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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Nessa semana, a revista The Economist mostrou reportagem em que faz severas críticas à pessoa e à atuação política do presidente brasileiro. Tanta repercussão causou nos bastidores que o próprio Itamaraty teve que entrar em cena para em carta defender nosso comandante. Por mais que se pretenda defender o mandatário, as críticas, na sua grande maioria, são procedentes e mostram que o líder nacional está perdido no espaço, talvez pelo pesar dos anos de uma vida regada a álcool e a excessos de todo o tipo. O importante aqui é saber até que ponto o atual governo tem sido de fato o responsável pelo aprofundamento da crise econômica e política que, mais uma vez, vai empurrando o país para a periferia do mundo civilizado, transformando o Brasil numa espécie de pária internacional, ligado aos piores e mais falidos regimes do planeta.
Neste momento, vivemos um grave risco estrutural: à medida que o mundo se realinha geopoliticamente e fortalece cadeias de valor modernas, a atuação do governo sinaliza um recuo em suas capacidades como ator internacional relevante e coloca em xeque o projeto de retomada econômica sustentada. A recente avaliação da The Economist de que Lula “perdeu influência no exterior e é impopular no Brasil” traz, em forma de alerta editorial, o que está em jogo para o país. O primeiro grande problema é a política externa. O Brasil tem dado preferência visível a países como China, Rússia e Irã, numa guinada que a revista qualifica como “cada vez mais hostil ao Ocidente”. O alinhamento ou a aparência de alinhamento com regimes autoritários ou contestados internacionalmente compromete a credibilidade do país junto a mercados, investidores e parceiros tradicionais.
Em um mundo onde confiança, previsibilidade e integração global geram crescimento, o Brasil corre o risco de se tornar peripheral – menos interlocutor, mais espectador. Em segundo lugar, um perfil interno de fraqueza institucional parece crescer. The Economist destaca que a desaprovação popular atingiu níveis críticos, e que o Legislativo derrubou um decreto presidencial, algo inédito em décadas, mostrando que o Executivo perdeu fôlego político.
Se a política econômica e institucional perde sustentação, a estabilidade requerida para investimentos, reformas e credibilidade se esvai rapidamente. A economia, claro, sofre o impacto. Apesar de alguns dados pontuais positivos, a tendência é de estagnação ou de crescimento fraco se nada for feito para modernizar a estrutura produtiva, logística, regulação e geração de valor agregado. Um presidente que se isola internacionalmente e que acumula desgaste interno dificilmente mobiliza energias para reformas profundas. Assim, o Brasil pode estar prestes a repetir ciclos de baixo crescimento, déficit estrutural e falta de dinamismo, exatamente o oposto da narrativa de “novo ciclo” que muitos pregam. Além disso, a identidade internacional do Brasil que, há poucos anos, era de “potência intermediária” em ascensão corre o risco de se converter em país alinhado majoritariamente a regimes falidos ou contestados. Isso não só fragiliza o soft-power brasileiro, mas cria vulnerabilidades: mercados multilateralizados podem preferir fornecedores, parceiros ou blocos que ofereçam menor risco reputacional ou político.
Se o Brasil se torna aliado de regimes vistos como instáveis ou autoritários, ele se expõe e pode pagar o preço em barreiras comerciais, financiamento internacional e até insegurança geopolítica. No âmbito interno, a imagem de um presidente “perdido no espaço” fruto, segundo alguns críticos, de anos de vida pública marcada por excessos embora mereça cautela, simboliza para muitos a sensação de que não há uma liderança clara, renovadora e propositiva. A combinação de desgaste, rumor de alianças de conveniência e ausência de projeto claro de futuro configura um terreno fértil para que o país fique refém de “gestão do dia a dia” em vez de “dobradinha de rumo e execução”.
Essa é a fórmula para que o país tenha muito a perder: a falta de influência externa, o declínio interno de legitimidade, a incapacidade de gerar crescimento robusto, o risco de isolamento diplomático e econômico, e a possível transformação de parceiro relevante em bem-menos-importante. A estagnação econômica pavimenta o caminho para o desemprego, a migração de cérebros, a fuga de capitais, e o retrocesso social. O prestígio perdido dificulta reformas estruturais porque reduz tanto o “capital político” quanto o “capital internacional”, que viabilizam grandes movimentos.
