Avanço inesperado

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: TVBrasil

 

Notícia veiculada no Correio Braziliense na edição de 31/05, dando conta de que, no Distrito Federal, existem nada menos do que 5.589 pessoas, com mandado de prisão em aberto, e que estão sendo procuradas pela polícia. Muitos desses indivíduos aproveitaram as saídas temporárias e, simplesmente, resolveram não retornar à cadeia. Outros ainda não foram alcançados pela justiça e continuam foragidos. Números como esses mostram que, nas ruas do Distrito Federal, apesar, segundo as autoridades, do policiamento ostensivo, circulam livremente uma quantidade pra lá de preocupante de indivíduos que respondem por todo o tipo de crime. À esses, somam-se outros tantos que ainda não estão na mira da lei, mas que também vêm, sistematicamente, praticando impunemente crimes diversos, alguns inclusive de alto poder ofensivo.

Obviamente que esses criminosos, dada a forte concorrência, preferem atuar nas áreas mais ricas do Distrito Federal, onde, há tempos, vêm amedrontando a população, quer em residências, quer no comércio local. O mais espantoso é que todo esse contingente de malfeitores tende a crescer a cada ano que passa, pois a justiça e a polícia, simplesmente, não dão conta de controlar, perseguir e prender tanta gente.

Quem circula pelo comércio local em toda a parte do Plano Piloto pode observar o comportamento, quase paranoico, dos empresários e empregados, toda a vez que um cliente adentra o estabelecimento. O número de furtos e assaltos ao comércio são frequentes. Muitos comerciantes, fregueses assíduos dos marginais, já nem se dão ao trabalho de fazer boletim de ocorrência. Os assaltos e roubos praticados por menores de idade e que ocorrem com grande frequência, normalmente não resultam em punições compatíveis com o grau e dano do crime praticado. Muitos comerciantes do Plano Piloto, conscientes da pouca efetividade dos órgãos de segurança, optam pela instalação de alarmes, câmeras e pelo policiamento privado, realizado por empresas especializadas nesses serviços.

Aliás, dadas as circunstâncias de insegurança geral da capital, não existe, hoje, negócio mais lucrativo do que empresa de segurança privada. A situação, segundo a reportagem, é ainda mais complicada, quando se sabe que as unidades prisionais do Distrito Federal possuem a capacidade máxima para 9.177 presos, sendo que, atualmente, existem quase 16 mil custodiados pelo Estado, alguns, inclusive, monitorados por tornozeleira eletrônica.

A matéria elaborada por Pablo Giovanni mostra que não há, nesse momento, condições humanas para capturar ou recapturar todos os marginais que ainda estão soltos pelas ruas da capital. Simplesmente, não há espaço para todo mundo. O que é fato é que deixar todo esse contingente de criminosos soltos pelas ruas só faz aumentarem os índices de violência.

Outro fato é que, à medida em que a violência cresce, decresce, na mesma proporção, o descrédito da população em relação à segurança pública. Questão preocupante é dada pela constatação de que, embora a população do Distrito Federal venha crescendo nessas últimas décadas, o número de efetivos da polícia civil e  militar estão diminuindo sensivelmente a cada ano.

Esse é um fenômeno presente em todas as grandes cidades deste país: existe muito mais criminosos presos e soltos pelas ruas do Brasil que policiais aptos para prendê-los. A bandidagem sabe que, pela falta de espaço nas prisões e pelo custo unitário de cada preso pelo Estado, as chamadas audiências de custódia apresentam boa chance de que a prisão em regime fechado não ocorra.

Na outra ponta, onde estão os muitos marginais com alto poder financeiro, capazes de contratar bons advogados, a prisão é quase um fato raro. Se não forem revistos com urgência, todo esse sistema leniente e nada efetivo de combate à criminalidade em nosso país chegará um dia em que medida alguma resultará em sucesso, dado o número espetacular de bandidos impunes e à solta em cada esquina de nossas capitais.

