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DESDE 1960 »
jornalista_aricunha@outlook.com
Circe Cunha e MAMFIL
Não fossem pelas possíveis repercussões no mundo e, particularmente, no Brasil, o resultado da última eleição americana teria tratamento de praxe pela mídia nacional e seria visto como alternância natural e saudável entre democratas e republicanos. Mas, em face da vitória imprevista do histriônico Trump, um candidato cuja a personalidade é considerada, por todos os entendidos no assunto, como absolutamente irascível, considerando as declarações que ele tem feito, tornam-se necessárias certas precauções e submeter o novo e poderoso personagem à análise permanente e atenta.
Antes de quaisquer possíveis consequências nefastas para o resto do planeta, a chegada à Casa Branca de uma figura com esse perfil provocará consequências internas para americanos, que, a partir do próximo dia 20, vão experimentar dias de grande expectativa e incerteza. Os antigos identificavam na mentira a raiz de todos os males do mundo. O que parte da imprensa séria americana pode identificar na última eleição foi justamente a utilização, inédita e em larga escala, de mentiras (fake news), numa propaganda massiva de desinformação, amplificada a mil pelas redes sociais, para construir e destruir imagens em instantes.
Se a eleição de Kennedy, nos anos 1960, foi fruto do alcance da televisão, a eleição de Trump pode ser creditada, em boa parte às redes sociais, principalmente ao trabalho dos chamados blogs sujos dentro e fora dos Estados Unidos. Nesse ponto, investigações dos serviços secretos americanos parecem apontar para a participação intensa do governo russo na disseminação de informações que, em certo sentido, teriam contribuído para a vitória de Trump.
Se confirmada a hipótese, estaríamos diante de um caso raro de chantagem além de fronteiras cujo preço se assemelharia a vender a própria alma. Tudo nessa eleição é nebuloso e enseja desconfiança, dentro e fora dos EUA. Note-se também que se trata aqui de uma vitória absolutamente personalista, na qual o próprio Partido Republicano, a que insinua pertencer, ficou totalmente alijado do processo ou posto em segundíssimo plano. Nesse sentido, soa próprio afirmar que quem chegou ao poder foi o sujeito e não o tradicional partido político.
Sempre que situações assim ocorrem, nas quais o candidato apenas usa a legenda para alcançar seus objetivos, o resultado, invariavelmente, é ruim. Também no Brasil, os blogs sujos, financiados sorrateiramente pelo próprio governo, fizeram a festa nos últimos anos, e o resultado é esse que aí está. O fato é que uma primeira mostra do que está por vir foi dada agora, na primeira entrevista a jornalistas de todo o mundo. O que se viu na coletiva foi o retrato de uma América que parece caminhar para um mundo totalmente novo, no qual os sólidos pilares que apoiavam uma sociedade consciente de seu papel no mundo foram substituídos por outros erguidos, agora, com a argamassa da mentira e da arrogância.
A frase que não foi pronunciada:
“Quem diria que o Snoopy, de tanto se distrair com a política interna de outros países, pudesse ver escorregarem do seu alcance as próprias rédeas.
Pensamento do ex-presidente Obama
Solidários
» Não só o Banco do Brasil, mas os funcionários da instituição se cotizaram para ajudar a Abrace, que atende crianças com câncer. O BB faz hoje a entrega de 4,3 milhões de recursos. Uma ala inteira foi reformada com a ajuda dos funcionários do BB. “Uma causa nobre em uma fundação que apresenta uma boa governança”, é o que diz a missiva recebida.
Leitor
» Será que dá para perguntar aos chefes do órgão que opera o BRT, salvo engano, o DFTrans, por que as lâmpadas da estação Catetinho ficam acesas 24 horas por dia? Isso acontece praticamente desde que foi construída. Ultimamente, na estação Vargem Bonita acontece o mesmo. As duas estações estão inoperantes. Cada uma delas, com as 30 lâmpadas de 40w ligadas direto, consome por mês aproximadamente 864kw gerando uma conta mensal de R$ 527. Esse é um exemplo que o GDF dá para a economia de energia.
Erramos
» Julio Menegoto, que ocupa temporariamente a Administração de Vicente Pires, continua presidente da Novacap. É funcionário de carreira e conhece cada palmo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil.
Fez bem
» Ao cortar R$ 66 milhões em gastos da Câmara Legislativa, com viagens, diárias, consultorias, serviços terceirizados e outras despesas desnecessárias e supérfluas, o governador Rollember age escudado pela a simpatia e pelo apoio dos candangos, que defendem não só o fim desses desperdícios, mas todos aqueles que não beneficiam diretamente os brasilienses.
História de Brasília
A situação do pátio de manobras do aeroporto de Brasília está a merecer a atenção do ministério da Aeronáutica. Foi muito, o dinheiro gasto, para não dar resultado nenhum. (Publicado em 21/9/1961)