Tag: #PolíticaBrasileira
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
instagram.com/vistolidoeouvido
Talvez não estejam tão longe os exemplos e as lições que o Brasil necessita para mudar a rota atual da sua economia, que, segundo a avaliação da maioria dos economistas, segue numa trajetória descendente e perigosa. Nesse caso, basta virar a cabeça em direção ao Sul do continente, mais precisamente para a Argentina, observando com atenção os números apresentados a cada instante, mostrando uma receita bem racional de como lidar com as finanças públicas e, ao mesmo tempo, tirar o peso excessivo do Estado sobre a economia.
No caso específico daquele país, não basta olhar apenas o que vem sendo feito pelo atual presidente Javier Milei na economia, mas, sobretudo, mirar a atenção no descasamento que vem sendo realizado entre a má política e a má ideologia das contas do Estado. A questão aqui é simples, mas preciosa. Nos discursos de Milei, estão exatamente suas propostas para a economia Argentina. A começar pela frase: “os políticos não geram riquezas”; ou, quando em discurso no Fórum Econômico de Davos, afirmou: “O Estado não é a solução e sim o problema.” Infelizmente, neste instante, o Brasil e a Argentina estão caminhando em sentidos opostos.
Os resultados dessas opções são mostrados de forma clara pelos números da economia de um e de outro país. De modo resumido, o que temos em termos de lição a ser aprendida é mostrado nas comparações entre uma economia que vai em direção ao livre mercado, vis a vis, uma economia estatizante, impulsionada pelos ventos mal cheirosos da ideologia coletivista e retrógrada. Na Argentina, conforme os últimos dados, a inflação vem caindo de forma exponencial. Era de 25.5% nos governos passados e agora é de apenas 2.4% ao mês.
Outro dado mostra que as reservas internacionais voltaram a ser zero, em comparação à situação anterior, que era de U$ 20 bilhões negativos. As reservas brutas daquele país já estão positivas em mais de U$ 30 bilhões. Outro dado mostra que a diferença entre o Peso paralelo e o oficial está praticamente equilibrado. Notem que, quando Milei assumiu, 1 dólar custava mais de 1000 Pesos. Com isso, tanto as impostações como as exportações caminhavam para o colapso. Para fazer frente a esses descalabros na economia, os governos argentinos passados imprimiam quantidades insanas de dinheiro, na tentativa de baixar a inflação e como modo de maquiar os números reais da economia. Aliás, no quesito manipulação dos números e estatísticas da economia, os governos argentinos do passado eram mestres nesse tipo de arte de engabelações.
Hoje, passados mais de um ano de governo Milei, Brasil e Argentina seguem mais e mais por caminhos opostos. Em um de seus últimos discursos, o presidente argentino prometeu mais reformas estruturais, como o estabelecimento de um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, além de uma redução dos impostos nacionais em torno de 90% para o ano de 2025. Além disso, dará mais autonomia fiscal às províncias. Tudo ao contrário do que vem acontecendo em nosso país, onde os estados estão cada vez mais atrelados ou algemados ao governo central. Ainda na economia, Milei já deu início a reformas radicais na previdência e na área trabalhista.
Na área política, onde as reformas serão profundas também, já se sentem os efeitos de mudanças nas leis de segurança nacional, nas leis penais e outras de igual importância. Milei promete abertura total na economia, com os argentinos podendo comprar, vender e faturar em dólares ou na moeda que bem entenderem. Um fato de suma importância nessa guinada da Argentina rumo ao crescimento é que o nível de pobreza e indigência, que era altíssimo naquele país, começa a declinar depois de décadas.
Para o próximo ano, as estimativas mais humildes falam em um crescimento da economia em mais de 4% do PIB, o que é uma proeza, diante da situação falimentar que experimentavam os argentinos até poucos meses atrás. Mas será apenas em 2026, ano de eleições em nosso país, que os números da economia do Brasil e da Argentina poderão demonstrar, na prática, quem realmente caminhou pela estrada da bonança e quem trilhou o caminho da perdição e do atraso. Também não será surpresa se, até lá, a Argentina se descolar do Mercosul, deixando o passado sombrio para trás.
A frase que foi pronunciada:
“Não se deixe intimidar pela classe política ou pelos parasitas que vivem do estado.”
Javier Milei
História de Brasília
Aqui estão algumas respostas;1) a luta na Novacap não é luta política. É luta de competência ou capacidade, e os competentes não pensam em eleições com interesse em manipular verbas, porque elas são para as obras. (Publicada em 24.04.1962)
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Acerca da Ética, os dicionários ensinam se tratar de um ramo da filosofia que busca explicar os princípios que norteiam o comportamento humano, com relação ao respeito às normas e aos valores da realidade social, no intuito de valorizar as regras de conduta moral dos indivíduos em suas relações com seus semelhantes.
