Coluna Eixo Capital publicada em 20 de dezembro de 2024, por Ana Maria Campos
Em novembro, a Operação Caixa de Pandora completou 15 anos. Nesse período, muita coisa aconteceu no país. Políticos foram condenados, alguns cumpriram parte da pena, muitos foram perdoados. O país mudou. O Distrito Federal viveu na Pandora a sua maior crise, com o envolvimento dos cabeças dos poderes locais. O principal alvo da operação, o ex-governador José Roberto Arruda, ainda enfrenta os processos. Ganha aqui, perde ali. Ainda não retomou a elegibilidade. Mas a cada eleição o nome dele ressurge como uma tentativa de retorno ao protagonismo político. Sem sucesso. Nesta semana, Arruda gravou um vídeo para anunciar uma decisão “difícil mas necessária”: “Não pretendo voltar mais para a vida pública “, afirmou.
A última em que José Roberto Arruda foi eleito, ocorreu em 2006. Quando os eleitores voltarem às urnas, em 2026, terão se passado 20 anos. “As pessoas me perguntam muito se quero voltar para a política. Eu vou dizer assim: sinceramente não. Eu tive uma vida muito intensa. Vim de família humilde, formei em engenharia, vim para Brasília jovem ainda (21 anos). Fui engenheiro da CEB, comecei a trabalhar como engenheiro. Depois fui diretor da Novacap, diretor da CEB, Ministério de Minas e Energia, fui secretário de Transportes, fui chefe da Casa Civil, criei e fui primeiro presidente do Metrô, fui secretário de Obras do governo Roriz. E depois fui deputado, senador, governador… Enfim, eu tive uma vida muito intensa, tive meus percalços, minhas dificuldades, mas Graças a Deus, Deus me deu muitas oportunidades. Agradeço demais às pessoas que me ajudaram nessa caminhada, mas agora eu me recolhi, eu sou pai Uber, estou criando meus filhos, dando minhas aulas e estou feliz assim, e realmente não pretendo voltar mais para a vida pública”, afirmou.
Comprar a casa própria passou a ser um sonho mais distante para quem fez concurso. O servidor público deixou de ser o grande consumidor na capital do país. Para se ter uma ideia, levantamento da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi) aponta que hoje apenas 40% dos clientes de novos lançamentos imobiliários são do setor público — funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário local e Federal. Há 15 anos, segundo o presidente da Ademi, Roberto Botelho, esse percentual chegava a 90%. Atualmente os principais compradores são advogados, profissionais liberais, empresários e produtores rurais. “O motivo é o achatamento dos salários dos servidores públicos”, acredita Botelho.
O senador brasiliense Izalci (do PL) apresentou projeto de lei proibindo que os beneficiários de programas sociais ou bolsas de subsistência do governo federal, usem os recursos recebidos para jogos de apostas on-line. Pelo projeto, os operadores de apostas on-line deverão implementar mecanismos de verificação automática de dados, utilizando bases governamentais como o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), sob pena de altas multas. Pessoas que usarem dinheiro do bolsa família, por exemplo, para jogarem, também serão penalizadas com o corte do benefício. O Banco Central divulgou que, apenas no mês de agosto deste ano, 20% dos recursos do Programa Bolsa Família foram destinados a apostas esportivas.
“O objetivo é garantir a destinação correta dos recursos públicos e a proteção das famílias vulneráveis. O bolsa família não é para as BETS, para os jogos de azar”, justifica Izalci.
A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia levou ao seminário do Correio, realizado na última quarta-feira, sobre o Fundo Constitucional do DF um material que preparou para uma apresentação sobre o tema. Mas, na hora de falar, ela preferiu o improviso. Abadia chamou de “ideia de jerico” a iniciativa de avançar sobre os recursos do Fundo Constitucional do DF.
O deputado Rafael Prudente (MDB-DF) passou no teste da articulação política no Congresso para a supressão do artigo sobre a mudança no Fundo Constitucional do DF do projeto de lei que atendia ao ajuste fiscal do governo Lula. No fim das contas, o relator do projeto, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), atendeu ao apelo do governador Ibaneis Rocha (MDB) e de Prudente. Os três são do mesmo partido.
Isnaldo Bulhões (MDB-AL) foi muito cauteloso quanto à tramitação do projeto que trata da correção do Fundo Constitucional do DF. Ele pediu para um colega do PP, o deputado Átila Lira (PP-PI), incluir o corte no Fundo Constitucional do DF em uma das matérias que ele relatou. É que Bulhões estava entre desagradar o governador Ibaneis Rocha (MDB), de seu partido, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de quem é muito amigo. Mas a medida não vingou. Vitória foi de Ibaneis.
Os coordenadores dos cursos de Jornalismo do Uniceub, Bruno Nalon, do IESB, Daniella Goulart, e do IDP, Bruno Aragão, juntamente com a professora Raquel Sacheto, estão colaborando voluntariamente com o projeto Prêmio Engenho de Comunicação dedicado aos estudantes de Jornalismo. A iniciativa foi lançada na comemoração dos 20 anos do Prêmio Engenho de Comunicação — O Dia em que o Jornalista Vira Notícia. Prevê debater os paradigmas da profissão com os futuros profissionais, capacitando-os sobre temas como ESG, empreendedorismo, cobertura de temas desafiadores (feminicídio entre eles), detecção e combate às fake news. “Um concurso de redação será lançado, em abril, para os futuros jornalistas. Temos todos que contribuir para que essa profissão estratégica para a sociedade avance cada vez mais”, destaca Kátia Cubel (foto), presidente do Prêmio Engenho de Comunicação. Os alunos vencedores do concurso poderão participar de atividades práticas nas principais redações de Brasília, entre elas o Correio Braziliense, que assinou um acordo de cooperação técnica com o Prêmio Engenho para esse projeto. A primeira reunião de trabalho já foi realizada. As instituições UnB e Católica deverão se juntar ao grupo, nos próximos encontros.
Deputados da bancada do DF acompanharam até o último momento a leitura do relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que deixou de fora os cortes no Fundo Constitucional do DF.
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