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Interina: Circe Cunha
Colaboração Mamfil
É dentro do labirinto da burocracia excessiva, que inventamos para nosso próprio suplício, que alimentamos o monstro do custo Brasil, o mesmo que pouco a pouco vai nos consumindo como nação viável. Considerar esse vício em papéis como herança cultural e histórica, apenas alivia parte de nossa culpa, ao lançar sobre o passado cartorial as mazelas que nos inferniza no presente e, por tabela compromete alguma chance de futuro. Nesse País de despachantes e cartórios milionários, a população é entregue aos oportunistas que, agindo sob a benção do Estado, reduz a chance do indivíduo experimentar a plena cidadania e o submete à um rococó de regras inúteis e preços inexplicáveis. Em sua acepção geral a burocracia se coloca como um degrau a mais na escada que leva ao Olimpo, morada dos deuses da atualidade, e que , em última instância, nada mais é do que uma forma de dominação e sujeição do indivíduo aos ditames daqueles que estão no alto da pirâmide. Ao humilhar o cidadão, obrigando-o a apresentar um sem-número de documentos parece querer provar que não há Estado sem Burocracia e vice-versa. A “ máquina administrativa” opera , subliminarmente em cada um, o sentimento de hierarquia e poder. No livro A Metamorfose, de Franz Kafka , o sentido surrealista dessa engrenagem e sua importância como ferramenta de controle social, é exposta de modo grotesco na transformação do personagem em uma barata, desumanizado e massacrado a pelo moedor de carne humano, representado pela burocracia. No Brasil, esses mecanismos que asfixiam o indivíduo num oceano de papeis irrelevantes, foram levados ao paroxismo, impondo a cada um, martírio personalizado. Ao espremer o cidadão comum no paredão de exigências descabidas o que o Estado produziu de fato foi o alargamento do pântano em que se vê atolado, obrigado agora a provar do próprio vinho envenenado que servia a todos. Não é por outra razão que o Brasil inaugurou nos anos oitenta o mais sui generis ministério de todos os tempos: o da Desburocratização, concedendo ao economista Hélio Beltrão o posto de “desfazedor“ geral da União do papelório. Envolto em contradições criadas para sua existência e diante de uma realidade muito maior do que as forças que reunia, o ministério veio a baixo, soterrado entre desculpas e sufocado pelo interesse da permanência de uma burocracia avassaladora e cara.
A frase que não foi pronunciada: Acórdão, acordam, acorda, a corda, acordão. Palavrinhas brincando com o futuro.
Com visita Senador Aécio e senadora Fátima Bezerra travaram uma discussão desagradável durante a sabatina do jurista Marcelo Navarro. O assunto era a delação premiada. A senadora interrompeu a pergunta do senador fazendo apologia ao governo Lula. Ela informou no momento inadequado que a lista tríplice começou a ser válida durante os doze anos da gestão do PT.
Melhor preço Um passeio em busca do melhor preço nas farmácias assusta. Em uma o mesmo produto custa R$6. A vinte passos, o valor triplica. A explicação do atendente é que na passagem de mês a remarcação dos preços é normal.
Pesquisa Entre 17 e 20 de agosto, o Procon pesquisou mais de 30 medicamentos em 11 farmácias. O resultado é estarrecedor. O butilbrometo de escopolamina tem o preço que oscila etre R$2,50 e R$11,59.
3,11% Pedro Taques, agora do PSDB, garantiu aos servidores do Mato Grosso garantiu reposição salarial até o fim do ano. O percentual não é muito atrativo, mas pelo menos não mentiu.
Uber Um motorista furioso bradou. “Se é assim, então vou virar Uber!” O passageiro português perguntou: “E o que te impedes?” O taxista não respondeu, mas dá para imaginar que prefere continuar com a proteção conquistada.