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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Não há partido político no Brasil capaz de seguir linhas ideológicas e programáticas, independentes do governo de plantão. São apenas legendas formadas ao sabor das ocasiões, clubes interessados apenas em causas próprias e no bem-estar de seus sócios, sobretudo das lideranças. O que temos é uma pantomima política, distante do que sonham os eleitores atentos e do que exige a ética pública.
Dessa forma, fica a explicação: não há terceira via, porque não há partidos fortes e independentes, capazes de entender o momento que se anuncia de grave polarização, entre o ruim e o péssimo. É com essa visão que os mais de trinta partidos, colados nas tetas dos cofres da União, enxergam os cidadãos, que, para eles, passadas as eleições, transformam-se num estorvo. Simplesmente, não há uma primeira, nem uma segunda via que possa levar o país ao bom termo. É nessa sucessão de mediocridades que jornais e mídias sociais registram a história do Brasil.
Sem reformas políticas sérias que colocassem um fim ao foro privilegiado, aos fundos partidários e eleitorais, às emendas secretas, à infidelidade partidária, bem como ao número excessivo e lesivo de partidos, à possibilidade de prisão em segunda instância, ao modelo de suplência, à reeleição e mesmo à impunidade dos políticos, excesso de privilégios econômicos, falar em terceira via, ou numa quarta e quinta vias, não significa nada. Há aqui, um problema de origem que não foi sanado por vontade justamente dos partidos tortos que aí estão. Qualquer desdobramento político vem carimbado com o selo e com os vícios de origem, tanto da inoperância como da continuidade de um modelo que os brasileiros de bem, que pagam em dia seus impostos, querem ver extinto.
A impossibilidade de candidaturas avulsas e do voto distrital, assim como do dispositivo de recall ou chamada, pelos eleitores daqueles políticos que apresentam “defeito” e sua substituição por gente mais capacitada, é um freio às mudanças que a nação reclama. Isso não quer dizer que não existam candidatos, isoladamente, bons e que poderiam, caso tivessem capacidade de desprendimento maior que o ego, fazer alguma diferença nesse próximo pleito. Ocorre que nem a grande massa de eleitores abduzidos e apolíticos e nem mesmo os partidos que aí estão apostam um níquel sequer nessa possibilidade e mesmo fazem torcida contra.
A frase que foi pronunciada:
“A história nos desafia para grandes serviços, nos consagrará se os fizermos, nos repudiará se desertarmos.”
Ulysses Guimarães
Identidade
Quem nasceu e mora em Brasília sabe que o cimento traz a identidade da cidade. Ver a catedral e outras obras da capital com essa fachada pintadas é doloroso. Na N2, o anexo do Ministério da Educação foi pintado com uma cor entre o bege e o amarelo. Tragédia maior.
Precificar a vida
Há anos se noticia a entrada de psicopatas armados em escolas. Legisladores, obrigatoriedade de porta rotatória na entrada dos estabelecimentos de ensino evitaria as futuras tragédias. Custo médio R$20 mil. Não vale à pena?
Fica a dica
Entre o Big Box e o Iguatemi, no Lago Norte, há uma faixa de pedestre. Estaria bem localizada se não houvesse mato impedindo a visão e se a iluminação fosse adequada.
Revisão
Agora que já é possível acompanhar o crescimento de uma criança no ventre materno, assistindo em imagens de 3 dimensões as primeiras batidas do coração, a formação da coluna vertebral, não faz sentido os hospitais terem legislação permitindo o descarte e incineração do feto morto com peso e estatura inferior ao mínimo exigido pelo Conselho Federal de Medicina. As mães que perdem o filho passam por mais esse sofrimento que, infelizmente, é amparado por lei.
Conhecimento
Foi um sucesso a Tarde do Bem Estar com a Dra. Simone Leite e Dr. Eugênio Reis, no Brasília Shopping, sobre terapia hormonal e benefícios e rejuvenescimento e a beleza natural na dermatologia. Com a plateia participativa, muitos esclarecimentos foram dados e mitos desfeitos.
