Coluna Capital S/A de 8 de julho
“Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.” John Locke
Por Samanta Sallum
Durante participação no evento Conecta 2025, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em Brasília, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fez um anúncio para o setor produtivo. Afirmou que serão lançadas medidas para estimular o crédito com juros mais baixos.
Entre elas, a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), com isenção tributária para investidores. “Vai tornar os juros até 1,5% mais baratos”, frisou Alckmin.
O evento reuniu ontem lideranças empresariais de todo o país para debater os desafios e avanços do setor terciário brasileiro. A edição marca os 80 anos da CNC.
“Nossa gestão não medirá esforços para avançarmos no entendimento entre capital, trabalho, sistema privado e governo, na consecução de objetivos indispensáveis a um país desenvolvido”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O presidente da Fecomércio/DF, José Aparecido Freire, também participou do encontro no CICB junto com todas as lideranças das entidades regionais.
“Nesta semana sediamos eventos da CNC que irão reunir cerca de 1,6 mil pessoas de todo o país na nossa capital. Essa movimentação impulsiona não só a rede hoteleira, mas também outros 50 setores ligados ao turismo”, disse Freire.
Resposta a Trump
No evento, Alckmin rebateu o presidente americano Trump e defendeu comércio “ganha-ganha” entre Brasil e EUA. “O Brasil não é problema para os Estados Unidos”. Segundo ele, os EUA têm déficit comercial global de mais de US$ 1 trilhão, mas mantêm superávit com o Brasil: US$ 18 bilhões em serviços e US$ 7 bilhões em bens. “Dos dez produtos que os Estados Unidos mais exportam para o Brasil, oito têm tarifa de importação zero”, pontuou.
Programa MEI Conta com a Gente
Para fortalecer os pequenos negócios no Brasil, a CNC lança na quarta-feira o programa MEI Conta com a Gente. A proposta é facilitar o acesso dos microempreendedores a informações qualificadas e ferramentas digitais que ajudem a impulsionar a gestão e o crescimento dos pequenos negócios. A união entre o setor público e o privado foi fundamental para viabilizar o programa.
A parceria é fruto do Acordo de Cooperação entre a CNC, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon). O evento irá contar com a participação do ministro Márcio França.
Empresários vinham pedindo mais policiamento nas áreas comerciais
O Sindhobar (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília) já vinha alertando o GDF para o aumento da sensação de insegurança nas áreas comerciais. Ontem, o dono de um estabelecimento na Asa Sul atirou num invasor que teria arrombado o local de forma criminosa. Há um mês representantes do Sindhobar se reuniram com o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, para pedir providências, como a coluna noticiou aqui.
Os empresários manifestaram preocupação com a segurança de comerciantes, empresários e clientes. “Estamos ainda mais preocupados, imaginando que podem ocorrer tragédias ainda piores”, reforçou ontem à coluna Jael Silva, presidente do Sindhobar DF.
O secretário disse que a pasta, junto com a PM e a Polícia Civil, estava atuando e fazendo todo o possível para reduzir a criminalidade. Mas que não dependia só desta atuação, mas também de ações do Judiciário e do Legislativo. E lembrou que há orientações também do MP que limitam a abordagem policial com moradores de rua.
Recorde de movimento no Aeroporto JK
Aeroporto Internacional de Brasília registrou crescimento de passageiros de 39% no primeiro semestre. Em abril, mês do aniversário da capital federal, o terminal atingiu volume recorde de passageiros, conforme dados divulgados pela Anac. Foram 891 milhões passageiros-quilômetros pagos (RPK), métrica utilizada na aviação para medir a demanda por transporte aéreo.
Faturamento da indústria cai pelo terceiro mês consecutivo
Os indicadores da CNI apontam que a indústria nacional está perdendo força em 2025. Entre abril e maio, o faturamento das empresas do setor encolheu 1,2%. A sequência negativa resultou no encolhimento de 1% do faturamento industrial do país no trimestre encerrado em maio, comparado ao trimestre encerrado em fevereiro.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o resultado reflete a perda de dinamismo da atividade industrial. “A demanda por produtos industriais vem diminuindo, com impactos na atividade e, consequentemente, da receita das empresas. O ano de 2025 ainda será positivo para a indústria, mas em ritmo abaixo do observado em 2024”, explica.
Parceira em prol da inovação
Uma aliança inédita entre a ABDI e o MEC vai aproximar a educação profissional do setor produtivo. Pela primeira vez, a Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT) será realizada em parceria com um grande festival de inovação — o Festival Curicaca, em outubro, em Brasília. A ação busca promover a inovação na indústria brasileira por meio da integração entre ensino técnico, tecnologia e desafios do setor produtivo.
O presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, disse que a parceria promoverá uma experiência imersiva voltada à formação dos profissionais da Nova Indústria Brasil. “Vamos unir escolas técnicas e indústria em um mesmo palco, com inovação, desafios reais e soluções concretas. Educação e política industrial precisam andar juntas para o Brasil avançar”, explicou.
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