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Capitalismo da companheirada e primitivismo político Em texto publicado no último dia 4, no jornal Estado de S.Paulo , sob o título Inovar na política, o sociólogo e ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, em seu estilo elegante e professoral de costume, propôs algumas reflexões pertinentes sobre o momento atual que o país atravessa. Ao apontar distorções óbvias em nosso ordenamento político , FHC sugeriu a adoção urgente de algumas mudanças de rumo e de comportamento dos líderes partidários, de modo a que o Brasil reencontre, de fato, o caminho para sua correta inserção no século XXI. Embora reconheça que o Brasil como nação é muito mais significativo do que um Brasil como Estado apenas, FHC lembra que sem um Estado que funcione a contento, nem sociedade, nem mercado desenvolvem seus papéis eficazmente. Contudo, em sua avaliação, o Brasil da última década foi submetido à falsa ideia de que o Estado seria o grande salvador e neste caso, tal prepotência acabou por conduzir o país ao beco sem saída da estagnação econômica e de outras “ineficiências múltiplas”. O que resultou desse modelo degenerado foi, ao seu ver, o que se poderia chamar de “capitalismo da companheirada”, que geraria com as consequências o mensalão, petrolão e outros escândalos recentes. “Quem sabe superaremos o primitivismo político de considerar como “neoliberal” tudo o que é necessário fazer para que as finanças públicas e a administração funcionem bem, respeitando suas possibilidades reais, mais ou menos elásticas conforme as circunstâncias , mas nunca infinitas, propiciando um clima favorável para que as pessoas, as organizações e as empresas possam expandir suas potencialidades.” O diagnóstico que FHC faz do país, sob a ótica da sociologia e como observador privilegiado que foi, durante os anos em que ocupou a Presidência da República, é que no Brasil “não há partidos relevantes de direita, tampouco revolucionários à esquerda.”. O que existe , de fato, são numerosos grupos adeptos das” práticas do clientelismo, lenientes com a corrupção e com o arbítrio do Estado” e que representam apenas o atraso. Para o ex-presidente PT e PSDB são “primos”, nascidos no final do regime militar dentro do espectro conhecido como “social democracia” com a diferença de que o primeiro “ crê numa vanguarda partidária que pela via eleitoral ganha o governo, apropria-se do Estado, infiltra-o com militantes ou aliados e , a partir disso, alavanca as reformas da sociedade.” Na outra ponta o PSDB, “quando controla o governo não crê que deva juntá-lo ao Estado nem deseja usar este último como ferramenta quase exclusiva das reformas e dos avanços sociais, pois acredita na dinâmica da sociedade civil como mecanismo de mudança.” Colocando um pouco de lado este que seria um debate acadêmico, resta a população avaliar os avanços sociais e políticos das duas últimas duas décadas e fazer um julgamento justo da história recente brasileira, sem paixões ou preconceitos cegos.
A frase que não foi pronunciada: “A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram. “ Paul Valéry filósofo, escritor e poeta francês com interesses também em música e matemática.
Asas Dia 11 de janeiro é dia de dar um abraço no amigo Jarbas Passarinho. O convite primoroso é desenho da artista e bisneta Giovanna, de poucos anos de idade. Segue a marca registrada da união dessa família. “No galho mais alto da árvore dos Passarinhos habita soberano aquele que construiu os ninhos. É Jarbas. É coragem. É honestidade. É afinco. E de asas bem abertas dá as boas-vindas aos 95.”
Começo Primeiro passo do governador Rollemberg foi reduzir o número de Secretarias. Aglutinou as administrações também para conter os gastos. A gestão austera e com a promessa de corte nas gorduras, a população aguarda ávida pelo portal da transparência prometido.
Solução Quase um impasse as invasões de templos religiosos em área pública. Sorte do governador Rollemberg que a solução para o mal-estar é bíblica: ”Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.”
Loteria Apesar de morar na Ceilândia, a família do vice-governador Renato Santana é de Brazlândia. A vizinhança não esconde a alegria de ter uma autoridade por perto e brinca que quem ganhou na loteria da virada foi a população de Brazlândia e não só um morador.
Apoiado Querido por olhar nos olhos das pessoas enquanto fala, Renato Santana pronunciou uma bela frase sobre Brasília. “Vamos resgatar o sobrenome da capital. Capital da Esperança!” E mais. Avisou que não é hora de olhar para o retrovisor. A não ser para ter certeza dos erros cometidos e não cometê-los mais. A oportunidade é agora e há muito trabalho pela frente.
Lá e cá A residência da vice-governadoria, na Qi5 do Lago Sul será usada como escritório de trabalho e reuniões. Renato Santana continua morando na Ceilândia. O objetivo é marcar a presença do Estado como resposta às demandas da população. uzir a ausência do Estado