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República sob medida O que esperar de um país quando os ideais que justificam a existência da República são deixados de lado e em seu lugar é erigida uma cópia dessa forma de governo, confeccionada sob medida apenas para atender aos interesses imediatos da classe política? Na resposta a esse questão ,residem os pontos centrais que explicam a atual crise vivida pelos brasileiros. A cara de paisagem, tipo assobiando para as nuvens, feita por membros do governo e de seus apoiadores, nos três Poderes, contrasta com a movimentação frenética ocorrida, sempre nos bastidores, para abafar os efeitos da crise. De qualquer forma o deslocamento dessas peças no imenso tabuleiro político, desprezam os ritos republicanos e são feitos, na sua maioria, contrariamente aos ditames da ética pública. O problema com a interposição dos ideários do partido à frente dos interesses do Estado, resulta sempre na diluição das fronteiras entre o público e o privado. Em outras palavras, o que este governo insiste em não entender é que o partido com sua militância devem estar inseridos apenas na esfera privada e só neste ambiente devem permanecer. Essa é uma situação dúbia, na qual o Palácio do Planalto se transmuta em sede do diretório do partido. Membros do governo se fantasiam de advogados de defesa da legenda. A cena também foi mostrada no primeiro governo Lula. Instalado com sua família no Palácio da Alvorada, a primeira companheira cuidou logo de mandar plantar um canteiro de flores vermelhas em forma de estrela nos jardins da residência oficial. De lá para cá, os exemplos dessa espécie de apropriação indébita do Estado, só fizeram se multiplicar. Reparem no último desses lances. Depois de se imiscuir na segunda turma que julgará os escândalos da Lava Jato, o ministro Dias Toffoli , que já foi advogado da legenda, foi se encontrar, fora da agenda e longe dos holofotes, com a chefe do Executivo. Poderia se tratar aqui de um encontro perfeitamente dentro dos moldes republicano, mas o comportamento do partido até aqui afasta para longe esta premissa. A frase que não foi pronunciada: ….. Nada foi pronunciado. Boas vindas ao silêncio. Profissões A última pesquisa divulgada pelo instituto alemão GFK Verein mostra o nível de confiança dos cidadãos brasileiros entre 32 profissões. Venceram com 92% os bombeiros. Os professores alcançaram o percentual de 82%, paramédicos 81% e pilotos 80%. Sucesso Depois da negociação entre a Câmara de Governança do GDF e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal a Via Sacra de Planaltina receberá R$ 500 mil à para que o tradicional evento aconteça. É o acontecimento mais importante para os cristãos. São mais de 150 mil espectadores que se emocionam ao ver que há esperança na ressurreição. Dengue Ainda é pequena a incidência de dengue no Paranoá. Mas há o alerta para acompanhar os novos casos e notificar. Com as chuvas, a participação da população é fundamental. Utopia? Bem que o GDF poderia disponibilizar à população um número de celular que receberia notificações pelo aplicativo whatsapp para colher informações sobre problemas da cidade. Um funcionário encaminharia o setor competente que resolveria o problema. No caso das chuvas, trânsito, locais com menores desatendidos pelo Estado, usando drogas livremente entre outras situações. Memória Por falar em tradição uma exposição no Salão Branco do Palácio do Buriti promete despertar muitas saudades. Trata-se dos 30 anos do Arquivo Público. Até o dia 9 de abril os brasilienses podem conferir. Esclarecimentos Em nenhum momento a Direção Geral da Polícia Federal determinou uma força-tarefa com o intuito de investigar parlamentares na Operação Lava Jato. O grupo de policiais que atuam nos inquéritos criminais que tramitam no STF apenas atendem ao que prevê o artigo 230-C do Regimento Interno do STF. Esse grupo é composto pelos profissionais com larga experiência no combate à lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e crimes financeiros. A informação é da Comunicação da PF. Surreal Parece cena de ficção. Alunos da rede pública fazem uma manifestação em frente a Secretaria de Educação com uma lista extensa de demandas. O secretário Júlio Gregório recebeu uma comitiva e ouviu um pedido inesperado, Acreditem se quiser. A principal reivindicação foi que houvesse professor em sala de aula.