Para reverter esse quadro, o país precisa urgentemente que o presidente e a coalizão que o apoia retornem à lógica de construção de confiança: confiança internacional (parcerias sólidas, não conjunturais), confiança doméstica (instituições funcionando, execução crível) e confiança econômica (produto crescente, investimento privado, funcionamentos de mercado). Sem isso, o Brasil não apenas deixará de decolar, ele corre o risco de retroceder. O cenário ideal em vez de “país pária” não é inevitável, mas exige que se pare de repetir erros do passado e venha a assumir com humildade que, sob a liderança atual, há mais interrogações do que certezas.
A reportagem da The Economist não deve ser lida como simples provocação estrangeira, ela serve como espelho desconfortável de uma situação que parece melhor compreendida à distância, fora do alcance da censura e dos adesismos de ocasião.
A frase que foi pronunciada:
“O trabalho foi o primeiro preço, o dinheiro original que foi pago por todas as coisas. Não foi com ouro ou prata, mas com trabalho, que toda a riqueza do mundo foi originalmente comprada.”
Adam Smith

História de Brasília
Na Quadra 7 do SCR as calçadas não estão completas. Onde há casa comercial, a calçada é feita. Onde há passagem para a W-2 é todo esburacado o piso. (Publicada em 10.05.1962)
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Não resta dúvida de que existe hoje uma forte desunião interna dentro da União Europeia. Esse fato somado à perda de autonomia estratégica, está relegando esse bloco à União Europeia para um plano em importantes negociações geopolíticas, enfraquecendo significativamente a posição global da Europa e a sua capacidade de defender, de forma independente e coerente, os interesses coletivos da comunidade. De fato, a UE assiste, cada vez mais, a um protagonismo da esquerda globalista nas decisões do bloco e na definição de suas políticas; com isso, passa a enfrentar desafios cada vez maiores e críticas devido a essas posições eurocéticas e anticapitalistas. Com isso, o futuro do bloco é incerto.
É necessário refletir criticamente as tensões internas da União Europeia, sua perda paulatina de autonomia estratégica, o crescimento do euroceticismo e os dilemas que se colocam para o futuro do bloco. Um possível desmanche desse bloco, por pressões internas, pode redesenhar o mapa geopolítico não apenas do continente, mas do resto do mundo. A União Europeia (UE), por décadas, símbolo de cooperação econômica, estabilidade política e integração democrática, enfrenta, hoje, uma crise que vai muito além das habituais disputas de orçamento ou migração. É uma crise de coerência estratégica, de unidade política e de credibilidade externa. Se não encontrar, com urgência, uma linha comum de ação capaz de conciliar soberania nacional e interesses comunitários, corre o risco não apenas de se tornar secundária nas grandes negociações globais, mas de ver seus valores fundamentais corroerem-se de dentro para fora.
Em seu discurso anual sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, fez questão de apelar para uma Europa “livre e independente”, dizendo: “Europa está numa luta por uma Europa livre e independente. Uma luta pelos nossos valores e as nossas democracias… Isso não é uma luta opcional, é uma luta pelo nosso futuro.” Contudo, essa retórica enfrenta desafios práticos, e críticos têm alertado que há um hiato persistente entre o que se promete e o que se executa. Um editorial recente do Le Monde resume bem esse hiato: “O problema da Europa não é a falta de ideias, é a diferença entre a retórica e a implementação.” O jornal aponta que iniciativas como o Clean Industrial Deal, promessas de critérios “made in Europe” para compras públicas, ou contratos massivos com os Estados Unidos vinculados à energia, muitas vezes desmentem os compromissos de autonomia e independência estratégica.
Por outro lado, figuras como o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, colocam em termos claros essa tensão entre soberania nacional e centralização europeia. Em discurso no verão de 2024, ele afirmou que “A Europa desistiu de defender os seus próprios interesses” e acusa o bloco de seguir, incondicionalmente, a política externa dos democratas americanos, ao custo da sua própria autodestruição.
