O lado bom da coisa ruim

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Trânsito sem educação mata

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Foto: Tony Winston/Agência Brasília – 9.5.2017

 

Educação no trânsito deveria ser uma exigência e uma necessidade para todos os habitantes de uma cidade, sejam eles motoristas, pedestres, ciclistas ou motociclistas. Todos, igualmente, devem obedecer e cumprir as regras impostas pela legislação de trânsito. Essa é, talvez, a única alternativa que temos para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas, ainda mais numa cidade com uma frota impressionante de quase 60 veículos para cada conjunto de 100 habitantes.

São quase dois milhões de veículos circulando todos os dias por nossas ruas, em meio a uma imensidão de motociclistas, a maioria envolvida com serviços de entrega de produtos e serviços. Somem-se ainda, a essa babilônia de veículos de quatro e duas rodas, um contingente fabuloso de ciclistas, que cortam a cidade, de ponta a ponta, aumentando significativamente nos fins de semana. Para esses condutores sobre duas rodas, as leis de trânsito não causam embaraço, sendo comum verificar que o uso de capacete e de outros itens de segurança praticamente só são vistos com ciclistas que usam a bicicleta como hobby de fim de semana.

É justamente esse crescente número de ciclistas, que circulam livres das exigências das leis de trânsito, que mais tem preocupado as autoridades pelo elevado número de acidentes de atropelamentos ocorridos todos os dias em todo o Distrito Federal. São, no mínimo, dois acidentes fatais a cada mês, o que torna nosso trânsito particularmente hostil a essas modalidades de transporte.

Entre o ano 2000 e 2018, 764 ciclistas perderam a vida nas ruas da capital. Isso sem falar da quantidade de outros usuários de bicicleta que ficam com sequelas para o resto da vida. Para os motociclistas, principalmente para aqueles que usam a moto como ocupação profissional, os números de acidentes também são impressionantes. Três em cada dez acidentes no trânsito tem motociclistas como vítimas. Uma média de quase 100 motociclistas perdem a vida todos os anos nas várias vias que cortam o Distrito Federal. Para aqueles que escapam com vida dessa fatalidade, uma boa parcela também fica impossibilitado de voltar a ter uma vida normal e trabalhar.

Para complicar uma situação que em si já é caótica, registram-se também, a cada instante, motoristas dirigindo sob o efeito de álcool ou drogas, utilizando celulares ou trafegando em alta velocidade. Numa situação como essa, em que sobram condutores e faltam medidas educativas, acidentes com mortes e sequelas enlutam famílias e causam prejuízos bilionários para a economia do Estado.

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que os acidentes de trânsito em todas as estradas do país custaram mais de R$ 40 bilhões à economia nacional, apenas no ano de 2015. 65% desses sinistros foram gastos com cuidados pós acidentes. Em 2017 foram registrados 180 mil acidentes, com custos da ordem de R$ 260 milhões aos cofres públicos. Bem menos do que seria gasto com campanhas educacionais, antes que o trânsito de Brasília seja contaminado pelos milhares de motoristas que chegaram aqui nos últimos dez anos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se os seus filmes não tivessem tanta violência, eles seriam vistos por bilhões de budistas”

Dalai Lama

Foto: Matt Campbell / AFP

 

 

Políticas públicas

Veja a seguir a gravação da Reunião preparatória da Associação Being Tao (ABT). Muitas mudanças por uma saúde menos inspirada nos lucros e mais respeitada pelos profissionais, além de políticas públicas em processo de implementação. Acompanhe a documentação da 16ª Conferência Nacional de Saúde ocorrida paralelamente.

Link de acesso à documentação: 16ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

 

 

Sem atendimento

Esther é o nome da mãe desesperada que estava tentando internar seu bebê de 4 meses na UTI do Hospital do Paranoá. Em estado gravíssimo, a criança até ontem ainda não tinha sido internada. Abaixo há a cópia do documento expedido pela defensoria pública com a decisão da juíza obrigando o Estado a conseguir o leito de UTI.

 

 

Equidade

Sempre no último mês de declaração de imposto de renda, situações, como a descrita acima, nos fazem pensar. Se como contribuintes temos tantos deveres que são firmemente punidos caso não se cumpram, o Estado sempre sai ileso por não cumprir suas obrigações. O princípio do mínimo necessário serve também para os cidadãos?

 

 

Ambiente inteiro

Em junho a Câmara Legislativa do DF vai promover o I Seminário do Meio Ambiente. Temas como modais não poluentes, feira de produtos orgânicos, ideias sustentáveis como o IPTU verde, agroecologia, reciclagem e reaproveitamento da água. São de frentes parlamentares para a defesa dos assuntos relacionados ao meio ambiente e soluções sustentáveis. Uma primeira reunião vai acontecer na Comissão do Meio Ambiente. A participação da comunidade é bem-vinda. A seguir, um contato para mais detalhes sobre o assunto: (61) 981963767 – Ludmila.

 

 

Difusão

Quem tiver seu veículo roubado/furtado pode inserir a informação direto no site da PRF: www.prf.gov.br/sinal. Todos os PRF`s, num raio de 100 km, receberão a mensagem em seu celular funcional. Inovação.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Sabe-se que os funcionários da Caixa Econômica estão fazendo um abaixo assinado para a volta, àquela repartição, do sr. Felinto Epitácio Maia. Errado. O lugar do sr. Felinto é em Brasília, e a sua saída representará um prejuízo muito grande para a cidade. (Publicado em 19.10.1961)