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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Arcabouço, que os dicionários definem como estrutura óssea para dar sustentação aos animais vertebrados, seria, na nova versão apresentada agora pelo relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), o esqueleto econômico da tão esperada atual política econômica no Brasil. Seria porque é certo que ele será modificado no Congresso. Prestes a completar seis meses de governo e em meio às turbulências políticas e institucionais que o país atravessa, por conta, justamente, da falta de projetos e de previsões mínimas de gestão, o que se tem, de fato, nesse momento, são ainda promessas de cumprimento de metas, colocadas num papel para dar algum sentido à atual gestão.
Para aqueles que observam de longe toda essa cena, a apresentação do esqueleto econômico do governo se dá nesse momento, porque se deveria, até por experiência própria, ter apresentado um plano coerente para o país, mas o partido não cuidou desse “detalhe”, confiando apenas no tino político do chefe do Executivo, de que tudo seria ajeitado no devido momento.
Uma vez mais, reinstalados no Palácio do Planalto, descobriram que a realidade era bem mais complexa e mais difícil do que supunham e que a solução para esses problemas distava milhares de quilômetros de qualquer avaliação precipitada. Para o chefe do Executivo, esse era um desafio que deveria ser cumprido por seus auxiliares, ocupado que estava e está com sua agenda internacional, que a oposição já identificou como um prolongamento de sua lua de mel, bancada pelos cofres públicos.
O que parece que realmente interessa é que esse esqueleto erguido agora permita que sejam tirados nacos de carne do corpo da União, sem que isso provoque a morte do escalpelado. Preocupa, sobretudo ao presidente, que essas novas regras tragam, em suas linhas gerais, normas que impeçam que ele seja punido com um impeachment, como aconteceu com a ex-presidente Dilma, em caso de novas pedaladas fiscais.
A responsabilidade fiscal, regra básica para a administração dos recursos públicos e que anteriormente punia com exatidão os maus gestores, foi, e não poderia ser diferente, deixada de lado. Em caso de a gastança, ir além das metas previstas, os punidos, dessa vez, não serão os políticos perdulários, mas os servidores públicos e os aposentados que poderão ficar sem a correção de seus rendimentos frente à inflação. Mesmo que afirme que o Bolsa Família e o salário mínimo ficarão protegidos, não há segurança efetiva de que essa intenção será mantida até ao final do governo.
Até mesmo o pedido de votação de urgência, feito por lideranças governistas, indica a possibilidade de que o PLP 93/2023 passará pelo Congresso como um trem bala carregado de intenções de gastos e indiferente à sustentabilidade fiscal e à desaceleração econômica do país prevista para o próximo ano. Os economistas mais realistas estão prevendo é que a proposta terá, como resultado final, uma soma igual a zero, com efeitos praticamente nulos nas contas do país. Para um governo que começou mal, sem planos ou projetos de gestão, a implosão do teto de gastos, em mais de R$ 200 bilhões, apenas para fazer cumprir promessas de campanha, o arcabouço atende tão somente à pressão imediata da realidade, contornando o problema dos gastos, mas não resolvendo a questão econômica do Estado.
Nesse ponto, a questão toda se resume à volta da responsabilidade nos gastos públicos, para evitar que o mal, que assola hoje países como a Argentina, não se repita também no Brasil. Houvesse apenas a intenção de cumprir regras já estabelecidas e que deram certo no passado, toda essa pantomina aflitiva perderia razão de ser.
A frase que foi pronunciada:
“O teto de gastos sociais está sendo mantido no ‘arcabouço fiscal ’para privilegiar o pagamento de uma chamada dívida pública nunca auditada.”
Maria Lucia Fattorelli
Ritmo
Interminável, a obra da W3 tem causado transtorno todos os dias em horário de pico. Não se veem os homens trabalhando sábado, domingo ou feriados para adiantar o final dessa obra.