História de Brasília
Os postes do aeroporto foram mandados fazer pelo ministério as Aeronáutica. A prefeitura mandou liga-los à luz da rua, e, agora, surge um problema. A firma empreiteira não recebeu a parcela final. Nem o ministério quer receber o serviço executado. (Publicada em 18.03.1962)
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Como dizia José Régio, in Cântico Negro: “Não, não vou por aí! Só vou por onde/Me levam meus próprios passos…Se ao que busco saber nenhum de vós responde/Por que me repetis: “vem por aqui!”? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, /Redemoinhar aos ventos, /Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,/A ir por aí…”
Em pleno século XXI, a humanidade, temerosa das imensas responsabilidades que tem pela frente, num planeta em grande ebulição, insiste ainda em permanecer estagnada, dentro de uma fase evolutiva que muito se assemelha à adolescência, oscilando entre a infância e a maturidade, receosa em ter que assumir as rédeas do próprio destino, livrando-se definitivamente da tutela de políticos.
De fato, um novo século para a humanidade só virá quando ela adquirir a capacidade plena de andar sem essa muleta, liberta de intermediários, que no final das contas são também seus carcereiros. Um olhar em volta mostra que ainda estamos longe desse dia. As guerras e os extremismos políticos representam bem essa eterna adolescência. As desigualdades sociais e a violência reafirmam, por hora, nossa dependência e amarras a esses títeres.
Não somos o que somos. Estamos resumidos a sermos aquilo que querem que sejamos e assim seguimos sem vontade, ao sabor do empurrão dos ventos. A própria democracia, como a temos, é ainda o menos aflitivo modelo que encontramos para delegar nossas responsabilidades sem nos responsabilizarmos pelo que virá.
E é aí que as coisas tomam os rumos que não desejamos. No nosso caso particular, passados os quatro anos de governo, com mudanças nos Poderes Executivos e Legislativos de todo o país, nenhum dos eleitores se apresenta perante a justiça para confessar seus crimes por haver eleito esse e outro mandrião, esse e outro corrupto, ficando o passivo dessa irresponsabilidade dividida por todos igualmente, numa punição que se repete ad infinitum a cada quadriênio.
Por isso, falar em esquerda e direita, num país que não sabe sequer seguir em frente e em linha reta, rumo ao futuro, é como torcer em vão pela vitória vazia na disputa ente o Boi Garantido, de vermelho, e o Boi Caprichoso, de azul. De olhos postos nesse ludopédio enfadonho, nesse verdadeiro Fla Flu flatulento, entregamos, de bandeja, todo um país e toda uma nação, nas mãos de muitas autoridades que demonstram desdém com a própria sorte.
Não se enganem! Somente eleitores notoriamente irresponsáveis e imaturos delegam o destino de suas vidas e de seus familiares àqueles que irão, na primeira oportunidade, roubar-lhes a carteira e a vida. É nessa disputa que rumamos para outubro, certos de que vamos no bom caminho, afinal seguimos em círculo e sem enxergar um palmo à frente. Só escutamos a gritaria dizendo: vem por aqui! Tivéssemos algum juízo, há tempos teríamos gritado de volta: não, não vamos por aí. Seguiremos para onde dizia o filósofo de Mondubim: “Para o rumo da venta!”
A frase que foi pronunciada:
“Deve-se ficar bêbado todos os dias e nunca ir para a cama sóbrio.”
Este era o principal requisito para a adesão a um grupo de beberrões criado pelo tsar Pedro I, da Rússia, no final do século 17.
Evento
Com apoio da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dois eventos podem ser decisivos para a tomada de decisão sobre a produção e comercialização do trigo. O Fórum Nacional do Trigo e a 15ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale acontecem na próxima semana em Brasília, no Centro de Eventos Complexo Brasil 21, do dia 28 ao 30.
Humano
Nenhum outro papa precisou de passaporte para viajar. Como cidadão do mundo, o Papa Francisco, abdicando de qualquer privilégio, pediu que o governo argentino renovasse seu passaporte. Foi um exemplo para mostrar ao mundo que ele também é do mundo.
Financiamento
O que seria uma facilidade virou pesadelo para muita gente. Um curso superior passa a valer uma casa simples. Com atrasos no pagamento, muita gente entrou no emaranhado das dívidas. O fato de o presidente Bolsonaro sancionar lei que permite renegociação de até 99% da dívida do Fies vai dar fôlego para os endividados.
