ANA MARIA CAMPOS
Em entrevista, deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT), líder do governo Ibaneis Rocha na Câmara Legislativa, fala do que espera da relação entre o Buriti e a Casa, e dos projetos de Ibaneis para áreas como saúde e segurança pública.
O governador Ibaneis Rocha vai convocar a Câmara Legislativa para votar projetos em caráter emergencial. Acha que ele terá apoio para aprovar todas as medidas?
O DF passa por um momento dificílimo. O Estado estava inoperante e o caos se espalhou em várias áreas. Assim, acredito que é possível fazer o convencimento dos pares sobre o caráter emergencial das medidas e aprová-las.
Será o primeiro teste de fogo do apoio da base dele na Câmara?
Creio que será o primeiro momento para consolidar a base, mas também para diálogo e participação de outros blocos no debate.
Qual projeto pode despertar mais resistência?
É difícil dizer, porque a pauta ainda não está fechada, mas questões de saúde sempre mexem mais com os ânimos.
Na campanha, o Instituto Hospital de Base foi alvo de muitas críticas. Acha que a ideia, anunciada por Ibaneis, de ampliar o modelo, será aceita pelos distritais?
Vamos estabelecer o debate com transparência e mostrando a realidade da situação da saúde. Com ajustes e a contribuição da Câmara Legislativa, é possível avançar.
Qual será seu papel como líder do governo? Ibaneis pediu algo em especial?
Para mim, um líder atua na parceria com a base e diálogo com outros grupos. A Câmara Legislativa é muito diversa e isso deve ser observado.
Há consenso para criação de três novas administrações regionais, em Sol Nascente, Arapoanga e Arniqueiras?
Isso vai ser tema de debates dentro do governo e, se vier na pauta, também na Câmara.
Você rompeu com Rollemberg porque não saiu a paridade para a Polícia Civil. Qual é a sua expectativa de pagamento do reajuste neste ano?
A Polícia Civil vem há anos sendo esmagada por governos sem compromisso real com a segurança pública, apenas com números que não demonstram a insegurança de quem vive no DF. O governador Ibaneis observou isso ainda no início da campanha e se comprometeu com o resgate da PCDF, o que passa pela paridade. Já temos medidas encaminhadas para, nas próximas semanas, apresentar como será implementada a paridade.