Liminar foi concedida pelo Juiz da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário. GDF informou que vai recorrer
Por Samanta Sallum
A Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) obteve liminar que suspende os efeitos de duas etapas da discussão do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 25/2023, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no Distrito Federal. De acordo com a decisão de hoje, ficam sem efeito a audiência pública realizada em 16 de fevereiro de 2022 e a Decisão 09/2023 do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano (Conplan).
O texto estava em tramitação avançada na Câmara Legislativa do DF. Já tinha passado nas comissões de Assuntos Fundiários, e de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. O presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), tinha sinalizado que seguiria para a CCJ e depois a plenário, entrando na pauta da próxima terça-feira.
Como a autoria do projeto é do poder Executivo, cabe ao GDF recorrer. A Procuradoria do DF já está analisando a decisão para recorrer.
Na ação, a Prourb argumenta que o GDF não cumpriu a legislação sobre o tema e dificultou a participação popular efetiva. “A audiência pública foi realizada sem que o público tivesse acesso, pela internet, a laudos, estudos técnicos e outras informações que serviram de base à elaboração do PLC, apesar de essa ser uma exigência legal.
Segundo a Prourb, houve também irregularidades na forma como o PLC foi aprovado pelo Conplan.
O promotor de Justiça Dênio Augusto de Oliveira Moura destaca que a suspensão dos efeitos da audiência e da decisão do Conplan é importante para garantir a participação popular adequada nas discussões sobre o futuro da cidade.
“A ação pretende impedir a apreciação do PLC pela Câmara Legislativa enquanto não forem sanados os vícios apontados, que violam o direito de participação da sociedade na política de ordenamento do território”, afirmou.
Na decisão que deferiu a liminar, o Juiz da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, Carlos Maroja, apontou que “no contexto democrático, a participação popular na definição de aspectos relevantes à gestão da cidade é imperativo, não apenas formal, mas material. Porque tais normas jurídicas têm no mínimo potencial para impactar sobre a vida de todos”.
A ação foi proposta a partir de representação formulada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF), a Associação Andar a Pé – O Movimento da Gente e outras dezoito entidades/movimentos da sociedade civil.
Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF prevê a regularização de áreas e a definição…
Câmara Legislativa propõe audiência pública para debater o tema em fevereiro. Iphan já foi consultado …
Deputado do PL ultrapassou o número de seguidores do presidente Lula no Instagram com alarme…
Expectativas quanto ao futuro da economia no país soam ruins, segundo pesquisa da CNI Por…
Governo sofre nocautepelas redes sociais por fake news Por Samanta Sallum Depois de mais um…
Por Samanta Sallum O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) embarcou ontem de manhã do aeroporto…