado que vossas excelências deixam nesse mandato que se finda. Será sempre necessário defender o papel estratégico do TCDF na fiscalização dos gastos públicos.

 

O voto de cada um é mais do que um simples riscar do papel, mas ali está uma simbologia muito forte, que é a da confiança que estão depositando em mim. E a melhor maneira de retribuir é trabalhar com seriedade, na defesa da ética, da eficiência, de um tribunal que não se sinta apartado, como uma ilha, do DF, que possamos atuar em harmonia com a CLDF e o Executivo.


Temos uma corte com altíssima qualidade de servidores na área fim e na área meio, um MP de altíssima qualidade e um Plenário composto de 7 conselheiros da mais alta qualidade.

 

Não tenho dúvida nenhuma de que este Tribunal reúne o que há de melhor no seu corpo técnico, no MP e também no Plenário. Essa miscigenação de conhecimentos e de formações nos permite trabalhar de maneira equilibrada e harmoniosa entre nós, com o corpo técnico, com o MP, e com os demais poderes.

 

Me sinto neste momento com alívio de perceber que encerramos um pleito com um tribunal harmonizado e espero muito que possamos trabalhar nesses 2 anos com a paz necessária e a lealdade.

 

Ser leal não significa concordar com tudo, mas, mesmo discordando, nunca colocar casca de banana ou fazer boicote ao Executivo ou aos colegas. Podem esperar de mim muita lealdade.

 

A gratidão pelos votos não significa submissão, mas certamente retribuirei com muito diálogo, democracia e com uma gestão participativa.

 

Eu sou fruto de uma continuidade de gestão, que começou lá atrás, antes mesmo de eu entrar no Tribunal. Não sou presidente fruto de uma ruptura, mas de um processo que começou há tempos e que eu acompanho há oito anos. Eu sou fruto dessa continuidade e vou manter tudo de bom que foi feito, mas também quero, junto com vocês, trabalhar na inovação, procurar inovar sempre para melhor.

Carregarei a faixa de presidente com muita honra e muito orgulho”