Além disso, ex-políticos de peso também se manifestam. Michel Barnier, ex-negociador-chefe de Brexit, em entrevista e em livro, acusa Von der Leyen de conduzir um desvio autoritário em Bruxelas, por concentrar decisões e subestimar o papel dos parlamentos nacionais e sociais no debate. Os fatores dessa desunião européia são múltiplos e vão desde a diversidade dos interesses nacionais: Estados-membros têm realidades muito distintas dos orçamentos, dependência energética, corrente política dominante, relações externas com potências como a Rússia ou China.
O que funciona para Polônia ou Hungria pode parecer risco político ou econômico para França ou Alemanha. Há ainda limites institucionais e de capacidade: a UE tem ambições diplomáticas e militares cada vez maiores, mas suas capacidades concretas em defesa, cooperação externa, produção industrial estratégica permanecem fragmentadas.
Pesquisas acadêmicas recentes apontam que políticas de autonomia estratégica muitas vezes se traduzem, na prática, em “dé-risks” seletivos, ou iniciativas modestas, com inúmeros condicionamentos. Polarização interna com o crescimento de partidos de direita nacionalista e de partidos de esquerda radical ou populista tem exigido que o centro político se desloque para abordagens mais cautelosas, frequentemente mais retóricas que operacionais. Essa polarização mina consenso sobre política externa comum, solidariedade fiscal, requisitos de Estado de direito, e ação contra grandes potências externas. Também a contínua dependência externa persistente com a UE em muitos setores críticos (tecnologia, defesa, energia), de fornecedores externos, alianças militares e rotas logísticas que escapam ao seu controle.
A frase que foi pronunciada:
“Liderança não te torna especial, o especial é aquele grupo sem ou com o líder trabalhar em equipe, porque o dever do líder é fazer todos trabalharem juntos.”
Nathan Reginhard

História de Brasília
Idéia interessante seria se o cel. Cairoli determinasse que os bombeiros, com o uso dessas lanchas, destocassem as partes perigosas do Lago, que são muitas. (Publicado em 10.05.1962)
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Embora não admita de público, a vitória patente do presidente republicano, Donald Trump, trará sim consequências que, direta e indiretamente, irão afetar o atual governo brasileiro. Foi-se o tempo em que as eleições americanas ocupavam o rodapé dos jornais por aqui. Mesmo a despeito da política externa do Big Stick e da América Para os Americanos, não havia esse estreitamento e essas interrelações capazes de influenciar o governo e até a força-lo a adotar alterações nessas relações com o irmão do Norte.
O mundo, quer alguns desejem ou não, está num processo de formação gigantesca global. Nesse processo, é preciso lembrar que, no caso do Brasil, geografia é destino e até sina. Por mais que o atual governo busque um protagonismo dentro do Bloco dos BRICS, é certo que esse clube de além mar possui suas próprias estratégias e objetivos. E eles utilizam-se do Brasil e do resto do continente Sul apenas para formar uma base de apoio e logística próxima aos Estados Unidos, de onde pretendem alcançar a América do Norte.
Como uma espécie de boi de piranha, o Brasil é usado assim para as manobras de China, Rússia, Irã e outras ditaduras para fustigar, de perto, os americanos. Para as esquerdas do continente, que vão sendo cercadas pelo avanço dos conservadores de direita, os BRICS representam uma tábua de salvação, onde podem se aninhar para pressionar, por viés econômicos e outros planos, os EUA.
Caso tenha possibilidades de cumprir, ao menos, metade do que prometeu em sua campanha rumo à Casa Branca, os BRICS irão enfrentar o seu maior revés desde que foi criado. Internamente, para nosso país, a vitória de Trump trará reflexos diretos para a área econômica, podendo servir de chamariz para atrair os capitais estrangeiros que ainda insistiam em permanecer no Brasil. De cara, essa vitória elevou o valor do dólar, empurrando, mais ainda, nossa moeda ladeira abaixo.
A maioria obtida pelo Partido Republicano no Congresso americano, juntamente com a Suprema Corte, dará um poder gigantesco ao presidente Trump, que retorna com a experiência adquirida no mandato anterior e com vontade de fazer o que não pode, quando sua reeleição foi obstada por uma vitória discutível, como no último pleito que concorreu. Já se comenta que os governos de esquerda não terão vida fácil com Trump na presidência e isso pode incluir o Brasil, que, nos últimos anos, tem fustigado abertamente os americanos, buscando comprar uma briga que, seguramente, não pode suportar nem meio round.