Para o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), a ética é estabelecida de dentro para fora, a partir da razão humana, com seu talento em criar regras de conduta e de convivência, tornando-as verdadeiras bússolas morais às quais denominou Imperativo Categórico. Para Santo Agostinho (354-430 d.C.), a ética estaria ligada ao amor, sobretudo ao amor a Deus, longe das necessidades materiais. Para ele, a liberdade de vontade inerente ao homem deve ser orientada sempre para o bem em busca de uma harmonia individual e coletiva.
Já para outro filósofo da Igreja Católica, Tomás de Aquino (1225-1274), a ética está centrada no pensamento metafísico, a partir do agir humano. Também chamada de Ética Tomista, ela se centra na contemplação do criador. Mesmo para os gregos da antiguidade clássica, como é o caso de Aristóteles, a ética, que poderia ser definida como costume, hábito ou caráter, estava relacionada intrinsecamente com a ideia de felicidade e virtude. Para muitos gregos, a tendência natural do ser humano era a busca pela felicidade e para o bem.
Na visão do chamado “pai da Psicanálise”, Sigmund Freud (1856-1939), não existe uma ética nascida no coração do homem, essa noção passa a existir à medida em que o sujeito se vê imerso dentro do campo da cultura. Para ele, a ética irá se delinear como uma limitação da pulsão (força dinâmica) e poderia estar na raiz de algumas patologias psíquicas. Na psicanálise, a ética está inserida no inconsciente e traduz um sentimento de que existe, sim, um mal-estar próprio à condição humana. Para Freud, a ética tinha sua origem na tentativa dos indivíduos de justificar, racionalmente, sua conduta moral para assim ficar em paz com sua própria consciência e em paz com seus semelhantes próximos. No entanto, a concepção que se tem hoje sobre ética, diante da modernidade e da contemporaneidade, está ligada às novas relações entre os homens e às recentes instituições, com o objetivo de combater desmandos e abusos.
Desse modo, a Ética moderna se liga agora mais às motivações institucionais e legais, deixando a questão da moralidade em segundo plano. Com isso, é na forma da lei que a noção de ética se liga hoje. Não surpreende a quantidade de códigos de ética existentes atualmente. Por todo o lado e, sobretudo, nas instituições, os códigos de ética e de conduta estão presentes. São os códigos de ética médica, da advocacia, da igreja, das universidades, da imprensa, do comércio, dos órgãos do governo, das empresas e por aí vai. Fala-se muito, hoje, em governança, transparência, e outros termos e neologismos, cheios de significados e muitas vezes vazios de afirmação efetiva. A questão aqui e no resto do mundo é saber onde estaria a ética nesses novos tempos.
Para alguns observadores da modernidade, a ética, como a conhecemos, ao longo da história humana, foi exilada, para alguma ilha distante, justamente por apresentar o abismo existente entre os homens públicos e a própria noção de Ética que trazemos ainda guardada dentro do peito e que se refere a conceitos como bom caráter, boa conduta, integridade moral, evolução espiritual e outros valores que devem permanecer eternamente válidos, sob o risco de cairmos todos na vala comum da animalidade e da insanidade.
Hoje, a mais acertada definição de ética fica por conta do filósofo de Leme, Millôr Fernandes (1923-2012). Como ele dizia, criticando nosso conceito moderno de ética: “meus princípios são rígidos e inalteráveis. Eu porém, nem tanto.” Ou simulando um diálogo entre dois políticos: “mas de uma coisa o senhor poder estar certo. Se algum dia em abrir mão de minhas convicções morais, a preferência será sua.” A relatividade imposta ao conceito de democracia valeira também para a ética. Somos o que somos? Ou não somos mais nada? Eis a questão.
A frase que foi pronunciada:
“Um homem sem ética é uma fera solta neste mundo.”
Albert Camus
Vamos para o trabalho
Casos em que funcionários precisam levar crianças ao trabalho causam dúvidas na reação dos vigilantes. O problema é que as instituições não podem ser responsabilizadas por qualquer acidente com os pequenos. Caso resolvido pondo, à disposição dos pais, um termo de responsabilidade pela criança durante a visita. Ver o pai ao telefone no trabalho, as máquinas a todo vapor, os restos de bobinas espalhados no chão para receber a tinta das canetas coloridas… Ou a mãe cuidando das comunidades carentes de atenção. Aferindo a pressão arterial daquelas idosas com o rosto marcado pelo sofrimento, ou da vacina dada nos filhos de ministros da Justiça com sotaque engraçado. São memórias valiosas e todos devem ter esse direito.
