Lixo: um problema sempre atual

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília

 

         Um fato que ninguém pode negar, é que a humanidade evoluiu bastante ao longo dos séculos, isso em todas as áreas do conhecimento, principalmente após a chamada Revolução Industrial, quando passou a substituir a força humana, pela força das máquinas. Com isso multiplicou a produção, encurtou distâncias, transferindo boa parte da população do campo para as cidades.

         Nenhuma outra revolução foi capaz de trazer tanto dinamismo e transformação no modo como as pessoas se relacionavam com o planeta. Infelizmente o progresso trazido pela introdução das máquinas no cotidiano humano, se mostrou, ao longo dos séculos, incapaz de também de resolver alguns problemas gerados pelo fenômeno da superprodução e do excesso de bens de consumo descartados na forma de lixo. É possível verificar que muitas comunidades rurais, distantes dos centros urbanos, ainda hoje sabem muito bem como lidar com o excesso de produtos e com os resíduos para descarte.

         Restos de comida vão para as galinhas, para os porcos ou para as composteiras para virarem adubos. Roupas usadas vão para os menores ou viram pano de chão e assim por diante, nada é desperdiçado. Nesses locais a produção de lixo é ínfima, existindo uma espécie de economia circular, com consumo moderado com um máximo de reaproveitamento dos bens.

         O homem urbano atual, no entanto, parece ter esquecido dessas lições, vindas do passado, produzindo cada vez mais e consumindo como nunca. Com isso produz também uma quantidade espantosa de lixo diariamente. Cada brasileiro gera, em média, 1 kg de lixo. Ao final de um ano cada brasileiro terá gerado cerca de 343 quilos de lixo. Multiplicando essa quantidade de resíduos pelo número de habitantes em nosso país que é hoje de 218 milhões, temos que por dia, somente se referindo a produção individual, temos 218 milhões de quilos ou 218 mil toneladas de lixo. Ao fim de um ano a população brasileira terá produzido 74.774.000 toneladas de lixo.

         No Brasil, atualmente são cerca de 3 mil lixões e aterros à céu aberto. A promessa de acabar com essas montanhas de lixo, incrivelmente poluentes, conforme estabelecida pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) ficou no papel. O problema é que elas estão presentes em todas as regiões do país, muitas delas, cerca de 39% depositadas em áreas inadequadas do ponto de vista ecológico. Isso significa que estão poluindo os cursos d’água superficiais e subterrâneos, contaminando o solo e envenenando homens e animais.

         Mais de trinta milhões de toneladas de lixo vão parar nesses aterros improvisados que não param de crescer. No mundo a geração atual lixo gira em torno de 2,1 bilhões de toneladas, podendo atingir a marca de 3,8 bilhões de toneladas em 2050, uma marca impossível de ser suportada pelo planeta.

         Apesar de todos os problemas gerado pela super produção de resíduos sólido, a quantidade de lixo em todo o planeta continua a aumentar. A questão aqui é que a reciclagem de resíduos sólidos em nosso país e no restante do mundo ainda é muito pequena, e não resolve esse que é uma das maiores dores de cabeça para aqueles que pensam em gestão de cidades.

         Em 2050 o Brasil, a continuar sem uma política adequada de coleta e destinação de lixo, estará gerando cerca de 120 milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que é uma quantidade bem acima dos padrões mínimos aceitáveis. O problema é tão sério mundo afora, que existem hoje países que exportam boa parte de seu lixo para outros cantos do mundo, em troca de pagamento para cada tonelada aceita. Essa situação escala para a catástrofe quando se verifica que cerca de 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo não possuem acesso aos serviços básicos de limpeza urbana e coleta de lixo.

         Em nosso país, uma em cada dez pessoas não possui esses serviços, descartando os resíduos sólidos na beira dos cursos de água ou em áreas impróprias. Quanto mais produção, mais consumo e mais lixo. O que se sabe é que a humanidade está rapidamente alcançando um ponto máximo e extremo na produção de lixo. A partir desse patamar,  teremos que passar a viver literalmente  sobre o lixo e em função dele.

 

A frase que foi pronunciada:

“Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem.”

Lya Luft

Foto: Katherine Coutinho / G1

 

História de Brasília

O regime parlamentarista trouxe isto: ontem, foi protestado nesta praça, um título do “Comité Volte JK 65”… (Publicada em 11.04.1962)

Febre alta no planeta Terra

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Residente local gesticula, enquanto segura mangueira de água vazia, em tentativa de extinguir incêndios florestais na Grécia, no dia 08 de agosto. Foto: Angelos Tzortzinis/AFP

 

No mundo todo, a fúria da natureza dá mostras de que algo preocupante está a caminho. No Canadá, um país costumeiramente frio, as temperaturas neste ano bateram recordes. Na região da Colúmbia Britânica, os termômetros registraram 50 graus centígrados, o que provocou a destruição, por um incêndio florestal, de toda a pequena cidade de Lytton. No Norte da Europa, as cheias dos rios provocaram alagamentos nunca vistos na Alemanha e Áustria. Os desastres naturais vêm se acentuando a cada estação. Todo o hemisfério Norte experimenta, este ano, recordes de calor. Na Itália, os termômetros têm marcado temperaturas acima dos 40 graus em muitas regiões. Centenas de vidas foram perdidas apenas nas enchentes que devastaram parte da Holanda e Luxemburgo.