Depois da Argentina, que vai seguindo, aos poucos, pelo caminho da racionalidade e da prudência, chega a vez dos Estados Unidos voltarem ao eixo e ao leito normal do capitalismo liberal, donde podem alcançar a invejada posição de maior economia e democracia do planeta. Com essa nova configuração no governo americano, o menos pior que pode acontecer ao Brasil é ele ser ignorado na política externa de Trump, o que também configuraria um imenso retrocesso para nosso país.
A ilusão alimentada pelo pessoal de esquerda de que o Brasil pode, num mundo globalizado, seguir adiante e sem problemas, separado dos EUA, é, além de uma falácia política, a razão pelo qual estamos cada vez mais empurrados e atolados nas areias movediças de um clube internacional de ditadores, cutucando o leão com vara curta. A essa hora, Maduro está coçando o bigode e Lula, as barbas. Melhor diante dessa nova realidade, colocar bigode e barba de molho.
A frase que foi pronunciada:
“Quero agradecer a milhões de americanos por aparecerem em números recordes e entregarem uma vitória. Nós os retribuiremos e faremos nosso melhor trabalho. Nós daremos a volta por cima, em todos os sentidos. Este será lembrado como o dia em que o povo americano recuperou o controle do país.”
Donald Trump

Agora sim
Perto do Ceub, havia uma viatura do Detran orientando o trânsito que estava caótico. Trabalho efetuado com sucesso.
Peso da opinião pública
Anderson Almeida, advogado criminalista, enviou-nos um artigo sobre o caso Diddy e o peso da opinião pública na responsabilização por crimes sexuais. Veja a íntegra a seguir.
–> Caso Diddy e o peso da opinião pública na responsabilização por crimes sexuais
Anderson Almeida – advogado criminalista
Formalmente, a opinião pública não é considerada para fins penais. Nada em nossa legislação confere peso ou legitimidade ao clamor popular. Materialmente, entretanto, a grita em torno de crimes midiáticos costuma influenciar ações penais.
Casos como o das acusações de crimes sexuais envolvendo o rapper Sean John Combs, conhecido também como P. Diddy, mostram um lado da relação entre Justiça e opinião pública que passa despercebido: a proteção da vítima.
O fundamento adotado para negar a fiança de US$ 50 milhões — algo em torno de R$ 286 milhões — para que o rapper respondesse ao processo em liberdade foi que ele poderia interferir nas investigações. É um argumento válido, mas que só ganha tração graças à indignação popular.
Sob esse viés, a opinião pública tem sido a fiel da balança para garantir que crimes sexuais cometidos por pessoas poderosas sejam efetivamente punidos.
No Brasil temos casos em que a opinião pública foi tão ou mais importante para a punição de agressores. Um dos casos recentes é o do empresário Thiago Brennand, condenado a mais de 20 anos de prisão em processos por violência contra mulher. Seus crimes só vieram à tona quando um caso de agressão em uma academia foi noticiado pela imprensa. Só com a exposição pública de seu algoz as vítimas decidiram romper o silêncio e procurar as autoridades.
Caso semelhante ocorreu com o médium João de Deus. Só a exposição pública — e a indignação da opinião pública — fez com que uma personalidade cortejada por empresários, políticos e famosos antes tida como intocável fosse alcançada pela lei.
Não estou pregando a violação dos direitos dos acusados de crimes midiáticos. As garantias previstas em lei devem ser preservadas sempre para a integridade da Justiça. Contudo, no que diz respeito a crimes sexuais, é inegável a contribuição da mídia e da opinião pública para romper o ciclo de silenciamento a que as vítimas costumam ser submetidas.
História de Brasília
Ainda na Universidade, as formas de concreto que deveriam ser retiradas em 48 dias, foram retiradas em 40 horas, por processos especiais. (Publicada em 21.04.1962)
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Com a polarização exacerbada presente ainda entre nós, nossa guerra fria interna parece longe do fim, por mais que insistam em dizer o contrário. Num ambiente assim irresoluto, melhor lançar os olhos para longe, para alguns milhares de quilômetros daqui e colocá-los focados noutra guerra, essa mais real, até mais direta e com alvos específicos, na qual a morte e a destruição tabelam o preço a ser pago pela beligerância. Quem sabe, nesse conflito distante, possamos aprender algumas lições úteis para o futuro.
