Eleições e merecimento

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Cazo

 

Seria o Brasil a prova viva a confirmar a teoria, segundo a qual, cada povo tem o governo que merece? Para uma parte da sociedade brasileira, principalmente aquela que prima pelos valores da ética na gestão da coisa pública, tal afirmação não passa de uma estultice sem fundamento teórico ou científico. Mas, para uma parcela significativa de cidadãos que vive em constante conflito com um Estado perdulário e patrimonialista e, por isso mesmo, necessita estar onipresente quando se trata de tributar os contribuintes, essa é a mais pura verdade a resumir o modelo de país desigual que construímos para nossa própria infelicidade.

Pelo sim, pelo não, o fato é que, desde que essa expressão foi cunhada pelo filósofo francês Joseph-Marie Maistre, em 1811, para justificar sua tese de que a escolha de maus representantes se devia, basicamente, à ignorância popular, já que o povo não sabia usar do poder do voto para ser corretamente governado, existem ainda muitos defensores dessa teoria, principalmente no Brasil, onde ocorre, neste domingo, o que pode ser considerado o maior pleito eleitoral do planeta.

Não é pouca coisa, mas, pelo o que se tem visto e ouvido dos candidatos que estão nessa disputa pelos cargos de vereadores e prefeitos em 5.570 municípios, reunindo mais de 147 milhões de eleitores, a tendência é de que a qualidade desses postulantes não chegue a diferir muito dos antecessores. Pelo contrário, o que se acredita é que essa geração de políticos que está por vir seja ainda mais sofrível do que a anterior. Para se ter uma ideia do que nos espera, 66% dos candidatos que buscam se reeleger já estiveram filiados a uma série de outros partidos anteriormente.

Tal dança das cadeiras demonstra não só a fragilidade ideológica desses políticos, embora confirme a suspeita de que muitas legendas partidárias continuam a existir apenas como instituições privadas de aluguel, abastecidas com bilhões de reais dos fundos partidários e eleitorais. De fato, a miríade de partidos, já há bastante tempo, tornou-se um negócio muito mais lucrativo do que os cargos disputados, sejam eles quais forem.

O problema é que boa parte da população não desconhece esses fatos e ainda assim, misteriosamente, acorre em massa às zonas eleitorais a cada novo pleito. A questão aqui é que os rigores propostos pela população, ao reunir milhões de assinaturas para a proposição da Lei da Ficha Limpa, não resultou num ordenamento capaz de retirar de cena postulantes claramente enredados em ilícitos de toda a ordem.

Para o cidadão e eleitor, interessa uma reforma que acabe com os custos exorbitantes da atuação política em todos os níveis, eliminando, de saída, as mordomias descabidas. Interessa à sociedade que seja posto um ponto final na figura do suplente, na imunidade parlamentar, na formação de partidos de aluguel e outras excrecências que só oneram o contribuinte. O cidadão já deu algumas pistas do que deseja para o Estado, quando, por ele mesmo, foi confeccionada a Lei da Ficha Limpa.

Parece que as autoridades se deram conta de que o modelo de financiamento de campanhas coloca em risco a própria democracia. Basta atestar o ocorrido em governos passados, quando apenas um pequeno grupo de empreiteiras ficara com mais de 70% dos recursos emprestados, a juros camaradas, pelo BNDES, e que 75% dos recursos que bancaram as eleições de deputados estaduais, federais, governadores e senadores vieram dessas mesmas empresas. A coisa é extremamente grave!

Com o financiamento de campanha ocorre o mesmo efeito. Todas as propostas vindas à tona acenam para a resolução de efeitos imediatos, desprezando o cerne do problema. Também a realização do Congresso Internacional sobre Financiamento Eleitoral e Democracia, realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, vem sendo feito a reboque dos acontecimentos.

Questões como voto de cabresto, curral eleitoral, caixa dois e outras manobras flagrantemente desleais e fora da lei, nascidas lá século XIX, continuam a existir sob novas roupagens e a desafiar a justiça. Pior é que muitos desses crimes acabam sendo remetidos à Justiça Eleitoral, inabilitada para examinar esses casos, o que acarreta, na maioria das vezes, que esses crimes caiam na vala comum da impunidade generalizada. Isso, por sua vez, alimenta novos ilícitos, num ciclo sem fim.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os lugares mais quentes do inferno são reservados aos omissos.”