Para os climatologistas, esses são os fenômenos mais intensos dos últimos séculos e ameaçam se repetir. No Japão, tsunamis gigantescos de lama, seguidos de deslizamentos de terra, devastaram regiões como Shizuoka. No Iraque, as temperaturas ultrapassaram a marca dos 50 graus centígrados, derretendo objetos de plásticos dos automóveis, gerando colapso no abastecimento de energia elétrica e levando muitos à morte. Nos Estados Unidos, a tempestade Elsa continua fazendo estragos e ameaçando vidas. Também nos EUA, uma onda de calor, sem precedente, vem fazendo mortes na região do Pacífico e em locais antes frios como Seattle. Lugares como Nova Iorque, Filadélfia e Boston estão sob fortes ondas de calor, afetando mais de 40 milhões de americanos. Na África, a seca e as intensas ondas de calor vêm registrando marcas também históricas. Na Índia, os efeitos de calor, seguidos de enchentes nunca vistas, também demonstram que a Terra está entrando num ciclo de mudança do clima que pode afetar todos, indistintamente. Na Grécia, os incêndios, no que vem se chamando o verão do pesadelo, vêm varrendo, há dias e sem controle, pequenas cidades, nas ilhas próximas a Atenas, numa situação que tem aterrorizado os moradores e turistas.

Na realidade, não existe hoje lugar algum nesse planeta que não esteja experimentando condições climáticas extremas, o que só reforça o que há muito vêm alertando os cientistas sobre o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, motivados, exclusivamente, pela ação humana. Pesquisa apresentada por Benjamin Schneider e Amy Nicole Salvaggio, da Universidade de Maryland, afirma que a Terra já aqueceu mais de 1,2 graus centígrados desde o início da era industrial, sendo que as temperaturas seguirão subindo cada vez mais, até alcançarem níveis de catástrofes globais com a morte de centenas de milhões de pessoas. Segundo o painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à ONU, caso não cessem as atividades humanas que produzem o efeito estufa, o futuro será inclemente para todos e poderá abolir a vida sobre todo o planeta, até mesmo antes do que se espera.

A frase que foi pronunciada:

Pode-se ver do espaço como a raça humana mudou a Terra. Quase todas as terras disponíveis foram desmatadas e agora são usadas para agricultura ou desenvolvimento urbano. As calotas polares estão diminuindo e as áreas desérticas estão aumentando. À noite, a Terra não está mais escura, mas grandes áreas estão iluminadas. Tudo isso é evidência de que a exploração humana do planeta está atingindo um limite crítico. Mas as demandas e expectativas humanas estão sempre aumentando. Não podemos continuar a poluir a atmosfera, envenenar o oceano e exaurir a terra. Não há mais nenhum meio disponível.”

Stephen Hawking, físico e autor.

Stephen Hawking – 16/12/2015. Foto:Toby Melville/Reuters

Crescei e multiplicai-vos

Segundo o IBGE, em 2060, se até lá o clima do planeta for controlado, a perspectiva é de 19 milhões de idosos com mais de 80 anos. Em 1980, eram 684.789 idosos e, em 2026, provavelmente, serão 3.458.279. Interessante é que o número de crianças, em 1980, era de 16.942.583 e a previsão para 2060 será de 8.935.080.

Arte sobre foto de Pixabay – CC

Entorno

Por essa não esperavam. Para a segurança dos pedestres, foram criadas passarelas aéreas evitando atropelamentos na travessia de pistas largas e movimentadas. O problema é que, com a concentração de pedestres nessa área, o espaço virou alvo de trombadinhas que se aproveitam da falta de policiamento para furtar celulares e dinheiro.

Foto: correiobraziliense.com

Mudança de clima

Até hoje vestimenta em parlamento causa celeuma. Tempos atrás, Helival Rios buscava notícias sobre a repórter proibida de entrar no plenário do Senado porque vestia calças compridas. Como estava de blusão, tirou as calças e perguntou ao segurança: Agora posso entrar? Entrou. Depois que uma moça, também repórter, entrou no parlamento suíço “restringindo devidamente a capacidade de muitos nobres se concentrarem”, a Casa alterou as regras permitindo apenas a mostra dos ombros.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Presente para o futuro

A seguir, um projeto interessante intitulado Reconhecer Brasília. Trata-se de mostrar à criançada a importância da preservação do patrimônio da cidade. Por meio de música, fotos, teatro e manifestações culturais, a meninada vai tomando o sentido do carinho por Brasília.

História de Brasília

A Assessoria de Planejamento deu parecer contrário, e a Novacap mandou interditar a obra. Será construída no seu lugar, onde devia estar desde o começo: ao lado do DCT e da Central Telefônica (Publicada em 07/02/1962)