Ao À queima roupa, a deputada Jaqueline Silva (MDB), integrante da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, comentou a denúncia da PGR sobre a cúpula da Polícia MIlitar do Distrito Federal (PMDF) e como o relatório impactará o trabalho da CPI. Confira:
“A PM é maior que falhas ou condutas errôneas de qualquer integrante. A PMDF é gigante e merece nosso respeito”
Qual a sua avaliação, depois de meses de investigação na CPI, sobre essa conclusão da PGR?
O trabalho da CPI é independente. Recebemos informações e avaliações dos demais órgãos de investigação e controle. Mas temos buscado trabalhar em uma linha própria. Avançamos muito com os depoimentos. Recentemente, o Delegado Leonardo de Castro trouxe elementos de uma investigação profunda e extremamente bem conduzida pela Polícia Civil do DF.
Acredita que a responsabilidade vai recair exclusivamente sobre a PMDF?
É cedo para culpabilizar ou direcionar a responsabilidade. Mas, de antemão, digo que a PM é maior que falhas ou condutas errôneas de qualquer integrante. A PMDF é gigante e merece nosso respeito.
Acha que a CPI da Câmara Legislativa vai chegar à mesma conclusão?
A CPI está buscando um caminho próprio. Temos atuado com uma visão ampla dos fatos.
Os oficiais demonstraram que estavam alinhados com Bolsonaro. Esse é um sinal de que conspiraram para derrubar o presidente Lula?
Generalizar é um grande perigo nesta investigação. É exatamente por isso que necessitamos individualizar as condutas e responsabilidades.
Acredita que a PM vai reagir ou apoiar as prisões?
Não tenho dúvidas de que a corporação seguirá cumprindo sua missão. A Polícia Militar é fundamental para a garantia da normalidade no DF. Foi por meio desta polícia que o controle foi retomado no dia 8 de janeiro, cabe lembrar. Esta semana condecorei vários policiais militares por sua bravura e ação rápida na repressão de crimes e no atendimento à comunidade. Essa é maioria esmagadora da nossa polícia. Não teria como pensar diferente.