Faixas
O acidente no Eixo W, altura da Estação Galeria, área central do Distrito Federal, chama a atenção para a sinalização antiga no asfalto. As faixas depois da reforma no local ainda não estão acertadas, causando grande confusão
História de Brasília
O Departamento de Correios e Telégrafos está sempre reclamando contra o abuso dos deputados e Senadores, que utilizam seus serviços sem pagar nenhuma taxa com assuntos que absolutamente não deviam ser transmitidos. Efetivamente, o abuso chegou ao máximo na temporada do Natal, quando 45 mil mensagens foram transmitidas pelos parlamentares, sobrecarregando o serviço. (Publicada em 02.03.1962)
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Existe, de fato, um vasto campo estrategicamente minado, separando os cidadãos e eleitores e os candidatos, sobretudo aqueles que aparecem no topo das pesquisas. À semelhança do que ocorria nas antigas brincadeiras de criança, chamada de “cabra-cega”, os eleitores entram nesse processo de campanha, sem enxergar ou ouvir o que ocorre diante deles. Não apenas não existe ainda terceira via para contrapor o que se vê nesses extremos, como também não existe, por parte dos candidatos, desejo algum em externar o principal elemento de toda e qualquer campanha eleitoral, que são os programas de governo.
Há um vazio ensurdecedor de propostas e projetos para o enfrentamento dos reais problemas da nação, que são muitos e complexos. Não bastasse esse deserto de ideias e de candidatos, realmente devotados às causas públicas, por meio de currículos e ações, aqueles cidadãos que conseguirem vencer esse terreno cheio de armadilhas, chegando vivos e salvos até a cabine das urnas, terão ainda que enfrentar e superar uma montanha de obstáculos que vão sendo postos ao longo do tortuoso caminho.
A imprensa, visivelmente partidarizada, e que, em tese, poderia contribuir muito para a informação dos eleitores, tornando-os mais esclarecidos e cautelosos, parece ter escolhido o caminho mais fácil ao se aliar a um e a outro lado, mesmo que um desses candidatos acene, com vigor, seu intuito de regular a mídia, tornando-a mais dócil do que já é.
No meio desse verdadeiro banzé, os candidatos mais cotados ainda se dão ao desplante de anunciar, publicamente, que não irão aos debates públicos. O tão zeloso e ao mesmo tempo desútil Código Eleitoral não obriga que os candidatos se submetam aos debates, o que, de certa forma, ajuda a esconder, dos leitores, aqueles postulantes ao mais alto cargo da República, que não serviriam nem para porteiro de hospício.
O pior, se é que isso ainda é possível, no caso das próximas eleições, é que os ataques, vis a vis, ao esconder a fragilidade dos candidatos, ainda reforçam, de forma vil, o extremismo e as lutas fratricidas. A imagem é perfeita: enquanto os urubus distraídos brigam ferozmente pela carniça, a onça e a raposa, que a tudo, ardilosamente, espreitam, cuidam de comer a todos. O lançamento e a imposição de um candidato, com a ficha mais suja que o banheiro da rodoviária, pela mais alta Corte do país, ajudou a conflagrar, ainda mais, um pleito que já não era de todo pacífico e ordeiro. Somam-se ainda, a esse campo minado, o fato dessa mesma Corte ter elevado, ao altar de adoração, as tão discutíveis urnas eletrônicas, tornando esse mecanismo asséptico, um item inatacável, dentro de regras absolutamente dogmáticas.
Com tudo isso, teremos o que nos prepara para ser a mais surreal de todas as campanhas políticas experienciadas na história do Brasil. Os eleitores, colocados como protagonistas de segunda categoria, em todo esse processo, têm duas opções pela frente: ou seguem como gado ordeiro rumo ao abatedouro, ou viram as costas para essas eleições, o que, nos dois casos, não resolveria nosso atual problema, que se resume em retirar a venda que cobre os olhos, saindo ilesos desse jogo perigoso.
