Eleições de criminosos ameaçam nossa frágil democracia II

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Duke para domtotal.com

 

Já foi mencionado, aqui neste espaço, o grande perigo para a frágil democracia do Brasil que o avanço de representantes do crime organizado e das milícias vem empreendendo sobre o aparelho do Estado por meio do processo eleitoral. Em cidades como o Rio de Janeiro, esses sinais são bem claros para todo mundo e ocorrem sobre os cadáveres de muitos candidatos, abatidos, um a um, em plena luz do dia.

A pavimentação com o sangue daqueles postulantes, que não interessam aos criminosos, dá uma pista do que está se armando no horizonte, fazendo com que nossa atual situação transforme as sete pragas do Egito Bíblico num conto infantil.

Uma vez atingida a posição de mando dentro do Estado com suas ramificações posteriores, apanhar esses malfeitores será tarefa de difícil execução, pois esses facínoras terão as facilidades do cargo para se manterem impunes até o trânsito em julgado, o que nunca acontecerá.

De uma tempo para cá, o crime organizado vem se especializando na lavagem de dinheiro e, não por acaso, tem encontrado, nos labirintos das instituições públicas, um recanto tranquilo para expandir seus negócios, ao mesmo tempo em que branqueiam e oficializam a origem de seus butins.

Já se foi o tempo em que obras de arte, cavalos, fazendas, times de futebol e outros meios, eram usados para lavar dinheiro. Também não é segredo para ninguém que o crime organizado muito tem aprendido com os mestres da corrupção, travestidos de políticos, quase sempre impunes, mesmo depois de saquearem bilhões de reais dos cofres públicos a cada ano. Apenas nesses últimos meses, 14 candidatos às eleições municipais no estado do Rio de Janeiro foram baleados. Oito morreram, todos disputavam o pleito pela Baixada Fluminense, área de disputa entre traficantes e milicianos. Em outras regiões, os casos se repetem. Nessas e em outras áreas, só fazem campanhas políticas os candidatos com licença prévia dos bandidos que comandam o local.

A lei do silêncio é total. Também a população, em meio ao fogo cruzado, é assediada e coagida a votar apenas nos candidatos apontados pelos quadrilheiros. Uma investigação séria em qualquer dessas câmaras legislativas mostra, facilmente, indivíduos envolvidos com essas facções. Essas eleições têm apontado que o crime organizado já arrombou a porta do Estado de onde comandam seus negócios, dentro e fora dessas instituições. Alguns analistas dessa situação não têm receio em afirmar que o Brasil vive um processo de “colombialização”, nos mesmos moldes em que eram vistos naquele país sul americano na década de oitenta.

Para coroar uma situação que em si já é por demais dramática, está em curso um amplo movimento apoiado, inclusive, pelo atual presidente da República e muitos de seus ministros e apoiadores, para o retorno dos cassinos ao Brasil. Caso isso venha a ocorrer, estarão dados todos os elementos para a criação de um Brasil paralelo, comandado por uma espécie de organização formada por políticos corruptos, crime organizado e um tipo de forças armadas que, em seguida, também virá constituída, exclusivamente, para dar proteção a essa gente poderosa e abafar quaisquer tentativas de moralização do Estado.

Em tempos de pandemia e de profunda crise econômica, com milhões de desempregados, fechamento de milhares de estabelecimentos e de incertezas políticas de toda a ordem, está dado o caldo ideal para a fermentação desse Brasil que não podemos aceitar nem nos mais sinistros dos pesadelos. Os brasileiros de bem sabem que o que o país necessita é de boas escolas, hospitais eficientes, segurança, trabalho e assistência adequada do Estado, e não de cassinos e outros tipos de negócio cuja única função é enriquecer a bandidagem e aumentar, com isso, a criminalidade e a violência, já em níveis de guerra civil não declarada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:   

“Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão.”

Nelson Mandela, advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999

Nelson Mandela em Johannesburg, Gauteng, em 13 May 2008. Foto: wikipedia.org

 

Mais conforto

No total, 14 paradas de ônibus entregues pela Secretaria de Transporte e Mobilidade. Lago Norte, Trevo Triagem Norte, Sol Nascente, Ceilândia, Planaltina e Samambaia. Algumas forçam a parada dos carros que estão atrás dos ônibus, por falta de recuo. Mas os passageiros estão mais seguros em lugares mais confortáveis. A grande novidade é o acesso para os cadeirantes, com rampas que facilitam a mobilidade.

Parada nova em folha na avenida principal do Sol Nascente / Pôr do Sol | Foto: Semob

 

Interessante

Há mais de 15 dias, a imprensa mostrava as praias do Rio de Janeiro lotadas. Nenhuma tragédia covidiana aconteceu. Aqui em Brasília não é diferente e o reflexo disso é claro: como o hospital de Santa Maria, que transformou leitos para pacientes do Covid para pacientes com outros tipos de atendimento.

