Tag: #Teletrabalho
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Das muitas consequências trazidas pela pandemia do Covid-19, algumas delas podem muito bem ser incluídas no rol dos efeitos positivos dessa doença, mostrando, mais uma vez, não apenas a capacidade ilimitada de resiliência do ser humano frente às catástrofes, mas sobretudo sua aptidão para retirar, dessas tragédias, ensinamentos e novos modelos de sobrevivência e de adaptação a um mundo em rápida mudança e indiferente aos destino dos homens sobre o planeta.
Por certo a pandemia, provocou mudanças em todos os setores da vida humana, alterando padrões de comportamento dentro das sociedades, mostrando também a necessidade de se adotar novos modelos de interação, no trabalho, na produção e nas relações pessoais. Uma dessas mudanças, e que mais vem chamando a atenção de todos, vem justamente do setor produtivo laboral e intelectual.
Houve uma aceleração no uso das tecnologias digitais e uma expansão exponencial dos meios de comunicação via mídias sociais. O trabalho remoto, que antes parecia uma inovação ainda distante da realidade de nosso país, ganhou fôlego e uma necessidade imediata, multiplicando, por mil, o número de pessoas que passou a dar expediente diretamente de casa.
A pandemia provocaria também uma verdadeira revolução no ensino à distância, mostrando a possibilidade prática na aplicação das tecnologias digitais na educação de crianças e adultos. Às vésperas da chamada 4ª Revolução Industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, com automação total das fábricas e da adoção dos sistemas ciber físicos, de robôs, da inteligência artificial, no que vem sendo denominado internet das coisas, os sistemas educacionais devem, o quanto antes, adotar as novas tecnologias, modificando sensivelmente os antigos modelos de ensino, ao aproximar os alunos e mestres desse mundo em transformação.
Daqui para frente o mundo será movido, essencialmente, pelas tecnologias já disponíveis e por aquelas que estão por vir num futuro próximo. De olho nessas mudanças, o plenário do Senado aprovou, nesta semana (20), Projeto de Lei vindo da Câmara dos Deputados, criando a Política Nacional de Educação Digital (PL 4.513/2020), prevendo o ensino, nas escolas públicas, das disciplinas de computação, programação e robótica. O projeto altera também dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, introduzindo, nos currículos da educação básica, o ensino das competências digitais ao longo de várias etapas, desde o ensino fundamental.
Desse modo, todos os níveis de escolaridade incluirão, em seus currículos, aulas de programação, computação, robótica e outras disciplinas correlatas às tecnologias digitais. Também foram incluídas as demandas da educação digital no âmbito da Política Nacional do Livro. Os parlamentares que defenderam esse texto incluíram, ainda no Projeto, dispositivos que amparam e demonstram a necessidade de uma política de educação voltada para o mundo digital, observando as vulnerabilidades sociais e econômicas dos alunos brasileiros.
Com isso, o projeto irá tratar, como prioritário, o atendimento aos alunos menos favorecidos. Diz a deputada Ângela Amin: “Os desafios, e os benefícios potenciais da educação digital são múltiplos. Do ponto de vista do mercado de trabalho, há uma lacuna de competências a preencher, pois um número crescente de empregos exige um alto nível de proficiência no uso de tecnologias e muitos novos empregos são baseados em habilidades digitais especializadas. Do ponto de vista social, o desafio é de inclusão: uma divisão digital entre aqueles com nenhuma ou apenas habilidades digitais básicas e outros com habilidades de nível superior pode ampliar as lacunas existentes na nossa sociedade e excluir ainda mais algumas partes da população.”
A frase que foi pronunciada:
“A tecnologia nunca substituirá os grandes professores, mas nas mãos de grandes professores, ela é transformadora.”
Jorge Couros
É Natal!
Indicativo de informação do Atacadão da Asa Norte: Senhores clientes, pessoas com diferentes tipos de deficiência fazem parte do corpo funcional deste estabelecimento. Pedimos a gentileza de conferir o valor cobrado nas frutas e legumes pesados. Agradecemos a solidariedade.
Com exceções
O CPF pode passar a ser o único número de identificação geral para os brasileiros. A notícia divulgada pela Agência Câmara de Notícias informa ainda que a partir da vigência da futura lei, o CPF será usado como número em certidões (nascimento, casamento e óbito), como identificação perante o INSS (NIT), na carteira de trabalho, na CNH e outros. A matéria vai para a sanção presidencial
História de Brasília
Fechou o Chez Willy. O primeiro bom restaurante de Brasília, teve toda a promoção gratuita que um homem de negócios poderia desejar. Seu proprietário não entendeu assim, e passou a explorar. Fêz reformas no edifício, sem autorização do dono, e sublocou a sobreloja sem poder, pelo contrato. (Publicada em 14.03.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Se antes existia alguma resistência e preconceito ao trabalho realizado em casa (home office), taxado erroneamente de ineficiente e improdutivo, hoje essa realidade parece estar mudando do dia para a noite, forçada pela situação crítica de uma pandemia que impôs a necessidade de todos permanecerem fechados em casa.