A frase que foi pronunciada:
“Uma mente livre nunca conclui. Uma mente cheia de conclusões é uma mente morta, não é uma mente viva. Uma mente viva é uma mente livre, aprendendo, nunca concluindo.”
Krishnamurti
Literalmente
Na história de Brasília, publicada em 1962, Ari Cunha, o criador desta coluna, escrevia exatamente o que acontece hoje em dia com a Água Mineral, criada em novembro de 1961. As piscinas, volta e meia, passam tanto tempo em manutenção que parece um clube fechado.
Seres humanos
Não querem publicidade porque as duas vêm de países em guerra. Anna e Martina se conheceram no Telegram. Uma russa e a outra ucraniana. Enquanto uma guerra insana acontece, com o mundo de braços cruzados, Brasília passa a ser o cenário de que a paz é possível.
Áudio livro
Pessoas saudáveis, ou as que não enxergam, idosos, apreciadores da rádionovela, falantes da língua portuguesa ou estrangeiros que queiram aprender mais sobre o nosso idioma têm agora a oportunidade de ouvir uma história intrigante. Ana e Djalmir Bessa, o autor, gravaram, no Youtube, capítulo por capítulo do livro Coité. As cenas acontecem durante a seca que assolou o nordeste da Bahia no final do séc. XIX. Veja como acessar, a seguir.
Adhocracia vs Burocracia
Enquanto o RH da Câmara dos Deputados, de forma adhocrática, disponibiliza, pela Internet, meios para o funcionário solicitar e receber online a declaração por tempo de serviço, o procedimento no GDF começa com um requerimento com entrada no protocolo, análise, pesquisa no dossiê e até 15 dias para resposta. Bem burocrático!
Escola de Música
Escola de Música para a meninada. As matrículas estão abertas e os cursos de diversos instrumentos, inclusive a voz, são gratuitos.
História de Brasília
O Country Club é o club mais fechado de Brasília. Está fechado até para os sócios, atualmente. (Publicada em 01.03.1962)
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Enquanto a terceira via míngua a olhos vistos, deixando milhões de eleitores literalmente sem chão, pendurados no teto pelo pincel, as duas pinças pontiagudas do venenoso extremismo político seguem preparando o que pode ser o bote final.
É tudo o que falta para levar à morte toda uma nação, que não se alinha, nem de um lado, nem de outro, encurralada que está, nesse ringue, entre a jararaca e o perigoso escorpião. A inexperiência nas artes de fazer política, sobretudo naquele tipo de política à brasileira, em que a prestidigitação e o embuste são ferramentas essenciais para iludir o eleitor, fizeram do possível candidato, Sérgio Moro, um candidato impossível de se encaixar no gigantesco e preordenado edifício das eleições nacionais. Ciro não é terceira via. É apenas o rebotalho de um velho sistema que teima em não sair de cena.
Nos infinitos labirintos dessa mega-construção, ardilosamente e pré desenhada por dentro, não há espaços para alternativas ou candidatos desprovidos de peçonha letal. O que temos pela frente não são disputas civilizadas e dentro do que o inocente e vestal eleitor imagina. O que há, de fato, é uma batalha ou um UFC, que apontará o próximo vitorioso, que virá justamente para derrotar a cidadania.
Pelo o que foi visto até aqui, o menos pior, entre esses lutadores verdugos, é o que está à direita do ringue, embora suas chances de vitória, dentro das quatro cordas do tablado de lona, sejam menores, porque, evidentemente, mais tolhidas por um sistema complexo que parece permear todo Estado. É nessa equação de soma zero que o perdedor já está determinado na figura de uma nação inerte.
Pobre democracia, que aplaina o terreno para uns, embarreira para outros, deixando, sem saída, dezenas de milhões de cidadãos de bem, num país em que essas antigas virtudes são vistas hoje como escandalosas. Surpreende que um país com mais de cinco séculos de história ainda tenha que conviver com o espetáculo insano da política nacional. Pior ainda é que nesse país parece ter perdido a graça de vez. E agora, nem o rinoceronte Cacareco, nem o chimpanzé Tião poderão nos defender no próximo pleito de outubro.