Frei João Benedito
Extremamente ativo, o reitor e responsável pela Basílica Santuário São Francisco de Assis deixou o coração dos fiéis entre o susto e a devoção. Foi uma separação repentina, o que traz mais dor. Mas basta pensar na agitação do frei João Benedito, seus planos e concretizações, sermões e aulas, que os que têm fé logo ficam aliviados da tristeza, por saber que uma pessoa tão querida certamente está em um lugar especial.
Pesquisas científicas
Há vários trabalhos arquivados bastante interessantes, na Universidade de Pernambuco, sobre vacinação e anencefalias. Foi mais ou menos em 2011 que o STF autorizou o aborto nesses casos.
História de Brasília
Candango de um bom gôsto foi aquele que armou um barraco em frente à superquadra Rio de Janeiro, da Graça Couto. É o único barraco localizado no Eixo Rodoviário, e o bom gôsto fêz com que os fundos ficassem para as superquadras, e a frente para a pista de alta velocidade… (Publicada em 20.03.1962)
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Ninguém, em sã consciência, nem mesmo os mais otimistas dos economistas do país, aposta um níquel furado nessa tal de âncora fiscal, desenhada às pressas, em garatujas ilegíveis, dentro dos muros do Palácio do Planalto. O princípio do teto de gastos, que poderia resolver um dos maiores, mais intricados e antigos problemas na área econômica do país, que é a excessiva diferença entre o que o governo arrecada e o que utiliza nas despesas para levar a cabo seus projetos e programas, mais uma vez, parece ir pelo ralo.
A questão nesse caso atual é simples e não exige muito esforço de reflexão. A população pode acompanhar que não houve menção, nem o esboço de um único traço sequer de algo semelhante a um programa ou plano para os próximos quatro anos de gestão. Veio numa situação tão surreal que nem o próprio candidato tinha certeza da vitória. Apanhado de surpresa, também não se deu ao trabalho de elaborar um programa de governo, na certeza de que poderia desengavetar planos passados, na sua grande maioria, projetos populistas e sem lastro na realidade, todos eles feitos e executados com vista apenas às próximas eleições e na perpetuação no poder.
O preço do improviso, é claro, veio na forma de mais gastos e consequente aumento de impostos, camuflados ou não, onerando quem produz e desonerando quem se mantém na sombra do governo, em apoio a suas teses. O que esperar de um presidente que, em viagem à China, levará, a tiracolo, um time de empresários que figuraram como réus nos escândalos da Operação Lava Jato? Não foi esse mesmo presidente que, ao reconhecer, erroneamente e sem reflexão, a China como economia de mercado, escancarando as portas do Brasil aos produtos desse país, acelerou o processo de sucateamento de nossas indústrias em vários setores?
Diz o ditado que de onde nada se espera é que não pode vir nada mesmo. Não por outra razão, ao adentrar em seu terceiro mandato, o governo cuidou logo, mesmo antes de sentar na cadeira do Executivo, de arrombar o teto de gastos em mais de R$ 200 bilhões, num sinal premonitório e ruim do que virá pela frente. O passivo nas contas públicas já reforça a ideia de que o que começa de forma errada sempre acaba de forma errada.
Não haverá a tão esperada rigidez nos gastos do governo, pois o montante de recursos que ele demonstra estar propenso a dispender é maior do que quaisquer regras venham a limitar. O populismo é um bolso furado que entende não valer a pena pagar as dívidas e sim gastar o que vê pela frente.
Culpar governos passados, de forma duvidosa, acusando-os de terem promovido um grande desequilíbrio fiscal, já não cola nos ouvidos de ninguém. Pelo contrário, uma vista rápida nos números da economia nos governos Temer e Bolsonaro mostra a preocupação que ambos tiveram em desmontar o déficit público herdado dos governos petistas. Quem ainda espera alguma fórmula milagrosa vinda dessa proposta de âncora fiscal deste governo verá que, de fato, a montanha pariu um rato.
Querer convencer a opinião pública de que populismo e economia podem andar juntos não esconde o fato de que esse processo só se torna viável por meio de pedaladas fiscais. Todos já conhecemos o conjunto de medidas econômicas que visam iludir o público, tal como fazem os mágicos, que tiram coelhos e pombos de cartolas.
