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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Milagrosamente, sobrevivente em meio à avalanche de novas tecnologias da informação, o rádio, no Brasil, está prestes a completar seu primeiro centenário em 2022. Da primeira transmissão, realizada em 7 de setembro de 1922 no Rio de Janeiro até a presente data, as emissoras de rádios acompanharam de perto as maiores transformações experimentadas pelo país ao longo de todo o século XX, a começar pelo acelerado processo de urbanização, provocado pelo êxodo rural em massa, o que ajudou na formação das grandes cidades e seu espraiamento pelas periferias distantes, onde iriam residir o grosso da classe operária, absorvida em parte pelas primeiras fábricas de porte.
É nesse ambiente confuso e agitado de fazimento das primeiras metrópoles, em plena revolução de 1930, com a aparecimento do getulismo, que surgem as primeiras emissoras de rádio. A partir dessa novidade sonora, formam-se os primeiros núcleos artísticos e empresariais que irão contribuir para a formação e divulgação de uma embrionária cultura de massa.
Com isso, a população passava a absorver diversão e notícia em escala cada vez maior, o que aumentava, na mesma proporção, a importância desse novo veículo de comunicação. Durante o primeiro quarto de século, o Brasil pôde, à semelhança do que já ocorria nos Estados Unidos, viver sua era de ouro do rádio. Naquela ocasião, como ainda hoje, os grandes investimentos obrigavam os empresários a buscar auxílio financeiro e favores junto ao governo.
O mesmo Getúlio Vargas que dava com uma mão, cobrava com a outra, submetendo as emissoras à rígida fiscalização da censura imposta pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Contudo, foi o próprio Getúlio que instituiu a possibilidade de as rádios operarem com o auxílio e capital dos patrocinadores. Foi ele também que vislumbrou primeiramente o potencial das rádios para a propaganda política de governo, tanto que fundou sua própria emissora e ainda impôs às demais a transmissão do programa oficial, A Hora do Brasil, que no seu início transmitia apenas as medidas adotadas pelo poder Executivo e que normalmente vinha acompanhada por um pronunciamento diário do próprio presidente.
Nos anos cinquenta, com o advento da televisão, o rádio sofreu seu primeiro grande revés, com a migração em massa da maioria de seus principais contratados para a nova tecnologia que reunia num mesmo aparelho o som e a imagem.
Obrigadas a se reinventarem, as rádios passaram a investir em novas modalidades de programação com a participação dos ouvintes e com isso sobreviveram à onda das televisões. Dando um salto de meio século na história, uma nova revolução tecnológica, representada agora pela associação dos computadores à rede mundial de comunicação, que criou a Internet, abalaria, mais uma vez, não só as rádios, mas a própria televisão aberta, que se viram forçadas a buscar novos caminhos para reencontrar o público perdido.
Nesse sentido, pode-se afirmar, com mais propriedade, que as televisões tradicionais sofreram muito mais com a chegada dos novos meios de mídia do que o próprio rádio. A reinvenção constante das rádios, adaptando-se às novas tecnologias, tem permitido que esses veículos permaneçam ainda surfando na superfície das ondas, e com isso mantenham um amplo e fiel público, que ainda busca nas ondas sonoras diversão e informação. A experiência mostra que os primeiros sinais são de que a sobrevivência da imprensa está diretamente ligada à interação com leitores, ouvintes e telespectadores.
A frase que foi pronunciada:
“A TV dá a todos uma imagem, mas o rádio dá origem a um milhão de imagens em um milhão de cérebros.”
Wall Street Journal, escrito por Peggy Noonan, colunista opinativa.
Nos trilhos
Governo Bolsonaro aposta no transporte ferroviário. A Ferrovia Norte-Sul abre os trabalhos. O ministro Tarcísio Gomes, da Infraestrutura, explicou sobre os planos do transporte para os trens que transformarão o país, no canal oficial do presidente no Youtube.
Funciona assim
Cheio de afazeres, o dono de um restaurante em Santa Catarina, o Armazém Bistrô, pediu para os clientes na fila do pagamento irem pagando sozinhos com a máquina do cartão. A ideia deu certo e hoje Roberto Issa, o proprietário, continua seus negócios com muito sucesso. Os consumidores se sentem respeitados e muitas vezes pagam até mais do que o apontado na conta.
Despedida
Uma pena a administração da Rodoviária Interestadual dar ordens para o vigia não permitir que as pessoas fiquem juntas até a saída do ônibus ou aguardem a chegada dos parentes. O espaço é suficiente e essa privação quebra a tradição de dar adeus até o último minuto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Um serviço que está sendo feito pelo Departamento de Águas e Esgotos no Setor Comercial Sul, próximo ao edifício JK, interrompeu a pista de asfalto que demanda a W-3. (Publicado em 09.11.1961)