No meio dessa loucura, fica a pergunta: por que o viável é inviável? E, da mesma forma, por que o inviável é viável? Num mundo onde a brutalidade e a ignorância triunfam, e rendem apreços de uma parcela de eleitores oportunistas e niilistas, não pode haver espaços para a construção do edifício da civilização. Seguimos amuados, como vaticinava o antropólogo Lévi-Strauss, saindo da barbárie, diretamente rumo à decadência, sem ao menos conhecer os frutos da civilização. Pensar que temos ainda tantos e tantos cidadãos brasileiros, imantados pela ética e pelo saber, mas que não se apresentam, trazendo suas lanternas, porque nesse imenso e escuro edifício, erguido por esse sujeito indefinido, chamado sistema, não há aberturas ou portas para a entrada da luz.
A palavra que foi pronunciada:
“Nunca dê as costas a um perigo ameaçador ou tente fugir dele. Se você fizer isso, você vai dobrar o perigo. Mas se você o enfrentar prontamente e sem vacilar, reduzirá o perigo pela metade. Nunca fuja de nada. Nunca!”
Winston Churchill
Situação real
Dados do Conselho Nacional de Justiça indicam que por volta de 27,5 mil crianças foram incluídas no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento. A destituição do poder familiar é uma medida tomada quando há o esgotamento de ações protetivas para manter a criança no próprio lar.
Turismo
Brasília espera, para o mês de junho, abrigar a maior feira náutica que a cidade já teve. Esforços da Secretaria de Turismo do Distrito Federal nesse sentido são fundamentados na excelente condição de navegabilidade no Lago Paranoá e infraestrutura para receber mais de R$100 milhões em negócios.
Para todos
Na paróquia do Corpo de Bombeiros Militar, no Setor Policial Sul, o capelão tenente-coronel Fernando Rebouças ministra um Curso de Eficiência Pessoal até 9 de junho, apenas às quintas-feiras. Veja os detalhes no Blog do Ari Cunha.
Para o bem
Depois da decisão da Câmara dos Deputados que aprova medida provisória que cria sistema eletrônico de registros públicos, o que a população espera é menos burocracia. A medida vai conectar todos os cartórios entre si, por meio eletrônico. A Secretaria de Economia do DF e a Receita Federal poderiam entrar na rede para compartilhar informações.
Com amor e compaixão
Para todas as mulheres que tiveram coragem de exercer a maternidade, fazendo de seu corpo o abrigo mais seguro até o nascimento. Para todas as mulheres que pariram outras mulheres contrárias à soberania da vida e para as mulheres que foram escolhidas para gerar, ser mãe e optaram por matar. Que hoje seja um dia especial.
História de Brasília
Surge, agora, o problema, porque p Exército quer construir imediatamente nos terrenos que foram cedidos pelo prefeito Paulo de Tarso. (Publicada em 23.02.1962)
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Falta de fôlego político, ideológico e partidário. São essas as possíveis e mais críveis características que poderiam explicar o decepcionante desempenho, até agora, da chamada terceira via. A priori, é preciso deixar claro que consenso, assim como seu correlato, o bom senso, são atributos que o mundo político nacional não exercita porque desconhece e porque também despreza, já que lhe retira nacos de poder, ou, mais precisamente, recursos e outros benefícios materiais já assegurados. Não há, de fato, partidos políticos no Brasil capazes de seguir linhas ideológicas e programáticas independentes do governo de plantão. São apenas legendas formadas ao sabor das ocasiões, clubes interessados apenas em causas próprias e no bem-estar de seus sócios, sobretudo das lideranças.
O que temos é uma pantomima política, distante do que sonham os eleitores atentos e do que exige a ética pública. Dessa forma, fica a explicação: não há terceira via, porque não há partidos fortes e independentes capazes de entender o momento que se anuncia de grave polarização. É com essa visão que os mais de trinta partidos, colados nas tetas dos cofres da União, enxergam os cidadãos que, para eles, passadas as eleições, transformam-se num estorvo.