 

A frase que foi pronunciada:  

“Um psicopata pode dizer o que você está pensando, mas o que ele não faz é sentir o que você sente. São pessoas sem consciência.”

Robert D. Lebre

 

História de Brasília

A ponte aérea não está funcionando direito. As informações sobre aviões são as mais diversas. O passageiro não sabe ao certo em que equipamento voará, e a questão de horário não está sendo seguida a contento, porque vários vôos são cancelados. (Publicada em 10.04.1962)

Grupos criminosos se alastram na capital do país

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Foto: Alexandre de Paula/CB/D.A Press

 

Não é de hoje que as autoridades de segurança e inteligência reconhecem que é de dentro dos diversos presídios, espalhados pelo país, que operam os centros nervosos de controle e de recrutamento contínuo das grandes organizações criminosas que atuam hoje em todo o nosso território. O quartel-general do crime desses diversos e perigosíssimos grupos possui endereço fixo, salas de reuniões, celulares, visita constante de advogados e familiares que agem como pombos, refeição na hora certa, cumplicidade de carcereiros amedrontados, morosidade e benevolência da justiça, segurança vinte e quatro horas, o que permite a essas organizações trabalharem, com afinco, no aperfeiçoamento de suas “empresas” e de seus métodos.

A infraestrutura precária de muitas dessas prisões e a superlotação ajudam na montagem desses grupos. Conversas obrigatoriamente em sigilo com advogados e durante as visitas íntimas auxiliam na circulação de mensagens e ordens. A simples falta de bloqueadores de celulares e outros instrumentos de telecomunicação reforçam a ida e vinda de ordens e contraordens.

Num ambiente como esse, onde as normas rígidas de controle são condenadas constantemente pelo pessoal dos Direitos Humanos e onde as regalias são obtidas com o dinheiro farto do crime, não surpreende que essas organizações estejam em franco desenvolvimento.

Ainda há uma equipe bem montada, trabalhando dentro e fora das cadeias, que colabora para a sincronização das ações criminosas. Não bastasse tanta facilidade, esses grupos contam diariamente com a chegada de novos presos, que irão forçosamente compor o exército desses malfeitores. Com dinheiro, organização e hierarquia esses grupos se proliferam também dentro de presídios considerados de segurança máxima. Para assegurar que essas organizações trabalhem sem incômodos, existe ainda uma legislação, que, aos olhos do cidadão de bem, parece favorecer mais o bandido do que a vítima.

Contando com a solidariedade dos garantistas do judiciário e de parte dos partidos de esquerda, que os vêm como vítimas da sociedade, não causa surpresa que esses grupos encontram, em nosso País, um território propício para expandir seus negócios. Não causa surpresa também que a população da capital do País venha assistindo com temor a expansão dessas organizações na cidade e nos arredores, inclusive com a formação de grupos nascidos e criados nas diversas regiões administrativas.

A prisão agora de um certo CDC na periferia da capital confirma outra dura realidade que é a consolidação de cidades, que nada mais são do que currais políticos, criadas da noite para o dia, sem infraestrutura alguma e onde a juventude local, à falta do que fazer, vem se juntar a esses grupos em busca de um futuro que não existe.

Nesses casos, os culpados diretos estão longe dessas regiões, só reaparecendo de quatro em quatro anos, para dar prosseguimento a essa tragédia anunciada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

 “Era só não falar.”

Conselho de Lula, sobre jornalistas, a Palocci.

Charge: ibamendes.com (Quinho)

 

A verdade

Sem entrar no mérito da questão, a natureza das notícias fascina. Virando as páginas dos jornais, o fogo intenso contra quem quer acabar com a corrupção é interrompido pela fala do braço direito do PT, Antonio Palocci. Organizado do jeito que é, os detalhes não escaparam sobre os 12 políticos e as 16 empresas delatadas.