Dante Alighieri, escritor e político florentino

Dante Alighieri. Imagem: reprodução da internet

 

Leitor

Com as chuvas, a administração do Lago Norte precisa ter mais atenção no combate à dengue. Vizinhos da última casa do conj. 8 da QL2 estão preocupados com os restos de obra descartados em área verde, juntando escorpiões, baratas, ratos e muitos mosquitos.

Casa na QL 2, conjunto 8, Lago Norte. Print: Google Maps

 

Artigo

“E o Brasil?” É preciso encontrar logo alguém que pense, acredite no planejamento e tenha competência para executar, de maneira autônoma, com seriedade, um modelo de desenvolvimento econômico e social, antes que novos aventureiros assumam o poder. Getúlio introduziu o planejamento, JK e os militares o seguiram. Para ter êxito, não dá para ficar bem com as partes predadoras: os vampiros encastelados na sociedade. Os eleitores precisam entender que estamos no final de mais uma década perdida.” Leia, na íntegra, o artigo do professor Aylê-Salassié a seguir.

Foto: camara.leg

–> We can?! Recuperar o tempo perdido: como , com quê e com quem?

Aylê-Salassié F. Quintão*

A eleição de Joe Biden, democrata, à presidência dos Estados Unidos, indica um reposicionamento na política externa de metade dos países do mundo, onde os chefes de Estado foram contaminados pelo nacionalismo extremo, o liberalismo exacerbado  e as sandices do republicano, que permanece no Poder até 20 de janeiro. O próprio governo norte-americano deverá retornar aos tempos de Obama. Começar tudo novamente. O Brasil não estará imune às consequências, por causa da conivência de Bolsonaro com Trump.

O caminho de Obama todos conhecem – respeito aos direitos humanos, universalização dos planos de saúde, combate ao terrorismo, crescimento da economia e multilateralismo.

 O que chama mesmo a atenção é  o fato de que, enquanto todos distraíam-se com o protagonismo das eleições americanas, a República Popular da China, aprovou o 14º Plano Quinquenal (FYP) 2021-2025, na quinta sessão plenária do 19º Comitê Central do Partido Comunista, encerrada na quinta-feira (05-10). Estabeleceram-se novas metas para o desenvolvimento social e econômico, com vistas a tornar a China o principal contraparte à hegemonia dos EUA no planeta, inclusive militar e tecnológico. A China caminha para uma nova era em sua história, frisou o presidente chinês Xi Jinping,

Competição Geopolítica: A China joga no ataque e os EUA na defesa
O 14º FYP dá continuidade ao 13º Plano Quinquenal , comprometendo-se a ajudar o progresso comum no mundo. Para isso, os chineses já estenderam acordos comerciais entre 120 países e 30 organizações regionais e disponibilizou financiamentos a  grandes projetos de infraestrutura em 138 países. Sua representação na economia mundial elevou-se de 15,5% para 16,3% nos últimos cinco anos. A renda per capita interna aumentou 39,9%. A erradicação da pobreza absoluta interna beneficiou 10 milhões de famílias em um ano. Investiu-se pesado na educação, na saúde e na autossuficiência em ciência e tecnologia: o digital 5G (rapidez nas informações) espalhou-se e já se trabalha com a ideia do 6G. Esses dados são da embaixada brasileira em Pequim. O consumo interno  já responde por 60% do crescimento econômico. Ninguém aumenta preço na China à sua revelia.
Hoje, não existe País que tenha políticas macroeconômicas tão bem definidas quanto a China, nem mesmo a Rússia, que inspirou o 1º Plano Quinquenal. Os russos enviaram técnicos a Pequim de Mao Tse-tung  para ajudar a introduzir o planejamento na economia, assim como os americanos fizeram com o Brasil nos anos 50.  Mao captou a mensagem de Stálin, e fechou o País para balanço por quase 40 anos. Ignorou até o lugar que cabia a China no Conselho da ONU. 

Após a fundação da República Popular da China, em 1949, a economia do país passou por um árduo período de recuperação. Em 1953, o governo central lançou seu primeiro FYP (1953-1957), que visava mudar o país de agrícola para industrial avançado, com foco na indústria pesada. E mudou! Com a economia planejada e sem a interferência dos políticos predadores, a Rússia recuperou-se e a China deu um salto no desenvolvimento.

Tinha à frente de sua economia pessoas totalmente concentradas nos planos de desenvolvimento. Nenhum prêmio Nobel .  Cumpriria a etapa primeira do desenvolvimento, criando uma indústria nacional forte. Os próximos cinco FYPs destacariam o desenvolvimento agrícola e industrial para amenizar as carências internas de alimentos . Os planos deram continuidade ao desenvolvimento industrial pesado, que avançou em direção à tecnologia, e colocou os chineses na lua. 