A frase que foi pronunciada:
“(…) quando as leis deixaram de ser executadas, pois isso só pode vir da corrupção da república, o estado já está perdido.”
Montesquieu, O Espírito das Leis
Arte
Sucesso da exposição Ecletismo nas Artes Visuais, com a curadoria e produção cultural de Malu Perlingeiro e coprodução de Lia Paz. Veja, a seguir, as fotos que a homenageada Leda Watson nos mandou com a Gláucie Lima.
Gota d’água
Aos poucos, a figura das mães vai sendo perdida nos absurdos do futuro e agora. Homens que menstruam, amamentam e jogam em times femininos. Chegando o Dia das Mães, somos quase proibidas de pronunciar “leite materno”. Atualmente, o correto, para a minoria, é dizer “leite humano”.
Evasão Escolar*
Vejam no link BUSCA ATIVA ESCOLAR, a íntegra do guia “Papel das organizações da sociedade civil no enfrentamento da exclusão escolar”, desenvolvido pelo UNICEF, Undime e Itaú Social. É importante que as Comissões de Educação do Senado e da Câmara conheçam o teor de quem apoia a atuação das organizações sociais e do poder público para a superação dos índices de abandono e evasão escolar, aprofundados durante a pandemia da Covid-19.
História de Brasília
O único bloco da Esplanada dos Ministérios que tem dependência transformada em residência, é o Bloco 9. (Publicada em 17.03.1962)
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Muita coisa não tem sido dita ou confessada aos eleitores do presidente “eleito”. A regra parece seguir os ensinamentos de Maquiavel: “faça de uma vez só todo o mal, mas o bem faça aos poucos”. Com isso, a maior parte do que poderá ser uma das linhas de governo, a partir 2023, fica em suspense ou seguida de três pontos.
De fato, ao não apresentar um programa sério e consistente de governo, o não tão novo assim ocupante do Planalto irá compor de fato seu gabinete de ministros, à medida em que forem surgindo os problemas. Contudo, uma coisa é certa: não há diretriz alguma assentada ou traçada no papel. As linhas de governo virão em conta gotas, ditadas apenas por uma pessoa: o chefe. Os demais, nesse baile anacrônico da Ilha Fiscal, figuram nesse governo como figurantes.
Outro fato que parece já ser decisivo é que o governo que ensaia voltar em 2023, irá ao Executivo com a ajuda subserviente de todo o Poder Judiciário, na figura do Supremo Tribunal Federal. Na verdade, pelo o que se tem visto até o momento, caberá ao Supremo um papel de coadjuvante no governo de esquerda.
O Legislativo entrará nesse salão, à medida em que seus membros forem submetidos ao lento processo de “amolecimento do coração”. Na novilíngua que reinará no Palácio do Planalto, esse processo se deve ao “poder encantador de convencimento do presidente”. No fim o que se espera é que todo o Congresso acabe sendo encantado pela flauta do líder. Com a abdução do Judiciário e do Legislativo, o próximo passo será trazer as forças de segurança para a área de influência do governo. Concluída essa etapa, o que a população assistirá será o festival de loas e salamaleques vindos de toda a mídia cativa e subserviente.
Em linhas gerais, esse é todo o enredo a ser desenvolvido até 2026. De posse das rédeas do poder, doravante, falar em independência dos Poderes soará como heresia. Estarão todos em perfeita harmonia. Não é por outro motivo que, para dar início a essa gestão singular, o governo que chega já adentra o cenário nacional com a proposta de furar o teto de gastos, acabando com esse modelo antiquado e certinho de responsabilidade fiscal.
Para tanto, já vem trabalhando pela aprovação no Congresso da chamada PEC dos gastos. Caso essa medida não avance no Congresso, como espera o governo que virá, a solução será recorrer ao Supremo, onde a proposta será facilmente acolhida e até defendida, podendo os opositores a essa PEC virem a responder por crime contra a nação.