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

 

 

Redação

Atenção escolas de Brasília! Amanhã é o último dia para as inscrições para a participação no projeto Jovem Senador, com o tema “Cidadão que acompanha o orçamento público dá valor ao Brasil”. Mais informações a seguir.

–> Inscrições para o Programa Jovem Senador terminam -em 16 de agosto

Da Redação | 09/08/2019, 18h59

Termina dia 16 de agosto, sexta-feira, o prazo para que estudantes de escolas públicas estaduais de ensino médio participem do concurso de redação do programa Jovem Senador. Criado em 2008, o programa seleciona, por meio de concurso anual, 27 alunos para vivenciarem em Brasília uma semana de atividades similares às dos senadores. Neste ano, o tema da redação é “Cidadão que acompanha o orçamento público dá valor ao Brasil”.

As inscrições são feitas pelas escolas. Dia 16 é o prazo final para os estudantes entregarem as redações às escolas. Cada escola pode inscrever apenas uma redação. A seleção da redação que representará o estado no programa é feita por uma comissão Secretaria Estadual de Educação.

O programa tem como objetivo fortalecer a reflexão em torno de valores como política, representação e cidadania. Por isso, são escolhidos os autores das 27 melhores redações, uma por unidade da Federação, que participarão, em Brasília, do processo de discussão e elaboração das leis do país, simulando a atuação dos senadores da República.

A “legislatura” tem duração de quatro dias e inicia-se com a posse dos jovens senadores e a eleição da Mesa. Os trabalhos são encerrados com a aprovação dos projetos pelos participantes. As proposições podem ser aproveitadas pelos senadores. Desde a primeira edição, 40 delas foram aceitas como projetos de lei do Senado e duas como proposta de emenda à Constituição. O programa já envolveu mais de 1,5 milhão de alunos e 41 mil professores, numa parceria que resultou na produção de quase 700 mil redações.

A estudante de jornalismo Bianca Anselmo, moradora de Planaltina e representante do Distrito Federal na edição do Jovem Senador 2018, diz que a participação no programa foi fundamental na escolha do curso. Para ela, o programa é uma forma empoderar o jovem na política.

— Comecei a me interessar por política e descobri a importância de se saber como um projeto de lei é elaborado.

Orçamento Fácil

Para as redações da edição 2019, os estudantes podem contar com as ajuda da série Orçamento Fácil, produzida pela Secretaria Agência e Jornal do Senado (SAJS). São animações curtas, com liguagem simplificada, didática e lúdica, que buscam esclarecer a tramitação das leis orçamentárias no Congresso Nacional e sua importância no dia a dia do cidadão, além de contribuir para a fiscalização tanto dos recursos arredacados por meio de impostos quanto da forma como esses recursos são utilizados.

Os vídeos podem ser acessados no endereço www.senado.leg.br/orcamentofacil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

 

 

Ambiente

Chega a notícia de que o governo Bolsonaro passa a usar uma classificação nova de toxicidade de pesticidas, tomando como base o padrão internacional.

Foto: contraosagrotoxicos.org

 

 

Novidade

Quem entrar no grupo dos Mais Médicos poderá receber um piso de R$12,3 mil além de gratificação. Local de trabalho, tempo de contrato desempenho e especialização seriam alguns dos critérios de aumento nos vencimentos.

 

 

 

Absurdo

Exigência absolutamente sensata das empresas aéreas em não aceitar check-in de pessoas que viajam com crianças. É preciso ver os documentos no balcão. Mas não há explicações para um casal comprar as passagens e ter que se sentar longe da criança de 3 anos. Ou paga pelas bagagens e acentos ou fica à mercê da boa vontade dos passageiros e tripulantes que têm o trabalho do remanejamento.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um colega nosso querendo presentear o filho, comprou um “Boliche Trol” em Brasília, por 1.400 cruzeiros. Pouco depois, lendo seu próprio jornal, encontrou um anúncio de um caso do Rio, vendendo o mesmo brinquedo por 275 cruzeiros. (Publicado em 28/11/1961)