No último FYP os chineses tiveram um crescimento médio do PIB em torno de 10º, registrando índices anuais próximos de 14 por cento. Nele já se projetava  a China como a primeira economia do mundo. Caminha para acontecer. Já desbancou os Estados Unidos como o primeiro parceiro comercial de muitos países, inclusive do Brasil. 

A moeda chinesa , o yuan, ultrapassou o Euro em 2014, convertendo-se na segunda moeda mais utilizada no financiamento do comércio mundial, depois do dólar. Projeções na economia indicam que, nos próximos anos,   a China será o maior investidor internacional do mundo. O renmimbi  – o nome da moeda corrente – poderá tornar-se um dos eixos determinantes. Os seus ativos globais triplicaram, passando de quase seis e meio trilhões de dólares a vinte trilhões de dólares, o que fortalece a sua posição econômica global.

A projeção do 14º Plano é um crescimento médio de 5% ao ano, até 2035. Significa que os chineses estão prevendo anos muito promissores e, para não serem surpreendidos pelo esgotamento de alguns setores produtivos, uma pandemia e até com uma guerra, mostram uma certa modéstia ao fixar a taxa de crescimento econômico. Os indicadores da economia chinesa nesse período vai se aproximar de 50 %. Para quem trabalha com trilhões, é algo de se assustar.

Os EUA de Biden e seus aliados terão de conviver e competir nesse cenário. E o Brasil ? É preciso encontrar logo alguém que pense, acredite no planejamento e tenha competência para executar de aneira autônoma, com seriedade, um modelo de desenvolvimento econômico e social, antes que novos aventureiros assumam o Poder. Getúlio introduziu o planejamento, JK e os militares o seguiram. Para ter êxito, não dá para ficar bem com as partes  predadoras. Os vampiros encastelados na sociedade.  Os eleitores precisam entender que estamos no final de mais uma década perdida.

·         Jornalista e professor

Cordialmente Aylê-Salassié http://spaces.msn.com/ayleq

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dizem os que fazem estudos “dos mais”, que o acontecimento “mais Brasília” até agora, foi a inauguração da loja da Vasp, e procuram reunir Pepone e D. Camilo quando relembram o Batista e o Padre Roque. (Publicado em 16/12/1961)

Aos eleitores, as batatas

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Charge do Cazo

 

Dizem, aqueles que sabem dar valor às suas conquistas, que o que faz prosperar um projeto, seja de que tipo for, é a atenção que dedicamos a ele. Esse conselho deveria valer, sobretudo, para os candidatos a cargos políticos, principalmente aos que buscam ocupar funções de gestores públicos no Poder Executivo.

Diferentemente de outros Poderes, o Executivo deveria ser o destino natural, apenas, para aqueles pretendentes que sentem o tino e a gana pelas funções administrativas e pelo fazer em nome e para o bem da coletividade. Nesse sentido, não admira que pouquíssimos são dos verdadeiros gestores públicos que se sobressaem nessa função, que exige quase que uma devoção total e verdadeiramente compromissada.

Não existe função mais trabalhosa do que cuidar do bem público, pois, nesses casos, milhões de olhos e ouvidos são postos sobre quem se propõe a essa tarefa ingrata. Sendo assim, não admira que poucos são os gestores públicos, sejam eles prefeitos, governadores ou mesmo presidente da República, que ao término de seus mandatos, ainda encontram, por parte dos eleitores, qualquer naco de simpatia ou apoio.

Administrar dá trabalho e, muitas vezes, é uma tarefa inglória. Sendo assim, a questão que surge é: por que muitos ainda se lançam nessa cruzada, mesmo sem qualquer traço de propensão? A resposta para essa pergunta singela pode estar no número assustador de ex-gestores que, hoje, encontram-se na alça de mira da Justiça, acusados de crimes de corrupção e outros delitos correlatos.