O mercado, essa entidade apátrida e sem endereço, torce para que a junção do populismo com as finanças públicas não arruine as perspectivas de lucros e, principalmente, não atrapalhe o trabalho manicurto dos bancos. É preciso entender que a expressão “furar o teto de gastos” não assusta o mercado e seus objetivos materiais imediatos. Eles estarão muito bem protegidos contra as intempéries. Na verdade, o teto furado trará seus efeitos apenas sobre a cabeça da classe média, que sentirá os efeitos das goteiras que irão se alastrar pela casa toda, já com uma só televisão e nenhuma lancha.
O furo ou rombo no teto de gastos é apenas o primeiro estrago a ser realizado nas contas públicas. Outros virão na sequência e até por inércia. A começar pelo furo no piso. Pelo desmonte da estrutura econômica, pelo abalar dos pilares do livre mercado, pela demolição dos alicerces da poupança interna, pelo desgaste das reservas, pelo tremor nas vigas que dão suporte aos princípios da ética pública e pela destruição de toda e qualquer barreira dos cofres da União.
O Colapso de todo o edifício Brasil e seu desabamento espetacular será o grand finale dessa chanchada burlesca.
A frase que foi pronunciada:
“A França é um país que adora mudar de governo se for sempre o mesmo.”
Honoré de Balzac
Pela saúde
Ausente nos supermercados, a Vigilância Sanitária está perdendo os absurdos nas gôndolas de carne. No supermercado Dia a Dia do Novo Gama, as prateleiras de carne vão dar bastante trabalho. Pelo DF, também encontrariam bastante trabalho.
Muito cuidado
Por falar em vigilância, com acesso aos limites de crédito dos clientes bancários, empresas que já tiveram busca e apreensão da polícia continuam trabalhando com aposentados na mira. Mudam o nome e não se intimidam. Oferecem crédito consignado. Uma verdadeira armadilha. Marcam reunião, recebem a visita de consultores, tomam até cafezinho na própria empresa. O primeiro contato é feito por telefone. Quando o assunto for seu dinheiro, trate com o seu gerente.
Lado bom
Amor à primeira vista. Carlos Moisés e Antônia Souza Araújo. Esse é o nome certo do casal que que se conheceu no Varjão, enquanto votava há 4 anos e voltou nesse ano para votar na mesma seção, já com aliança no dedo.
História de Brasília
A Universidade de Brasília adotará cursos prévios intensivos de três meses, no início do ano letivo, a fim de tentar recuperar os alunos admitidos com nível insatisfatório. No fim do curso, o aluno reprovado poderá repeti-lo mais 3 meses, a fim de atingir o nível para prosseguir nos Cursos Técnicos. Só no fim dêsses seis mêses, é que receberão, então, “bilhete azul”. (Publicada em 13.03.1962)
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Desde sempre, é sabido que os governos em nosso país, de modo geral, sempre foram maus pagadores, ao mesmo tempo em que sempre agiram como verdadeiros chacais, quando a questão é cobrar dívidas, principalmente se essas forem de pessoas jurídicas ou físicas de poucas posses ou de cidadãos comuns, que não possuem meios para proteger seus ganhos contra a sanha arrecadadora do Estado.
Nesse quesito, o cidadão está só e absolutamente desprotegido, como se vagasse no mais árido deserto da Terra. Pessoas que possuam dívida junto a qualquer instituição do Estado, mesmo que exibam condições momentâneas que provam sua incapacidade de honrar seus compromissos, são impiedosamente caçadas pelos capitães do mato do Estado, oportunidade em que são obrigadas, de modo humilhante, a se desfazerem dos próprios bens, inclusive do salário, que utiliza para sobreviver, para entregá-lo ao governante.
Juízes, cuja a função primordial se resumiria ao estabelecimento da justiça e o equilíbrio das partes, tendo como cautela, sempre, a proteção dos pacientes mais frágeis, não se avexam em confiscar o salário do pequeno devedor em favor do Estado, mesmo que isso acarrete uma falência financeira de uma família inteira. Agem em uníssono, em nome de um poder que somente a eles é benéfico e complacente.
