Venezuela seria nosso futuro

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Ariana Cubillos/AP (g1.globo.com)

 

Sejam quais forem os desdobramentos derradeiros que a crise na Venezuela venham a ter nesse momento tão crucial para o futuro de seu povo, um fato é indiscutível: permanecendo ou não o atual governo de Maduro, aquele país está visivelmente cindido, tanto pelas incontáveis vidas perdidas por conta da tirania, quanto pelos milhões de refugiados que provocou, pela fome que obrigou os outrora orgulhosos venezuelanos, a procurar comida no lixo e água para beber em escoadouros de esgoto e tantas outras desgraças gestadas por um regime de exceção.

Montado na corrupção e, segundo denúncias, no tráfico de drogas e armas, o regime de Maduro agoniza e quer levar junto parte da população para seu final trágico. Aliada com regimes igualmente cruéis, resta ao ditador poucas opções. Ou acaba de matar a outra parte dos venezuelanos que se opõe ao regime, para seguir governando literalmente sobre cadáveres, ou bate em retirada levando consigo o que restou do botim e dos saques praticados por anos seguidos.

De fato, segundo analistas, o regime de Maduro está, nesse momento, apoiado apenas por parte das Forças Armadas daquele país, embora conte ainda com o apoio e a logística de guerra de países como Cuba, Rússia, China e Coreia do Norte, países sabidamente avessos à democracia e à transparência do Estado. A um leitor normalmente distraído que questione que importância tem esses acontecimentos que ocorrem há milhares de quilômetros daqui em um país estrangeiro, é bom lembrar que muitos dos fatores que moldaram essa trajetória histórica malfadada foram diretamente legados dos governos petistas que por aqui também trataram de infelicitar a nação com sua pregação separatista odienta.

Foram as dezenas de milhões de dólares, extraídos sorrateiramente dos nossos cofres, que financiaram aquela ditadura, favorecendo a compra de armamentos de guerra sofisticados, muitos dos quais operados por soldados famintos e que viram muitos de seus conterrâneos morrerem ou migrarem. Com a iminente deposição do facínora que governa aquele país, qualquer que seja o seu destino final, um outro fato também é inconteste e, com certeza, estará também nos livros de história do futuro: Maduro é, ao lado de Chaves, seu antecessor, parte da galeria dos amigos do ex-presidente Lula, agora um simples presidiário, que vai, aos poucos, indo ao encontro do inexorável destino reservado aos tiranos e corruptos desse continente.

Poucas semanas antes, o mundo tomou conta também do suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia, outro político também contaminado pelo poderio corruptor de nossas empreiteiras e comparsa dessa mesma turma de malfeitores que infestaram o continente. Não bastassem as causas e consequências que levaram aquele país a esse desfecho sangrento, herdamos uma espécie de obrigação moral de continuar ajudando aqueles venezuelanos que acorrem as fronteiras em busca de abrigo, comida, remédios e outras necessidades humanas. Até porque a Venezuela hoje é um retrato acabado de um futuro que, por pouco, não nos coube também e que, por sorte do destino ou outro fator, escapamos na undécima hora.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quer saber o futuro político do Lula na prisão? Come chiclete e pão.”

Gabriel Silva, 10 anos depois de fazer a experiência química na escola.

 

 

 

Mérito

Foi um final feliz para os brasileiros. Seis instituições do país receberam reconhecimento pelo trabalho apresentado nas finais do ICPC – International Collegiate Programming Contest, concurso mundial de programação informática. O Instituto Militar de Engenharia, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade de S. Paulo- Campus de São Carlos, a Universidade Federal de Campina Grande, A Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade de Brasília.

Foto: Time da UnB chega à final de competição internacional de programação (correiobraziliense.com.br)

 

 

Campeões ICPC

A competição aconteceu em Portugal, na cidade do Porto. Dos 1500 melhores estudantes universitários de informática do mundo, o título foi para a Universidade Estatal de Moscow, da Rússia, que já era a campeã e reprisou assim o resultado.

 

 

Conquista

Por falar em campeonato, a Go Cup, maior torneio de futebol da América Latina, aconteceu em Goiânia. Sob o comando dos professores César Teixeira e Evaldo Maciel, os campeões são da categoria SUB7, nascidos entre 2012/2013. Hoje a garotada estará comemorando a partir das 19h no boliche Striker do Pier 21.

 

Novidade

Medicamento para tratar de atrofia muscular espinhal está chegando ao SUS. O aviso é do Ministério da Saúde.

Foto: Erasmo Salomão/MS (politicadistrital.com.br)

 

 

Quermesse

Nos dias 3 e 4 de maio começa a temporada de festas juninas. A paróquia da Consolata dá início às quermesses da cidade. 19h, na 913 Norte. Entrada R$ 8,00.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um dos primeiros atos do ministro da Justiça, foi recomendar moralidade, no uso dos carros oficiais. É que mesmo com a proibição por parte do Chefe da Casa Militar, ainda tem havido abuso na utilização dos próprios do governo. (Publicado em 19.10.1961)

A mais penosa e gratificante das reformas

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ARI CUNHA – In memoriam

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Timing, uma expressão da língua inglesa, ganhou, entre nós, um significado além daquela proposta pela palavra em sua origem. Entre os brasileiros, a expressão passou a significar aquele que age no tempo certo, em sintonia com as demandas do momento. Foi justamente o que aconteceu agora com a eleição de Jair Bolsonaro. Não se sabe se consciente dessa atitude ou não. O fato é que apresentou sua candidatura à presidência mesmo contra todas as probabilidades e contra a previsão dos principais órgãos de pesquisa de opinião e de grande parte da imprensa televisiva, radiofônica e impressa.