Ocupar funções e cargos no Executivo, apenas com o intuito de enriquecimento próprio, tem sido quase que uma regra geral por todo o país. Incrivelmente, alguns gestores não se avexam, sequer, em desviar recursos da Saúde e da Educação para o próprio bolso, numa espécie de tara e de desvio de caráter que se encontra explicação para esse comportamento pela incúria e fraqueza de nossa Justiça, incapaz de alcançar os poderosos delinquentes. Os casos recentes desse comportamento desleal são inúmeros por todo o Brasil, sendo que os principais acusados encontram-se soltos, graças às peripécias dos advogados e das relações, pouco republicanas, que entrelaçam juízes e políticos. Por enquanto, a nação vai assistindo ao aparecimento, aqui e ali, de governadores e prefeitos, envolvidos no que já se convencionou como o Covidão, ou seja, o desvio de recursos públicos destinados ao combate à pandemia do Covid-19. A cada dia, surgem novos e intricados casos, sendo que, no mesmo ritmo em que vão surgindo, com prisões e apreensões de bens, os tribunais e os desembargadores vão soltando ou relaxando as penas. Repetem-se os casos, todos eles movidos pela certeza da impunidade e da prescrição dos crimes.

Com a aproximação das eleições municipais, na qual milhares de prefeitos estão concorrendo, a única certeza que o eleitor médio tem de todo esse processo é que esse tipo de pleito, que não pune quem busca se reeleger e que já é alvo da justiça, e que não pune quem se candidata e já é alvo também da justiça, só serve para perpetuar e oficializar os casos de peculato e outros crimes contra a Administração Pública.

Em outras palavras, as eleições, dada a pouca atenção da Justiça, servem, apenas, para confirmar quem vai continuar praticando crimes ou quem irá substituí-los para um nova rodada de crimes. Aos eleitores, as batatas!

 

 

Frase que foi pronunciada:

“Em algum lugar dentro de todos nós, está o poder de mudar o mundo”

Roald Dahl, escritor britânico

Foto: Ronald Dumont/Daily Express/Getty Images

 

Moderno

Quem trabalha com reciclagem tem futuro e reconhecimento do Congresso. Essa é uma atividade que promete. Basta ver como funciona em países abastados. Há boa vontade em estabelecer incentivos à indústria da reciclagem e criação de fundos para apoiar ações e projetos voltados para a reutilização de material descartado. Há discussões aguardando ao chamado da Comissão de Meio Ambiente, com relatoria do Senador Luis Carlos Heinze.

Senador Luis Carlos Heinze

 

Necessidade

Pagar o Uber em dinheiro por vezes se faz necessário. A Câmara Legislativa quer que o transporte por aplicativo possa também trabalhar nessa condição. O projeto é da deputada Júlia Lucy. O texto vai ser votado pela segunda vez e depois encaminhado à sanção do governador.

 

Não custa nada

Uma das maiores responsabilidades sociais que temos como habitantes de uma cidade é separar o lixo. Plástico, isopor, papel, vidro, metal. Pessoas sobrevivem disso e mantém a cidade menos poluída fazendo esse trabalho. Da sua casa até a responsabilidade da coleta é o caminho necessário para dar dignidade a milhares de famílias do DF.

Arte: sema.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Merecia policiamento, a Estrada Parque D. Bosco, para que isto não se repita. É lamentável, é triste, é humilhante a gente conviver com gente violenta. Na W-3 os estragos têm sido poucos, parecendo que o apadrinhamento das árvores tem surtido bom resultado. Mesmo assim, é melhor expor as árvores que colocá-las nos gradis que outras cidades usam. (Publicado em 18/01/1962)

Calar e ser cúmplice

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Ilustração: Carlos Muller

 

PEC aprovada pelo Congresso prevê primeiro turno das eleições em 15 de novembro, e o segundo em 29 de novembro, neste ano de 2020. O avivamento das discussões sobre os escândalos da Lava Jato e suas consequências para a vida política do país estão, até o presente momento, completamente apagadas. Não se vê ou ouve, por parte dos postulantes, qualquer menção a esses crimes, seus personagens e, principalmente, as nefastas consequências decorrentes dessa sucessão de delitos que arrastou o Brasil para a mais profunda crise econômica e política de toda a sua história.

O mutismo em relação a esse mega fato se explica, em parte, porque ficou constatado que, além do Partido dos Trabalhadores, que organizou com método todo esse esquema, praticamente todos os partidos estiveram, direta ou indiretamente, envolvidos nessa maracutaia. Custa a crer que os candidatos não façam qualquer referência, até mesmo para mostrar que esses fatos não irão mais se repetir.

O silêncio sepulcral sobre os mais graves crimes de corrupção precisa vir à tona e ser debatido à exaustão, até que não sobre mais a mínima chance de que venha a ocorrer novamente. A razão ensina que não se pode falar em projetos futuros, quando um assunto dessa gravidade, enredando os principais personagens e dirigentes do Estado, jogando o nome e o prestígio do país na lama e gerando mais miséria e insegurança, não for devidamente discutido e encerrado.