Quando a dívida é de um desses figurões da República ou da classe política, blindada com o famigerado foro de prerrogativa especial e que se contam aos milhares, a situação é diferente. Nesses casos, até o secretário da Fazenda da Receita, ou outro alto titular do fisco, é chamado para uma conversa particular e a dívida, ou a investigação dessa, some para o fundo do armário, onde outros milhares de processos aguardam o dia do Juízo Final para serem exumados.
Com relação aos corruptos, que pululam em bandos pela capital a infestar os Poderes da República, a esses, o Estado nem ousa, sequer, cobrar-lhes os tributos que devem sobre os butins amealhados. O Brasil, que muitos historiadores afirmam não ter experienciado o modelo fiscal de cobrança existente no feudalismo europeu dos séculos V ao XV, por razões temporais, vive hoje submetido ao mais cruel regime de arrecadação de tributos, obrigando, sob pena de prisão, que o cidadão comum arque com os gastos seletivos de um Estado perdulário e desigual.
Agora mesmo, o Governo Federal, por meio de seus apoiadores no Congresso, apresentou projeto que altera um dos mais importantes pontos da nossa Constituição, o teto dos gastos, para acabar com medida saneadora e permitindo que o Executivo gaste sem limites e sem incorrer nas penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa e que já levou recentemente outro governo ao impeachment.
Ao mesmo tempo, o governo apresenta a PEC 23, que limita o pagamento dos chamados precatórios, que são dívidas do próprio governo junto a milhões de brasileiros, e joga essa conta para um futuro incerto, ou seja para as calendas. Com o estouro do teto, o rombo da laje superior e que limitaria os gastos governamentais mostra o céu profundo com a possibilidade infinita para gastar, sobretudo naqueles quesitos em que os maiores beneficiados serão o próprio governo e os políticos, inclusive da oposição.
O governo não paga o que deve e, com esse dinheiro poupado, gasta no que lhe aprouver, inclusive para viabilizar a reeleição sua e dos seus. Ciente desse afrouxamento nas contas públicas e que muitos têm chamado de estupro nas contas públicas, o Congresso, com o centrão à frente, prepara aumentos no Fundo Eleitoral, passando de R$ 2 bilhões para R$ 5 bilhões, incluindo nessa conta a ser paga, pelos prejudicados pelo Estado, um aumento indecente também no valor das emendas de relatores, passando essa despesa para R$ 16 bilhões.
Ao mesmo tempo em que confirma sua fama de mau pagador e de gastador contumaz, o Estado deixa patente que os interesses pessoais do governo e da elite dirigente, bem como dos empresários a eles ligados, estão acima do interesse público e muito além de qualquer interesse, mesmo vital, de pessoas, que, por uma infelicidade qualquer, deixaram de pagar alguma dívida a esse Leviatã de mil cabeças.
A frase que foi pronunciada:
“Temos aversão não apenas por coisas que sabemos nos terem causado dano, mas também por aquelas que não sabemos que danos podem causar.”
Thomas Hobbes
Amanhã
Com o novo período de descarbonização do planeta e com a abandono do petróleo, o problema estará nos processos de mineração, em busca de metais como o cobre, zinco, chumbo, nióbio e outros. Haverá um renascimento espetacular de prospecção do solo, com a exploração de grandes minas a céu aberto, com toda a devastação ambiental que isso representará daqui para frente.
Bagunça
Reclamações sobre a Secretaria de Saúde, que contou 186 dias como seis meses. Quem chegou para vacinar teve que voltar para a casa. O dia de atender quem vacinou no dia 27 de abril foi dedicado ao atendimento de quem se vacinou no dia 21 de abril.
História de Brasília
A decoração é muito bom gôsto, as cortinas são bonitas, os tapetes são baratos mas bem escolhidos. Seria o lugar ideal para se desenvolver o turismo. (Publicada em 13/02/1962)
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Depois de dizimar a Lei de Improbidade Administrativa, tornando, os maus gestores e até os corruptos de carreira, impunes e aptos para disputar quantas eleições quiserem, a Câmara dos Deputados segue agora, a passos firmes, marchando em direção do que seria o último bastião de moralidade na gestão dos recursos públicos: o teto de gastos. A imagética pode até não ser boa, mas se considerarmos o país, como sendo um edifício de alvenaria, com toda a sua estrutura armada, partindo da fundação, passando pelos pilares, pelas vigas até chegar à laje da cobertura, o que temos aqui, em relação a esses desmanches das principais leis que possibilitaram o êxito do Plano Real e sua duração no tempo, é o que os arquitetos e engenheiros chamam de puxadinho do inferno, capaz de levar ao colapso toda a obra e todos que estiverem ao seu abrigo.