Venceu com um discurso direto e sem rodeios, falando exatamente o que os eleitores queriam ouvir naquele momento. Pode ser que os ventos mudem, mas até lá terá feito seu trabalho. Nesse sentido, Bolsonaro teve o timing preciso e se destacou dos demais concorrentes e quase sendo eleito ainda no primeiro turno.

Foto: Patrick Rodrigues / Agencia RBS

Se de certa forma foi uma vitória fácil e de baixo custo, o desafio que terá pela frente será ciclópico. Bolsonaro sabe, e já disse, que se falhar nessa missão, as chances do Partido dos Trabalhadores, ou mais precisamente o lulismo, retornar são imensas e ele voltará ainda mais assanhado e arrasador. O futuro presidente sabe também que serão feitas todas as tentativas possíveis, lícitas ou não, para desestruturar sua gestão nos próximos anos. É do seu conhecimento também que a imensa rejeição ao lulismo, empurrou boa parte do eleitorado ao encontro de sua pregação.

Dos enormes desafios que terá pela frente, um se destaca como o fundamental e que poderá garantir, inclusive, sua reeleição. Trata-se de uma tarefa por demais delicada e que pode acarretar muitas críticas e dissabores, mas que se faz premente, se quisermos, algum dia, ocupar um lugar de destaque no mundo das ciências. Para tanto, terá que contar com a assessoria dos melhores e mais bem preparados auxiliares.

A reforma das universidades públicas é hoje o maior e mais sensível desafio de todos. Já se sabe que o conhecimento científico é um dos principais referenciais de riqueza de uma nação. País rico é aquele que produz hoje ciência e tecnologia. O problema maior nesse caso, e mais urgente, é descontaminar ideologicamente as universidades públicas, livrando-as dos grilhões obtusos de uma esquerda anacrônica, que usa essas instituições como braços avançados de partidos radicais. Deixando claro que há exceções.

Quem visita hoje qualquer universidade pública no país se depara com o caos, com a depredação, com as invasões, com as paralisações constantes dos trabalhos, com alunos semianalfabetos que só sabem repetir refrães gastos e sem sentido.

Foto: aluizioamorim.blogspot.com

Ademais, é preciso reforçar, lembrar e cobrar o fato de que essas instituições são bancadas pelos contribuintes. Obviamente que não se trata aqui de retirar das universidades a pluralidade de pensamento, necessária e fundamental para o desenvolvimento de toda e qualquer ciência. Que não venham com inversão dos sentidos semânticos. Sugestão de leitura: A corrupção da inteligência, de Flávio Gordon.

Quem viaja pelo mundo, e mesmo os estudantes bolsistas, se assusta com a qualidade das universidades estrangeiras, principalmente com a ordem interna adotada pelas reitorias. Não há depredação do patrimônio, não há evasivas para não assistir aulas. Professores e alunos produzem e são constantemente cobrados.

Não surpreende, pois, que esses países ostentem altos níveis de ensino e são detentores da maioria dos prêmios Nobel do mundo. Tristemente, o Brasil, pelo seu tamanho e importância, não sabe o que é e qual a importância dessa premiação.

De saída, uma boa medida seria o estabelecimento de um novo teto salarial, que passaria a ter como referência o salário de um professor ou pesquisador universitário, com dedicação exclusiva e no final de carreira. É um parâmetro justo para quem orientou e instruiu nossas autoridades e líderes.

Quando o país passar a adotar esse novo referencial, as coisas vão mudar, com todos voltando a desejar e respeitar a profissão de educador. Antes, contudo, é preciso fazer uma faxina geral nessas instituições, demitindo e jubilando professores e alunos que não fazem jus ao que recebem. Dispensar aqueles que os contribuintes desembolsam para bancar os privilegiados.

Ou é isso ou continuaremos patinando na lama por mais um século, vendendo milho e soja como feirantes do planeta, isso em pleno século XXI.

 

A frase que foi pronunciada:

“Se então um fim prático deve ser atribuído a um curso universitário, eu digo que é o de treinar bons membros da sociedade… É a educação que dá ao homem uma visão clara e consciente de suas próprias opiniões e julgamentos, uma verdade em desenvolvê-los, uma eloquência em expressá-los e uma força em exortá-los. Ensina-o a ver as coisas como elas são, ir direto ao ponto, desenredar um misto de pensamento para detectar o que é sofista e descartar o que é irrelevante ”.

– John Henry Newman, a ideia de uma universidade

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

PS.: A Embaixada de Israel quer saber a razão do título da nota “Atiradores”, na coluna do dia 04/11/2018. Eu não sei porque o título não foi dado por mim.

E mais: os parafusos da chapa são por conta do proprietário do carro. Então acontece isto: ou a chapa é presa com arame, ou o proprietário do carro terá que procurar o Paraguaio para lhe vender seis parafusos, que custam 60 cruzeiros. (Publicado em 04.11.1961)