Não chega a ser surpresa para ninguém que esse silêncio obsequioso faz parte de uma manobra que visa, sobretudo, reeleger os principais personagens desses crimes, na busca desesperada por prerrogativa de foro. Outros acreditam, e com boas razões, que haverá um grande acordo que será denominado de pacificação nacional, em que todos esses crimes serão esquecidos em nome de uma pressuposta união do país.

O que esse silêncio ou branco na memória em torno desses crimes revela, aos ouvidos daqueles que sabem escutar, é que o que está em marcha não são apenas as eleições de outubro sem voto impresso, auditável, mas um amplo movimento que visa construir uma falsa nova república, erguida sobre os mesmos pilares corroídos pela ética.

O que se está a fazer nessas eleições é a reforma de fachada de um velho prédio condenado a ruir. O estrondo provocado pelo colapso desse enorme edifício que ameaça, em breve, vir a baixo será a resposta natural a esse silêncio dos cúmplices.

 

A frase que foi pronunciada:

“Há silêncios que são mentiras.”

De Vogue

 

Quem pode? Quem não pode?

Está bem estranha a divulgação, de forma negativa, de autoridades recebendo amigos em jantares ou churrascos, sendo que e a mesma origem divulga fotos de verdadeira multidão nas praias pelo país. Aqui em Brasília mesmo, o piscinão é um exemplo de que todos estão cansados do assunto Coronavírus. Cervejinha gelada, sem máscara, churrasco e muita alegria.

Foto: DF Legal/Divulgação
Participe
Estou velho demais para isso. Se essa frase foi pronunciada por você, não perca a live de hoje às 19h. O psicólogo clinico Gregório de Sordi vai conversar com a psicóloga do trabalho Juliana Seidl, consultora da Aposentadoria Plena e parceira da Maturi, sobre preconceito etário: o que é, como se manifesta, como combatê-lo. Os links do Gregório, inclusive do canal, estão aqui: Gregorio De Sordi

Início: 19h

Efeitos

Literalmente surdos. O barulho no Plenário é tanto que funcionários antigos, principalmente da Câmara dos Deputados, começam a sentir os efeitos do trabalho naquele local. Seria interessante uma pesquisa mais profunda sobre esse assunto.

 

Pedido

Basta uma volta pelas superquadras da cidade para ver o perigo constante que são os bujões de gás do comércio em áreas públicas. A comercial da 213 Norte, bloco D.

Reprodução: Google Maps

 

Carinho

Foi Erica Coelho quem esteve presente no evento dedicado ao pai, o plantador de árvores em Brasília, Ozanan Coelho. Inaugurada, no CA1, a praça Francisco Ozanan, com o busto do homenageado.

 

Engordou?

Um estudo feito pelo farmacologista clínico e fármaco-nutricionista Dr. Paul Clayton, da Universidade de Middlesex, discorre sobre a relação do estado de espírito e a comida. Ele diz que optar por alimentos ricos em carboidratos deixam o indivíduo mais feliz e a opção por alimentos ricos em proteínas trazem mais foco e atenção.

 

Social

Toma posse da diretoria da Ação Social Caminheiros Antônio de Pádua, Salvelina Pereira Roldão Cabral. O projeto M + H, que trata de jovens vulneráveis, é o maior desafio,

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem fez a gente respirar no aeroporto não foi o sr. Bressan, coisa nenhuma. Foi o novo prefeito, foi sua esposa, que passaram a olhar para um logradouro que estava abandonado, empoeirado, com postes se acender (ainda está) e com poltronas acochadas.

Acorda, gigante brasileiro!

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Foto: blogdoeliomar.com.br

 

Com a aproximação das eleições municipais, marcadas para 15 de novembro, em primeiro turno, e 29 do mesmo mês, em segundo turno, mais uma vez, voltam à cena a questão e a dúvida sobre o voto impresso feito de forma complementar ao voto eletrônico, conforme entendimento divulgado ainda em 2015, durante a minirreforma eleitoral.

Naquela ocasião, ficou decidido que o voto eletrônico fosse feito concomitantemente com o voto impresso, depositado de forma automática e sem contato manual do eleitor em local previamente lacrado. As dúvidas que pairam sobre a possibilidade de fraudes no sistema puramente eletrônico ainda são muito fortes em todo o país, principalmente por parte de profissionais das áreas de tecnologia, que entendem e enxergam inúmeras fragilidades desse tipo de urna.