Foto: Leandro Cipriano / SES

 

Crimes

Não é novidade nenhuma que, em países ricos, as mulheres podem decidir pelo próprio corpo, ignorando o corpo de um embrião, ou uma criança que ainda não nasceu. O que vem à tona, mais do que as feministas gostariam, é o assunto sobre a venda de órgãos e tecidos de bebês abortados. Leia mais em Imagens chocantes denunciam tráfico de órgãos de bebês humanos nos EUA.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na homenagem dos “Diários Associados” ao prefeito Sette Câmara, um detalhe muito comentado foi o sapato e a boca da calça do prefeito completamente enlameados. (Publicado em 16/12/1961)

Eleições de criminosos ameaçam nossa frágil democracia

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Imagem: bncnoticias.com

 

Com os atentados aos candidatos nessas eleições municipais se sucedendo num ritmo constante, principalmente em localidades onde o crime busca se consolidar, também, como força política, alguns fenômenos de muito mau agouro despontam no horizonte. O que o crime organizado busca defender nas tribunas legislativas nada tem de valores cristãos e éticos.
Isso, obviamente, todos sabem muito bem. Mas, nem assim , ouve-se falar em adoção de medidas enérgicas, para frear esse fenômeno nefasto, que vai se instalando devagar, bem debaixo de nossos olhos. O risco é que, uma vez instalado no poder, dificilmente conseguiremos barrar o seu avanço. E,  lá chegando, essas bandas podres da nossa sociedade ganharão voo próprio, com blindagens de foro e a segurança dada pelos chamados garantistas, instalados nas mais altas Cortes, como vem acontecendo em variados casos, envolvendo outros ramos da ilegalidade, representados pelos chamados bandidos do colarinho-branco.
É tudo uma questão de lógica e de encadeamento dos acontecimentos, tais quais vêm ocorrendo à luz do dia, em cidades como o Rio de Janeiro e algumas localidades no Nordeste e na região Norte do país. A cada eleição, seja em que nível for, mais e mais esses grupos, representando traficantes, milicianos, contrabandistas e outros especialistas nas artes do mal, financiados pelo dinheiro farto dessas atividades, vão consolidado suas posições dentro do aparelho do Estado.
Nenhum Poder está a salvo ao avanço dessas forças. Legislativo, Executivo e o próprio Judiciário vão sendo, paulatinamente, tomados. Não se trata, aqui, de previsão de mau agouro, a apontar a consolidação de um Estado totalmente distópico, capaz, inclusive, de modificar a legislação penal, mas de uma realidade que se arrasta como uma serpente traiçoeira e que só vai ser notada pelos incautos quando o bote já tiver sido dado.
Em algumas localidades do Brasil, como é caso do Rio de Janeiro, onde a área urbana está dividida entre as diversas correntes do crime organizado, a morte de uma quantidade assustadora de candidatos é apenas prenúncio do que está por vir, também, em outras partes do país, onde os assassinatos e o dinheiro sujo farto estão presentes. A senha para o avanço dessas forças das sombras, logicamente, foi dada pelos grupos formados por políticos envolvidos nos mais variados casos de corrupção contra o erário.
Um Estado moralmente solapado por um ciclo de corrupção endêmica é porta aberta e estrada pavimenta à chegada de criminosos de todo o calibre. Essa, na verdade, é uma história há muito anunciada. É preciso saber, no entanto, que essa via de entrada para a instalação do crime organizado no aparelho do Estado não pode, em hipótese alguma, ser detida pela Justiça Eleitoral, simplesmente, porque essa filial exótica do Judiciário não possui, nem de longe, os mecanismos necessários para coibir esse avanço, ainda mais quando ele é feito por pessoas com capacidade de organização muito acima dos juízes eleitorais.

O importante é que o processo contínuo das eleições em todos os níveis não venha a se transformar em mais um caso de preocupação para os cidadãos do país. Caso as eleições se transformem em porta de entrada para criminosos comuns que irão se juntar aos corruptos já aqui instalados, o Brasil deixará de existir como nação. E essa não é uma previsão feita em bola de cristal. Basta olhar pela janela de sua casa. Está tudo aí. Quem tem olhos que veja.


A frase que foi pronunciada:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela, advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999
Nelson Mandela em Johannesburg, Gauteng, em 13 May 2008. Foto: wikipedia.org
Exterminador
Pombos de Brasília sofrem com a arquitetura e engenharia, ou mesmo administração do Museu Nacional de Brasília. Dezenas desses animais, ao entrar numa abertura atraente para construir ninhos, não conseguem sair e, ao se debaterem, caem numa vala. Os vigias se acostumaram com o visual macabro.
Foto: Michael Melo
Agenda 1
O maior acervo de brasilianas fora do Brasil, a Biblioteca Oliveira Lima, que conta com mais de 60 mil itens fundamentais para a história e a cultura brasileiras, será um dos temas tratados por Duília de Mello, vice-reitora de estratégias globais da Universidade Católica da América de Washington, DC, durante o webinar A Educação na era pós-pandemia: o papel da diáspora brasileira de ciência, tecnologia e inovação.
Foto: Divulgação
Agenda 2

O evento, promovido pela Embaixada brasileira em Washington, DC, na próxima segunda-feira (16), será transmitido pelo canal da embaixada no Youtube e contará, ainda, com a participação do embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Foster Jr, do secretário de educação superior do MEC, Wagner Vilas Boas, da representante do Conselho para Colaboração Internacional da Universidade de Maryland Baltimore, Isabel Rambob, e de Benhur Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.


História de Brasília

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap.(Publicado em 16/12/1961)