Neste mês, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia completou um ano. Período em que nem todo aparato do mundo civilizado, com sofisticação e o aplomb dos diplomatas tem conseguido resolver. Por isso mesmo, a diplomacia, com seus punhos de branca renda, cede lugar aos uniformes rudes dos militares. Soldados, aliás, que se matam uns aos outros, sem ao menos ter motivos e objetivos para tanto. A favor dessa guerra insana, temos pelo menos o fato de que o inimigo lá fora é conhecido e identificável em cada lado da fronteira.
Por aqui, o inimigo está camuflado nas redes, nos bastidores dos partidos e em outras altas instâncias, afirmando ser o que não é. Se nossa guerra é surda e feita no calar do oponente, lá fora, naqueles longínquos países, ela é estridente. Os canhões, esses modernos caixões blindados motorizados, rugem e clamam por mais conflito, convidando o mundo para entrar nesse baile macabro sem propósitos.
Longe do cenário da guerra, as indústrias de armamentos seguem fabricando seus obuses e toda a maquinaria bélica. A produção não para. Os indicadores de exportações nesse setor, estão apontando para cima. O dinheiro flui para esses empresários. Cada combatente caído representa mais e mais lucros. Talvez por isso mesmo as armas devam ser projetadas para matar em pequenas quantidades. De modo a fazer a guerra se estender ainda mais.
Uma bomba, do tipo nuclear, acabaria de uma vez com todo esse negócio que rende com a morte, cessando os lucros de imediato. Não que essa possibilidade não esteja na pauta e na cabeça desse pequeno Napoleão, graduado na escola da KGB. A Organização das Nações Unidas (ONU), outro sujeito indireto desse conflito, tem se revelada incapaz de manter o que ordena sua Carta, cessando esse conflito com respaldo do mundo moderno. E esse é também um outro perigo. Pensar que nem a ONU, com todo o seu poderio, prestígio e recursos, tem conseguido fazer o cessar fogo, o que aumenta o temor de que estamos sós ou na melhor das hipóteses andando e uma corda bamba sobre o precipício.
As armas atômicas, que ainda são multiplicadas, mundo afora, deram aos países que as possuem, razões para desprezar a paz. Pelo menos, nesse conflito específico, o mundo sabe de que lado deve ficar, mesmo que não assuma uma posição dentro das trincheiras. Dizer, como muitos o fazem, que esse é um problema distante e não nos diz respeito é um engano. “Nada do que é humano me é estranho”, ensinava Terêncio (195a.C-185 a.C).
Queiramos, ou não, essa é uma guerra de todos, se não pelos seus efeitos, porque nela morrem indivíduos, na sua maioria jovens, muitos deles parecidos e sonhadores como nossos filhos e netos. Prestar atenção nesse conflito pode nos ser útil. Quem sabe possamos aprender a inutilidade de todas as guerras e de todas as polarizações políticas. Nenhum desses velhos senhores, daqui e de além-mar valem o esforço de cisões e muito menos a vida de quem quer que seja.
A frase que foi pronunciada:
“A democracia é mais vingativa do que os gabinetes. As guerras dos povos serão mais terríveis do que as dos reis.”
Winston Churchill

Novidade
No início de abril, o Hospital de Base deve estar com cozinha nova. Ao visitar o local, a governadora em exercício, Celina Leão, viu a necessidade de uma reforma substancial. Vamos acompanhar.

Para uns
Gastos com dívida consumiram 46,3% do Orçamento Federal em 2022. Imaginem os contribuintes quanto gastam para estar em dia com o governo local e federal. No cafezinho da Câmara, a questão era: afinal, pagar dívida é certo ou não?

Quase 3 milhões
É impressionante como o jornalista Alexandre Garcia registra fatos constantemente não abordados na mídia tradicional. Veja, a seguir, o post importantíssimo feito nesta semana. Alexandre dá um exemplo da democracia que conhecemos. “Ao final deixe o gostei ou não gostei.”
História de Brasília
Os Institutos concordaram com a Prefeitura em pagar o ajardinamento das superquadras, e uma concorrência foi anulada. Esta, a razão de não ter sido iniciado o serviço. (Publicada em 17/3/1962)