Se, para muitos entendidos nessa matéria, ainda pairam diversas suspeitas sobre a inviolabilidade desse sistema, para a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aquele mesmo que tem a prerrogativa de errar por último, já foi batido o martelo sobre a questão. Por maioria, os ministros dessa Corte decidiram, nessa última segunda-feira, dia 14, que a impressão dos votos pelas urnas eletrônicas é inconstitucional, mesmo que o voto eletrônico não possa ser auditado. Cogita-se que, na opinião da Corte Suprema, transparência nada tem a ver com democracia. Obviamente, a decisão, que chega com um atraso de cinco anos, decepcionou muita gente que acreditava que, mesmo parcialmente, o voto impresso seria adotado, já nessas próximas eleições municipais.

Com isso, mais uma bandeira política, erguida pelo atual presidente da República, em 2018, é derrubada, sem que ele mesmo esboce qualquer contrariedade sobre o assunto. Para o eleitor comum e contrariado, de nada adianta ir em busca de explicações razoáveis para essa decisão, feita na undécima hora, quando se sabe que essa corte trafega entre o sim e o não, pelas vias labirínticas do Direito, encontrando amparo legal, até mesmo, em assuntos que desafiam a onisciência de Deus.

O cidadão comum que quiser obter algum ganho, em qualquer ação judicial de reparação econômica, e que não apresentar recibos impressos comprobatórios que assegurem sua defesa, de forma material, pode estar certo que perderá a disputa por ausência de provas. Se até mesmo em procedimentos simples, como conta de luz, água e outras, exige-se a apresentação de provas impressas, que dirá nas eleições, onde a vida e o futuro de milhões estão em permanente jogo?

Sabendo, como todos nós sabemos, da índole duvidosa que move boa parte de nossa classe política, a segurança do voto impresso, mesmo que não seja absoluta, é mais uma proteção contra a ação de maus candidatos e contra as infinitas possibilidades da mente humana de burlar o que é certo.

O que os ministros do STF entenderam como “Inadmissível retrocesso nos avanços que o Brasil tem realizado para garantir eleições realmente livres”, trazidos pelo voto impresso, outros países, até mesmo muito mais populosos como o nosso, tais como os Estados Unidos, Índia e outros, já perceberam que o pleito eleitoral com base apenas em dispositivos e ferramentas tecnológicas ainda apresenta falhas e brechas que precisam ser sanadas.

O mesmo acontece com os argumentos de que o voto impresso acrescentaria um alto custo às eleições. Parece pueril diante de tantos outros gastos decididos pelo Estado e que a Nação entende como verdadeiros desperdícios de recursos.

Contra o entendimento da Corte, que considera que os “potenciais benefícios” trazidos pelo voto impresso seriam “ínfimos”, comparados aos prejuízos econômicos provocados, o senso comum do cidadão poderia argumentar, invertendo o raciocínio, que os benefícios do voto impresso seriam potenciais à democracia, o que tornaria seus custos uma questão “ínfima”.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso?

Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.”

Mario Sérgio Cortella, filósofo, palestrante, educador brasileiro

Mario Sergio Cortella. Foto: página oficial no Facebook

 

UnB

Já escolhida a líder da lista tríplice que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro para ocupar a reitoria da Universidade de Brasília. Márcia Abrahão Moura é a vencedora pela opinião da comunidade acadêmica. Mas freio nos ânimos. No Rio Grande do Sul, Carlos André Bulhões Mendes foi nomeado o novo reitor da UFRGS e era o último da lista.

Foto: correiobraziliense.com

 

Admiração

José Afonso Braga lançou um livro contando sua caminhada na vida depois de diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica. Para companhia nessa jornada, Braga conta com o apoio da família,  de muitos amigos e, principalmente, com o otimismo que o ajuda nos próximos passos. O sucesso do livro foi tão grande que a versão impressa acabou em 24h.

Capa do livro. Foto: joseafonsobraga.com

 

Dúvida

Quem vem antes? As Fakenews ou os Institutos de Pesquisa? A estudar as eleições passadas, com divulgações de preferência do eleitorado totalmente fora do esquadro, há que se esclarecer.

Charge do Sinfrônio

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os outros, comodamente, cruzaram os braços e anunciaram que a responsabilidade, é da Novacap ou da Prefeitura. Agora, com o ajardinamento da W-3, não é possível que o fato não venha tomar de brios os responsáveis. (Publicado em 17/01/1962)