É pela W3 que Brasília encontrará seu futuro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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W3 Sul. Foto: Arquivo Nacional

 

Um dos principais requisitos, que deveria ser exigido e cobrado dos candidatos ao governo do Distrito Federal, seria seu comprovado amor pela cidade. Com apenas essa exigência, todos os demais atributos e promessas dos postulantes ao comando da capital seriam desnecessários. Primeiro porque o amor verdadeiro a algo e a alguém já pressupõe, por parte do sujeito, que todas as medidas e ações que vierem a ser adotadas, em prol de seu objeto, serão as mais dignas e elogiáveis possíveis.

Obviamente que, em se tratando de políticos e sua pouca inclinação para as coisas do coração e dos sentimentos de alma, exigir deles dedicação amorosa seria um absurdo sem cabimento. Em face dessa impossibilidade, a segunda melhor exigência seria aquela que vinculasse o candidato à história da cidade e, principalmente, à sua gente, de forma que seriam aqueles candidatos naturais somente os indivíduos que, por sua atuação pretérita, manteriam laços de amizade e de trabalhos com a comunidade. Um cidadão conhecido por todos e por muitos admirado, pelo empenho e dedicação às causas da cidade. Claro que essas seriam exigências muito além da política e muito próximas à ética humana para serem cobradas. Na falta desses critérios, a terceira e melhor opção recairia sobre o candidato que, uma vez escolhido pela população, mostrasse, logo no primeiro momento, a que veio.

Como toda a arrumação, como rezam os manuais, deve ser feita, primeiramente, de dentro para fora, torna-se notório que a administração da capital deveria começar a ser feita tendo o Plano Piloto como ponto de partida. As razões aqui são muitas, sendo, a principal, a importância que essa área tem para os brasileiros e, principalmente, para os brasilienses. É no Plano Piloto que se concentram as principais atividades da capital e onde está a maioria dos empregos e o ganha pão de muitos cidadãos da grande Brasília.

Saber controlar e entrosar as exigências urbanísticas, próprias de uma cidade tombada, com o desenvolvimento da metrópole, é providência primeira em todo e qualquer governo da capital. Nesse caso, incluem os diversos projetos de revitalização de áreas urbanas centrais, a começar pela grande Avenida W3 Norte e Sul.

Sem o retorno desse eixo de comércio e lazer pioneiro, quaisquer outras medidas visando reascender o interesse da população e o soerguimento da economia da capital serão em vão. Somente aqueles que não acompanharam o nascimento de Brasília não percebem o quão importante é a volta de atividades ao longo da W3 para o renascimento da cidade. De forma geral, calçadas padronizadas, largas e iluminadas, unindo essas duas pontas da cidade e criando o que, talvez, possa vir a ser o maior eixo contínuo de comércio e lazer da América do Sul, não deixa dúvidas que irá beneficiar a todos que moram dentro do imenso quadrilátero do Distrito Federal.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Dê-lhes qualidade. É o melhor tipo de publicidade.”

Milton Hershey

Milton Hershey. Foto: Bettmann / biography.com

 

Iniciativa

Foi muito interessante a alternativa anti ataques de bloquear o sinal de celular na Esplanada dos Ministérios, durante as manifestações de Sete de Setembro. Pena não terem adotado a mesma iniciativa no dia 8 de Janeiro. Os eleitores e pagadores de impostos seriam poupados.

Foto: Edison Bueno/Photopress/Estadão Conteúdo/Reprodução

 

Movimento

Completamente mobilizada a população do Lago Norte para acompanhar as tratativas do GDF com a “criação de unidade imobiliária para o Parque das Garças, e de mais 05 (cinco) lotes para usos comerciais e de serviços, além de áreas destinadas a estacionamento de 325 vagas, bicicletário, vias de circulação, áreas verdes e espaços livres de uso público”.

 

Ecad

Desaparecido das mídias, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição passou por uma reformulação. Agora é administrado por sete associações de gestão coletiva. O banco de dados é um dos maiores da América Latina, reunindo 16 milhões de obras musicais, 13 milhões de fonogramas e 305 mil obras audiovisuais.

 

História de Brasília

O leite, poderia ser entregue na proporção de 2 garrafas por pessoa, o azeite, uma lata por pessoa, e o arroz, um quilo para cada comprador. (Publicada em 18.03.1962)

Projetos e revitalizações

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Foto: jornaldebrasilia.com

 

          Entra governo e sai governo e a promessa de que o instituto da reeleição será definitivamente enterrado vai ficando de lado, mesmo já tendo demonstrado o quão esse modelo é danoso para nossa democracia, principalmente pela utilização da máquina pública em favor daqueles candidatos que estão no poder. Por outro lado, é preciso notar que não basta a renovação de nomes no governo se as ideias e os projetos persistirem os mesmos. O tempo muda e com eles as prioridades. O que era antes uma inovação, hoje pode ser um estorvo e uma velhacaria.

