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Para incentivar o DF como hub de cargas, imposto do querosene pode baixar

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum 

Está em estudo, na Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, a redução do ICMS do querosene usado na aviação (QAV). Seria um incentivo fiscal para atrair mais voos domésticos e internacionais, e colocar a capital federal em destaque como hub aéreo de cargas. Elas são transportadas nas “barrigas” dos aviões de passageiros. Há espaços ociosos.

Assim, mais produtos seriam trazidos a Brasília e escoados daqui também para outras regiões.

Redução em SP

O QAV representa cerca de 35% dos custos das companhias aéreas. O DF está de olho na movimentação de estados, como São Paulo. No início deste ano, o governador Tarcísio de Freitas reduziu a alíquota do ICMS até dezembro de 2024 e, assim, atraiu mais 150 novos voos.

Cautela

No entanto, o secretário de Fazenda do DF, Itamar Feitosa, explicou à coluna que está cauteloso, que esta é uma análise técnica profunda. “Precisamos ter sinais concretos de que o DF terá um bom retorno econômico para essa renúncia fiscal”, ponderou.

Perda com combustíveis

O motivo da preocupação é que a Fazenda já vai ter de lidar com a perda, em 2023, na arrecadação de ICMS com os combustíveis – já que foi prorrogada, pelo governo Lula, a validade da lei federal que reduziu o imposto. A perda para o DF pode chegar a R$ 1,2 bilhão.

“Estados não são culpados”

O secretário de Fazenda afirma que o ICMS dos estados não é o vilão dos altos preços dos combustíveis. ”Culparam os estados de forma injusta. São tantas outras variáveis que influenciam os preços. E a gente pôde ver agora, recentemente, que teve aumento pela Petrobras, mas isso não se refletiu tão automaticamente nos postos. Em vários, o preço até baixou”, observa Feitosa.

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