DF e 12 estados ajuízam ação contra a Petrobras

Compartilhe

Por Samanta Sallum

Denunciando propaganda enganosa, o Distrito Federal e mais 12 estados entraram juntos com uma Ação Civil Pública contra a Petrobras. Ela é assinada pelos respectivos representantes legais. A procuradora do DF, Ludmila Lavocat Galvão, está entre eles. Baseados no Código de Defesa do Consumidor, pedem liminar para que a empresa retire veiculação de conteúdo nas redes sociais.

Em face das recentes repercussões negativas a respeito do elevado preço do valor da gasolina, a Petrobrás S.A. está divulgando a matéria denominada “Preços de Venda de Combustíveis”. Nele, diz que a empresa fica apenas com R$ 2 do valor do litro.

“A aludida matéria, sob a roupagem de nota de esclarecimento aos consumidores, promove distorções graves na informação repassada. Omite que o litro de “gasolina” comercializado nos postos de combustíveis é composto de Etanol Anidro no percentual de 27%. E enfatiza exclusivamente aspectos que geram a falsa compreensão de que todo o processo de aumento decorreria de fatos alheios à atuação da estatal. Trata-se de publicidade enganosa, que visa induzir em erro os consumidores”, apontam os procuradores de Estado.

Assinam o documento, além do DF: Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão, Sergipe, Piauí, Bahia, Amazonas, Pernambuco, Espírito Santo, Goiás, Amapá e Minas Gerais. A ação está na Vara Cível de Brasília.

ICMS não é o vilão

No final das contas, os Estados não aceitam serem responsabilizados, pelo governo federal, da alta da gasolina. Sustentam que o vilão da história não é a tributação deles, o ICMS. E, sim, a Petrobras.

Segundo os procuradores, a Petrobras conduz à equivocada conclusão de que às alíquotas aplicadas do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação seriam as responsáveis pelos altos preços dos combustíveis.

“É indissociável do valor do litro do combustível o preço do Etanol Anidro, pois o litro é composto de 730 mL de gasolina e 270 mL de Etanol Anidro, sendo enganoso omitir o valor total do produto, mesmo que não seja ele produzido pela companhia”, destaca a ação.

No final das contas, os Estados não aceitam serem responsabilizados pelo governo federal pela alta da gasolina. Sustentam que o vilão da história não é a tributação deles, o ICMS. E sim a Petrobras.

samantasallum

Posts recentes

  • Coluna Capital S/A

Ciclone em São Paulo faz voos de Brasília retornarem à capital federal

Piloto de uma das aeronaves disse que era um dia para entrar na história da…

1 dia atrás
  • Coluna Capital S/A

Zema diz que Lula conduz economia com “anabolizantes”; e reafirma candidatura à presidência

Sobre Flávio Bolsonaro, comentou que há espaço para outros nomes da direita, mas que  campo…

1 dia atrás
  • Coluna Capital S/A

Expectativa do comércio para o Natal tem queda em relação ao ano passado

Coluna Capital S/A de 9 de dezembro  Por SAMANTA SALLUM  O comércio do DF espera…

2 dias atrás
  • Coluna Capital S/A

Palavras que voam: exposição celebra 50 anos do Dicionário Aurélio*

Por SAMANTA SALLUM  O Sesi Lab inaugurou neste sábado a exposição Palavras que Voam: Acervo…

5 dias atrás
  • Coluna Capital S/A

ITBI terá nova forma de cálculo com lei promulgada pelos deputados distritais

Alteração no Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis estabelece agora valor de mercado do…

1 semana atrás
  • Coluna Capital S/A

Programa Acredita para pequenos negócios alcançará R$ 10 bilhões em crédito

Por SAMANTA SALLUM  Lançado em maio de 2024, o Programa Acredita chegará ao fim de…

1 semana atrás