A grosso modo, não há terceira via, porque, simplesmente, não há uma primeira nem uma segunda via que possa levar o país ao bom termo. É nessa sucessão de mediocridades que se encaminham as eleições de outubro. É o mais do mesmo. Sem reformas políticas sérias que colocassem um fim ao foro privilegiado, aos fundos partidários e eleitorais, às emendas secretas, à infidelidade partidária, bem como ao número excessivo e lesivo de partidos, à possibilidade de prisão em segunda instância, ao modelo de suplência, à reeleição e mesmo à impunidade dos políticos, falar em terceira via, ou numa quarta e quinta vias, não significa nada.
Há aqui um problema de origem que não foi sanado por vontade justamente dos partidos tortos que aí estão. Qualquer desdobramento político que venha a ser feito por meio dos partidos que aí estão para as próximas eleições, já vem carimbado com o selo e com os vícios de origem tanto da inoperância, como da continuidade de um modelo que os brasileiros de bem querem ver extinto.
A impossibilidade de candidaturas avulsas e do voto distrital, assim como do dispositivo de recall ou chamada, pelos eleitores daqueles políticos que apresentam “defeito” e sua substituição por gente mais capacitada, são empecilhos às mudanças que a nação reclama.
Isso não quer dizer que não existam candidatos, isoladamente, bons e que poderiam, caso suas capacidades de desprendimentos fossem maiores que seus egos, fazer alguma diferença nesse próximo pleito.
É o caso aqui de Simone Tebet, Sérgio Moro, Eduardo Leite e outros. Caso houvesse a possibilidade de união desses nomes, numa chapa extraordinária e suprapartidária, poderíamos enxergar alguma luz no fim desse cano escuro.
Ocorre que nem a grande massa de eleitores abduzidos e apolíticos, nem mesmo os partidos que aí estão, apostam um níquel sequer nessa possibilidade e mesmo fazem torcida contra. Fôssemos nomear o quadro em preto e branco que aí está posto para as próximas eleições, diríamos se tratar de uma obra abstrata, cujo o título seria “Abstração niilista nº 3”.
A frase que foi pronunciada:
“Buscar o caminho do meio, no meio em que a política brasileira é realizada, é caminhar sobre o fio da navalha entre dois abismos.”
Filósofo de Mondubim
Assédio
Com quase um ano de atraso, finalmente o Brasil poderá adotar o que prevê a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no tocante ao combate às várias formas de assédio dentro do ambiente do trabalho.
Números
Em 2020, segundo o próprio Ministério Público do Trabalho (MPT), mais de 50 mil trabalhadores formularam denúncias de assédio moral no Brasil, sendo que 52% dos pesquisados relataram ter sofrido todo o tipo de assédio moral no desempenho de suas tarefas profissionais. É preciso destacar ainda que nove em cada 10 vítimas de assédio moral no trabalho não denunciam seus agressores, por medo de represálias. Pela quantidade de depoimentos colhidos, chega-se à conclusão que metade dos brasileiros já sofreram algum tipo de assédio dentro do ambiente de trabalho.
Modalidade
Tão danoso como o assédio sexual, o assédio moral, por seus efeitos deletérios sobre a psiquê do indivíduo, é capaz de catalisar e produzir, num curto período, tanto doenças físicas como psicológicas, muitas vezes incapacitando, permanentemente, o trabalhador.
História de Brasília
Desesperados com as promessas dos candidatos, que lá começam a provar porque Brasília não deve ter eleição, os comerciantes da Asa Norte procuram, agora, o CORREIO BRAZILIENSE. (Publicada em 21.02.1962)
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Caberá à História, no seu tempo próprio, repor, em seus devidos lugares, os muitos erros perpetrados por políticos, ministros e magistrados contra o ex-juiz Sérgio Moro. A única questão aqui é saber se isso ocorrerá ou não a tempo de corrigir os danos causados ao magistrado de Curitiba, por ter ousado enfrentar os mais poderosos grupos instalados nas mais altas esferas do Estado.
Num país em que tradicionalmente as punições da Justiça são aplicadas em doses inversamente proporcionais ao status do acusado, não surpreende que aqueles que deveriam estar sob a camisa de força apertada de réus enverguem, agora, a fantasia de promotores e de impolutos republicanos. De fato, mesmo depois de “cancelado” e moído pela máquina perversa de um Estado dominado, de alto a baixo, a sombra do ex-juiz ainda amedronta e causa calafrios aos corruptos e malfeitores de todos os calibres, perturbando-lhes o sono noturno.