Na verdade, essa já era um sistema que vinha ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo afora, mesmo antes da quarentena, se firmando como uma alternativa aos deslocamentos de horas, principalmente nas cidades com tráfego congestionado e transportes públicos deficientes. Também a economia com gastos em edifícios, equipamentos, contas de luz e água entre outros infinitos encargos, vem fazendo do teletrabalho a grande aposta de modelo laboral para o século XXI.
Pesquisas realizadas ainda em 2019, em 34 países pelo Estudo Global de Tendências e Talentos 2020, da Mercer, indicou que essa é a modalidade de prestação de serviço que mais ganhará fôlego a partir desse ano em diante. As novas tecnologias somadas à uma metodologia de trabalho mais dinâmica e enxuta, necessariamente teria que revolucionar a maneira como muitos serviços são rotineiramente realizados. A introdução da informática e da Internet nas mais variadas formas de trabalho, acabaria por criar um novo e radical fenômeno, chamado de “não lugar”.
Ficou demonstrado, na prática, que a interação virtual e instantânea entre os indivíduos, independe do ambiente e do lugar físico onde se realiza determinada tarefa, pode ser feita sem prejuízo algum para a qualidade do trabalho. Se por um lado as novas tecnologias irão eliminar algumas modalidades de serviço, por outro, criarão outras mais adequadas às novas aos tempos atuais, sem prejuízos maiores.
Interessante notar que no serviço público, e as resistências, que por anos dificultava e atrasavam a implantação definitiva da modalidade de trabalho à distância, foi vencida em questões de dias por conta da quarentena obrigatória. O prolongamento do confinamento, poderá também acelerar a implantação definitiva dessa nova forma de trabalho em grande parte da cadeia dos serviços públicos, acentuando também conceitos até aqui rejeitados como a produtividade e principalmente os aspectos da chamada meritocracia, aferida agora pelo desempenho de cada um dos servidores envolvidos nesse processo.
Obviamente que nesse contexto haverá a necessidade de investimentos no aperfeiçoamento educacional desses profissionais, sujeitos à um novo ambiente de trabalho, que, ao contrário do que muita imagina, exigirá muito mais dedicação e empenho de cada um. A Câmara e o Senado virtuais, deram a partida, em grande estilo nessa nova modalidade de trabalho à distância no Poder Legislativo. O poder judiciário também já desafogou o trânsito de inúmeros processos.
No início dessa nova experiência, ficou patente que muitos aperfeiçoamentos na questão das votações, terão que ser efetuados para impedir que a democracia e pluralidade de opiniões e votos não venham a ser prejudicadas pelo controle daqueles que estão presentes em plenário, comandando todo o processo. Mas esse parece ser o começo de um novo tempo e uma novidade ainda para nós todos.
Outro fator interessante que será trazido pelo trabalho à distância, diz respeito à um maior acompanhamento individual de cada uma das pessoas envolvidas no processo, sua satisfação, suas contrariedades e outros elementos necessário a abastecer de dados o departamento de recursos humanos, permitindo que essa importante seção encontre as melhores formas de relação entre o trabalhador e seu serviço ou função.
A frase que foi pronunciada:
“O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.”
Voltaire, escritor, ensaísta deísta e filósofo iluminista francês (1694-1778)
Emprego
Está garantido o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Em sessão por videoconferência, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou pela preservação da MP e pela validade dos acordos individuais firmados entre empregados e empregadores durante o enfrentamento da Covid-19.
Livro
Cidadão honorário de Brasília, membro do Instituto Casa de Autores e professor PhD em Educação, Simão de Miranda é autor de diversas obras infantis. Simão é fonte especialista sobre a importância da leitura no meio educacional. “Para ser ainda mais feliz todo o dia”.
Ativa
IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família segue promovendo transmissões ao vivo, por meio das redes sociais, abordando assuntos relevantes para os operadores do Direito sobre os impactos da pandemia do coronavírus no Direito das Famílias. Ricardo Calderón, diretor nacional do IBDFAM, e Maria Rita de Holanda, presidente do IBDFAM seção Pernambuco, comandam o debate. Veja a programação no link http://www.ibdfam.org.br/eventos/1775/Live%3A+Humanizando+a+manuten%C3%A7%C3%A3o+dos+conflitos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Associação Comercial que está se formando tem uma grande responsabilidade. Fazer com que seus associados entendam que o comércio de Brasília, para se firmar melhor, terá que baixar seus preços. (Publicado em 05/01/1962)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Não há ainda um levantamento, nem minimamente preciso, sobre o número de imóveis desocupados ou simplesmente abandonados em todo o Distrito Federal, em razão da crise que os brasileiros só começaram a descobrir no início de 2014. Naquela ocasião, com a quantidade de lixo varrido para debaixo do enorme tapete da república, já não podia mais esconder tamanho volume de sujeira acumulada ao longo de mais de uma década.