O que estamos assistindo agora, impassíveis e surpresos, é a demolição paulatina de toda a estrutura de sustentação, que um dia permitiu a superação de processo inflacionário que, por décadas, arruinou a nação. Ao condenar todo o edifício Brasil, em nome das próximas eleições, o que se está fazendo, sob a tutela do chamado centrão, é deixá-lo exposto, mais uma vez, às incursões incertas do destino, da estagflação e do retorno aos tempos sombrios anteriores ao surgimento do Real.
Nesse sentido, a saída dos principais secretários da equipe do ministro da economia, Paulo Guedes, poderia, mesmo num ambiente de razoabilidades, ser considerada sintomática. Mas, no momento atual, e tendo em vista a proximidade do calendário eleitoral, essa debandada de técnicos soa como sinal de alerta a todos que ainda tenham a capacidade de raciocinar que, a qualquer hora, o edifício pode ruir.
Abrir os cofres, já esvaziados, permitindo que o governo rompa com a regra do teto de gastos, ou seja, gastar além de sua capacidade de pagamento é não só uma volta ao passado, mas um passo certo rumo à inadimplência e ao calote, com prejuízos para todos. Quando, ao teto de gastos, os economistas lhe conferiram o grau de “âncora da política fiscal do país”, não estavam apenas destacando sua importância para todo o arcabouço das finanças públicas, mas emprestando a esse termo o mesmo significado que este instrumento tem na proteção e salvaguarda do transatlântico chamado Brasil e seus passageiros a bordo.
No nosso país, a mistura entre política e economia nunca deu muito certo, por que a primeira sempre foi construída a partir de voluntarismos subjetivos, voláteis e imediatistas, enquanto a economia se funda em regras fixas de acordo com os contratos elaborados no âmbito dos mercados. Falar, pois, em política econômica no Brasil é um paradoxo, quando não uma anomia.
O denominado “Auxílio Brasil”, uma renomeação do Bolsa Família costurado pelo governo, com a ajuda do Centrão, muito mais do que um programa de transferência de renda, com prazo para terminar ao fim de 2022, é um investimento claro para reforço da candidatura de Jair Bolsonaro e de seu grupo imediato, incluindo a própria bancada política que lhe dá apoio no Congresso.
A frase que foi pronunciada:
“Ninguém é obrigado a tomar parte na crise espiritual de uma sociedade; pelo contrário, cada um é obrigado a evitar essa loucura e viver sua vida em ordem.”
Eric Voegelin
Sem segurança
É muito importante que as pessoas que fazem uso de vans escolares estejam atentas à qualidade e segurança do serviço. O objetivo de chegar ao destino não deve prevalecer essa atenção. Várias vans foram apreendidas pelo Detran. Veículo sem manutenção ou documentação incompleta.
Aviso da Embrapa
Capacitação em fruticultura tropical: banana é o tema da próxima edição. A palestra técnica será realizada na próxima terça-feira 26 e ficará a cargo do pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Edson Amorim. Ele vai tratar das cultivares, do sistema de produção e do mercado. A transmissão será pelo canal da Embrapa no Youtube, a partir das 9 h. Veja o link a seguir.
A Palavra
Dia 30 de outubro é dia de evangelização. Fiéis do Santuário São Francisco de Assis sairão nas quadras da área da igreja para conversar sobre Deus com moradores da região. Não será necessário abrir o portão.
História de Brasília
O assunto é Ilha do Bananal, onde passamos o fim de semana vendo os Carajás nas suas festas, nas suas dificuldades, no seu trabalho, na sua doença, nos seus males. (Publicada em 13/02/1962)