Para tanto, é preciso não apenas atalhar-lhe o caminho, mas conceber, de imediato, leis ilegítimas e extrajurídicas, de modo a vetar quaisquer possibilidades de que ele venha a reaparecer, como uma espécie de vingador instalado, no mesmo Palácio do Planalto de onde se retirou, depois de sentir o mal cheiro exalado naquele lugar.
O temor daqueles que têm a ética pública como antípoda é que a população, num rasgo de racionalidade, sagre Moro nas urnas do ano que vem. De que outro modo, então, explicar o afinco com que os próceres da nova direita e da esquerda de sempre tecem, como centopeias, o que chamam, cinicamente, de novo projeto de reforma eleitoral?
Na verdade, de novo esse projeto só possui a astúcia e os mesmos maneirismos espertos, como é tecida à surdina. O novo Código Eleitoral, em tramitação agora na Câmara dos Deputados, ao incluir, na undécima hora, dispositivo que cria uma quarentena de cinco anos para que juízes, militares e promotores possam concorrer às eleições, atende, justamente, aqueles que, por vingança e despeito, querem tirar o ex-juiz do páreo de 22.
Para fugirem das interrogações que viriam, foi proposto até o instrumento maroto de regime de urgência, fugindo do escrutínio das comissões. Ficaria mais adequado, e direto a tal projeto, eliminar, logo de saída, toda a possibilidade de candidatura de uma possível terceira via, que venha a ameaçar as pretensões de Bolsonaro e de Lula para o próximo ano.
Experienciamos tempos estranhos e adversos, contrários ao bom senso e aos mais comezinhos conceitos de ética e de República. Fala-se muito em patriotismo, mas esquecem que essa é uma premissa que vem somente depois de respeitados todas as exigências impostas pela ética. Patriotismo sem ética refere-se apenas a um lugar onde podem amaciar-se, com segurança, os de sempre. Do mesmo modo que falar em retorno do lulopetismo, para salvar o país e suas estatais da sanha privatista, soa como escárnio e pesadelo.
O que acontece ao ex-juiz Sérgio Moro já aconteceu na Itália com o ex-juiz Antonio Di Pietro e também com o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón. Todos vítimas daqueles que deveriam estar condenados e presos, mas que, por um estranho fenômeno que parece pairar sobre todos nós de ascendência Latina, dá, aos poderosos e aos seus grupos, o cetro da lei e, aos operadores legítimos da Justiça, o opróbrio e a desfeita.
A frase que foi pronunciada:
“A Suprema Corte decidiu que eles não podem ter um presépio em Washington, DC Isso não foi por motivos religiosos. Eles não conseguiram encontrar três homens sábios e uma virgem.”
Jay Leno
Erramos
Na coluna de ontem, ENE foi escrito ENEM. Só o título estava certo. Nossas escusas aos leitores.
Curiosidade
Pergunta de uma leitora provoca curiosidade. Todos os parlamentares que compõem a CPI do Covid já foram vacinados?
Insistência
Amigo nos alerta sobre manifestação em frente à embaixada brasileira em Praga contra incêndios na Amazônia. Deve ter sido um fiasco porque não ganhou uma linha nos jornais internacionais.
Conectas
Por falar nisso, a Revista Internacional de Direitos Humanos publicou um edital para escritoras negras ou indígenas e paga 5 mil reais para textos sobre questões atuais como pandemia, direitos humanos, povos originários. Veja no link Bolsa de Escrita – 31ª edição da Sur.
Desvio de função
Tem muita hipocrisia sobre a segregação de alunos com deficiência em salas de aula. É impossível uma professora, em uma turma com mais de 30 crianças, dar atenção necessária à criança especial. Nesse caso, a contratação de monitores é indispensável.
História de Brasília
Isto, porque, se não fôr inaugurada logo, a Novacap construirá a definitiva, na área verde, entre a 108 e 508, e a primeira creche da cidade que entusiasmou o aluno passará para a história como sendo a única creche que não funcionou. (Publicada em 07/02/1962)