Ocorre que ao lado das malfeitorias e da péssima administração do Estado, legada pelos últimos governos eleitos democraticamente, a crise econômica, classificada como a maior e mais duradoura recessão já experimentada pelo país ao longo de toda a sua história, veio a bater de frente com o advento das novas tecnologias digitais, o que provocou rápidas e inesperadas mudanças nas relações comerciais, principalmente quanto à alocação de imóveis para setor de serviços.
Ao lado dos mais de 18 mil imóveis que a União possui desocupados, por diversos motivos em todo o território nacional, que geram prejuízos anuais da ordem de quase R$ 2 bilhões ao ano, o DF vive sua crise particular com uma queda acentuada na procura por locação de espaços comerciais.
As perspectivas de que a crise econômica não vai ser sanada nem a curto e médio prazos afastam os interessados e isso ocasiona reflexos diretos na construção e oferta e novos espaços para a venda e aluguel.
Pesa, além dos encargos e custos necessários a locação de imóveis comerciais, o fato de que a internet, aliada à rede mundial de computadores, abriu possibilidades infinitas para que profissionais, liberais, como arquitetos, advogados, contadores e muitos outros pudessem exercer seus ofícios em qualquer ponto do globo, conectado, em tempo real com seus clientes, com todas as facilidades facultadas pelas novas tecnologias.
Dessa forma, quem no passado necessitava de uma sala exclusiva para receber seus clientes e fechar negócios hoje vê essas mesmas possibilidades ofertadas por um simples laptop, que pode ser aberto e acessado a partir de uma mesa de um café ou em casa.
Com isso, o chamado home office vem ganhando espaço, não só nas atividades comerciais privadas, mas também, e sobretudo, no desempenho de muitas funções dentro do serviço público. Os congestionamentos no trânsito, o transporte coletivo sem qualidade e o longo tempo gasto no caminho de casa para o trabalho e vice-versa são fatores que reforçam o novo tempo. Isso, além da economia em luz, papel, cafezinho, elevadores, água e outros, tem, cada vez mais, induzido as autoridades a adotar o modelo do home office para se adequar ao teletrabalho.
Mesmo que a crise econômica venha a ser totalmente debelada nos próximos anos, a tendência da descentralização dos serviços, com as mesmas funções sendo desempenhadas diretamente da casa do servidor, parece ser uma tendência que veio para ficar e para se expandir ainda mais.
Se no setor público esse novo modelo pode ser rearranjado a curto prazo, com benefícios para todo mundo, principalmente para o pagador de impostos, o mesmo não pode ser facilmente obtido pelo setor privado, onde as novas tecnologias parecem ter criado uma espécie de não lugar.
A transformação de um simples laptop num escritório, com mais possibilidades, inclusive, de mobilidade e de agilidade nos serviços, parece ser um modelo que veio para revolucionar esse tipo de mercado. É claro que o setor de locação e mesmo as empreendedoras irão buscar meios de contornar esses imprevistos, dando vida nova ao setor.
A chegada do chamado “coworking”, em que profissionais passam a alocar ou mesmo comprar espaços próprios para exercer suas atividades em conjunto, dividindo despesas e racionalizando o uso de espaços, vem surgindo no rastro dessas novas tecnologias e parece, até o momento, uma solução para os imóveis desocupados.
Outra tendência que vai aparecendo nesses novos tempos é a transformação dos espaços comerciais em áreas residenciais do tipo apart hotel, com rotatividade de locação e preços mais em conta do que nos hotéis tradicionais. O desaparecimento de antigos modelos não deve, contudo, ser motivo de preocupação para o setor. Tratam-se de mudanças inevitáveis que irão permitir que outras surjam no lugar.
O importante é agir e não permitir que setores imensos, como é o caso dos setores comerciais Sul e Norte, venham a se transformar em áreas degradadas, com milhares de imóveis desocupados a convidar os muitos movimentos de invasão que se espalham pelo país e venham transformar essa situação em caso de polícia, com prejuízos para todos, principalmente para os moradores do DF.
A frase que foi pronunciada:
“Nos próximos anos, o automóvel será tão proibitivo quanto o cigarro.”
Jaime Lerner
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Sabe-se, também, agora, a razão pela qual o IAPFESP criou tantas dificuldades para que a NOVACAP não urbanizasse as duas quadras. É que continuando como está, em estado de bagunça total, seria mais fácil para os desmandos que estão sendo praticados. (Publicado em 20.10.1961)