         Desse modo, ao iniciar-se os novos governos que eles venham trazendo mudanças qualitativas, sobretudo na parcimônia e racionalidade com que irão lidar com os recursos públicos. Por isso, antes da implementação de projetos mirabolantes e dispendiosos as regras da boa administração mandam escutar, diretamente daquela população-alvo, que prioridades ou obras ela elege como correta para cada momento.

         Nesse início de campanha muitos candidatos ao Governo do Distrito Federal têm apresentado programas e projetos, principalmente grandes obras de infraestrutura como novas pontes sobre o Lago Paranoá e nova extensão da linha do metrô subterrâneo, sem que a população dessas localidades seja, ao menos, consultada sobre essas prioridades e urgência. Trata-se de um crasso erro de estratégia, de marketing , e que pode , facilmente resultar em gastos astronômicos e desnecessários, que, não raro, transformam essas obras ou num esqueleto inacabado e dispendioso ou num chamado elefante branco, pousado estranhamente na paisagem , como um símbolo da gastança e o que é pior, da corrupção.

         Grandes obras que no passado recente eram anunciadas como redentoras e de grande visão estratégica e administrativa, hoje estão sem uso e sendo corroídas pelo tempo. Verdadeiros monstrengos a homenagear governos perdulários, muitos, inclusive alvo de processo na Justiça. Exemplos como o Estádio Mané Garrincha, com sua arquitetura paquidérmica e inútil e o Buritinga, complexo de edifícios que serviriam para abrigar o GDF estão aí, de pé, como estátuas gigantescas a celebrar ao mau uso ou o desvio de dinheiro público.

         Há ideias e projetos que por sua inventividade e oportunidade nada ou pouco custam ao contribuinte e que muito podem ajudar a melhorar a vida dos brasilienses. Outras iniciativas e projetos devem, por sua urgência, serem continuados e até expandidos, como é o caso da revitalização das avenidas W3 Sul e Norte. Esses dois importantíssimos eixos comerciais e que por décadas foram esquecidos, merecem ser melhor repaginados do ponto de vista arquitetônico e econômico, trazendo de volta o valor que essas avenidas merecem.

         Uma ideia, para dar início a essa revitalização econômica e que nada custaria aos cofres da capital, seria deslocar o eixão do lazer do ponto em que ele hoje está, no eixo rodoviário Norte e Sul para a W3, fechando todo aquele corredor ao trânsito nos domingos, de uma ponta a outra, para atrair a população de pedestres e ciclistas para essa área. Outra ideia, que muito ajudaria a população seria o estabelecimento de uma espécie de transporte público náutico ligando as margens do Lago Paranoá, permitindo o deslocamento e lazer da população de uma localidade para outra.

         Ideias poderiam ser testadas como projetos pilotos para se saber o resultado dessas experiências e sua viabilidade. É preciso, no entanto, que o governo que virá, volte a implementar o orçamento participativo no qual a população diz em quais projetos devem ser investidos a dinâmica administrativa e o dinheiro dos pagadores de impostos. Lembramos aqui a importância para a vida cultural da cidade como a definitiva reforma dos teatros, a retomada de projetos culturais pela cidade ao estilo do Concerto Cabeças , Cinema Voador, Arte por Toda a Parte entre outros projetos, que tanto bem fizeram a cidade e onde nomes da cultura local foram revelados. Já é um bom começo.

A frase que foi pronunciada:

“Na cidade, a pressão da opinião pública é capaz de fazer o que a lei não consegue.”

Sherlock Holmes

Sherlock Holmes. Imagem: pt.wikipedia.org

 

Vulneráveis

Seria bom se o GDF divulgasse o investimento feito para crianças e adolescentes na cidade. O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente tem dotação mínima de três décimos por cento da receita tributária líquida. Não é pouco dinheiro. E, na lei, é vedado o contingenciamento ou o remanejamento dos recursos destinados desse fundo.

Imagem: gov.br

 

Estúdio Barroco

Ana Cecília Tavares (cravo), André Vidal (canto), Cecília Aprigliano (viola da gamba) e Sueli Helena (flauta doce) vão lançar o CD Damas Virtuosas, na terça-feira (21/08), às 21h, no Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental), e na quinta-feira (23/08), às 21h, no Teatro da Escola de Música de Brasília (602 Sul). O concerto será apresentado dentro da série Concerta EMB. Não recomendado para menores de 14 anos. Os CDs estarão disponíveis para venda nos intervalos das apresentações ao preço de R$ 20.

 

Convite

Brasil Paralelo convida a todos para a Guerra do Imaginário – A jornada de Chesterton, Lewis e Tolkien, dia 25 de agosto às 20h. Para assistir, busque na Internet pelo título.

 

História de Brasília

É de descalabro, a situação de Taguatinga com relação a transportes. Quem precisa chegar ao Plano Pilôto às 9 horas, está saindo de casa às seis, porque não sabe o que lhe espera em matéria de imprevistos. (Publicada em 09.03.1962)

Reinventando a roda

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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W3 Norte, Quadra 716 (Foto: chiquinhodornas.blogspot.com)

Ao novo governador que chega, todo o crédito é devido. Isso não quer dizer que a imprensa e principalmente a população, sobretudo aquela que votou em seu oponente, vá fechar os olhos para as novas diretrizes que vierem a ser adotadas pelo GDF a partir de primeiro de janeiro de 2019.

Principalmente medidas que venham alterar, para pior, o planejamento urbano de Brasília. A Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) tem sido, desde seu surgimento, uma verdadeira caixa de marimbondos para os últimos governadores que o antecederam. Nenhum deles conseguiu levar a bom termo o conjunto de normas que introduz e modifica alguns aspectos da vida urbana da capital.

As razões para esses constantes adiamentos são várias, mas o fundamental é que a Lei bate de frente com os múltiplos interesses da população. Querer a aprovação agora, no fim dessa legislatura e do mandato de seu antecessor, definitivamente, não é uma boa medida. Os diversos riscos apontados por entidades comunitárias e de defesa do patrimônio histórico, arquitetônico e urbanístico, com certeza, poderão contaminar sua gestão, logo na largada, criando situações irreversíveis que poderão repercutir ao longo de todo o seu mandato.

Manda a prudência que normas complicadas como essa, regulando praticamente todo o funcionamento de uma cidade, que na sua parte principal, foi milimetricamente estudada e planejada, seja decidida somente após exaustivos debates com as miríades de entidades especializadas no assunto. Cuidaria melhor S. Exª se antes de apressar o passo, aprovando projeto tão complexo e vital para a cidade, cuidasse de outros aspectos urbanísticos, até mais urgentes, como a revitalização das W3 Norte e Sul, a recuperação do Setor Comercial Sul, as invasões, os puxadinhos, entre tantos outros necessitando a tempos de profundas reformas.

Lembramos ao sr. Ibaneis que essa Coluna vem acompanhando, pari passu o crescimento da cidade desde os fins dos anos cinquenta. Desde aqueles longínquos dias, assumimos uma posição em defesa da nova capital. Sabemos o quão difícil foi chegarmos até aqui.

Com a emancipação política da capital, fato que nos opusemos desde o primeiro dia por sua precipitação e por que víamos nessa medida razões que iriam beneficiar muito mais os especuladores e empreendedores do que o futuro da própria capital e de seus habitantes, demonstrou-se acertado. A capital a partir de então, experimentou um inchaço sem precedentes, destruindo praticamente todos os serviços públicos que eram exemplo para todo o país. Hoje o que temos é uma cidade sucateada que convive com os mesmos problemas das demais capitais espalhadas pelo país. Portanto cabe aqui um conselho a quem ainda é detentor de crédito junto aos cidadãos: cuidado com áulicos e bajuladores que sopram em seu ouvido, isolando-o da realidade que se arrasta fora dos limites do Buriti.

E sobre questões de planejamento urbano, que teve à frente uma dupla dos maiores gênios já reunidos num só propósito: Não pretendam reinventar a roda com outro formato!

 

A frase que foi pronunciada:

“Além de uma certa velocidade, os veículos motorizados criam um afastamento que eles próprios podem encolher. Eles criam distâncias para todos e diminuem para apenas alguns. Uma nova estrada de terra através do deserto traz a cidade à vista, mas não ao alcance, da maioria dos agricultores brasileiros de subsistência. A nova via expressa expande Chicago, mas suga aqueles que estão bem longe de um centro da cidade que se transforma em um gueto.”

– Ivan Illich, Energia e Equidade

 

Imperdível

Aida Kellen, Duli Mittelstedt e Sergio Morais prometem um concerto de alto padrão na apresentação de “O negro e a sua música”. Dia 14 às 19h30, no Teatro do Espaço Cultura Ary Barroso, no Sesc da 504 Sul.

Cartaz: facebook.com/events/261551651076832

Debates

Falando em música, o debate esquentou no Senado na audiência pública comandada pelo senador Cristovam Buarque. O arrefecimento veio quando Cláudia Queiroz resumiu o que a classe queria ouvir. A participação efetiva e democrática dos brasileiros na escolha dos representantes da entidade. Era o que estava registrado em um manifesto nascido no Fórum Nacional de Música. Na prática, o que os músicos querem são novas eleições.

 

Lar São José

Bem engajado nas redes sociais, o Lar São José, ligado à Casa do Candango, aceita todos os tipos de doação. É só agendar que a Kombi busca. Como o Natal está chegando e os corações se aquecem, segue o número para contato: 3591-1051.

Capa: facebook.com/larsaojose.casadocandango

Agenda

Por falar nisso, “A solidariedade unindo as nações” é o mote da Feira das Embaixadas. Toda a verba arrecadada será doada para instituições de caridade do DF. Dia 10 de Novembro, no Parque da Cidade.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os funcionários trabalham sem nenhuma comodidade, num barraco impróprio, onde, quando lavam o andar superior, os de baixo suspendem o trabalho, por causa da água que vem do teto. (Publicado em 04.11.1961)