História de Brasília
Nessa mesma data, já que o assunto é telefone, o DTUI entregará o aparelho 2-9999 o que quer dizer que estarão aplicados os 3 mil terminais nesse ano. (Publicada em 01.04.1962)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
colunadoaricunha@gmail.com;
Num país como o nosso, onde os fatos da História muitas vezes têm tomado ares de pura ficção, ultrapassando essa em imaginação, e onde o realismo fantástico dos acontecimentos ganha tonalidades reais, não chegam a surpreender as notícias de que um prisioneiro incomum, encarcerado por crime comum, apareça na dianteira das pesquisas para o cargo de presidente da República.
Com as manobras urdidas a partir da própria cela, transformada, sob a complacência da Justiça, em sede de movimentadíssima campanha, o ex-presidente Lula vai lentamente conduzindo seu partido e seu nome rumo às urnas, há pouco mais de 1 mês para as eleições e sob os olhares perplexos de um país inteiro.
A essa altura dos acontecimentos, muitos passaram a torcer para que a estratégia de esconder o candidato para que ele ressurja vitorioso como uma fênix de dentro da urna seja consumada com sucesso, apenas para dar mais tempero e sabor a essa história surreal. Caso tenha os caminhos desimpedidos pela justiça eleitoral e venha a ser sagrado, mais uma vez, presidente do país, o realismo fantástico dessa façanha possível terá ultrapassado léguas de qualquer ficção, mesmo as mais imaginativas. É justamente essa ausência física, consubstanciada em presença irreal que mais fascina seus eleitores, conferindo, ao pleito insosso, sabores de um conto mágico, bem ao estilo de um Gabriel Garcia Márquez. Para uma nação colonizada com amor e ódio por portugueses, a odisseia do ex-presidente parece nos remeter diretamente à metrópole no ano da graça do Senhor de 1578, quando na Batalha de Alcácer-Quibir, no Norte da África, o rei de Portugal, D. Sebastião, desapareceu sem deixar vestígios, possivelmente morto pelos mouros daquela região.
O sumiço misterioso do rei e de boa parte de sua tropa criou entre a nação portuguesa um sentimento místico de que esse monarca mártir iria retornar, no momento certo, à terra natal para salvar seu reino das mãos dos espanhóis, que entre 1580 e 1640 uniram as duas coroas sob um mesmo reino. Com isso, foi criada a expectativa de cunho messiânico do retorno de D. Sebastião, conhecido naquela ocasião como Sebastianismo, que pode ser interpretado como um movimento de inconformismo com a situação política vivida por Portugal naquele período.
Naquela ocasião, muitos prepostos apareceram se fazendo passar pelo rei desaparecido. A maioria encontrou a força como resposta. Essa crença no chamado “rei encoberto”, que viria para redimir o povo português, guardadas as devidas proporções, nos faz lembrar a saga vivida agora por Lula, o candidato encoberto, que promete retornar ao seu palácio, com todas as honras e glórias.
Ainda hoje, passados muitos séculos, muitos místicos portugueses ainda acreditam no retorno do rei e de seu exército. O mesmo parece ocorrer com os lulistas que ainda acreditam no retorno de seu salvador, perdido no Magrebe de uma cela em Curitiba.
A frase que foi pronunciada:
“A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”
Winston Churchill
Boas Novas
Satisfeito com a estação experimental de plantios de mandioca, o professor Nagib Nassar convidou autoridades internacionais para conferir, no local, a produção. Causou surpresa ver que apenas uma raiz pesava 30kg. Com essa pesquisa, o fim da fome no mundo está próximo. Veja as fotos no Blog do Ari Cunha.
Grande mulher
Se existe cabo eleitoral familiar forte, pode-se dizer que Rogério Rosso está bem servido. Karina Rosso é anfitriã de primeira linha, sabe defender o marido mais ouvindo do que falando.
Faixas
É chegada a hora de reforçar as faixas de pedestres pelo Plano Piloto e demais regiões administrativas. Durante a noite, está bastante perigoso, principalmente com a chegada da chuva.
Novidade
Foram criadas, recentemente, duzentas novas autorizações para prestação de serviço de táxi adaptado no DF.
“Eu sou confiável?”
Em tempos de eleições e escolhas individuais e coletivas, de norte a sul do país, é o tema do livro do psicólogo e palestrante Fauzi Mansur, em parceria com a, também psicóloga e escritora, Adriana Kortlandt. Está feito o convite para uma reflexão profunda sobre o tema da autocorrupção. Lançamento em Brasília, na segunda-feira, dia 27, das 18h30 às 22h, no Carpe Diem Restaurante (104 sul).
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Há blocos na Asa Norte, onde não há água há vinte dias. O Departamento de Águas e Esgotos, entretanto, não deu a público nenhuma nota explicativa, principalmente sabendo-se que os reservatórios de Brasília têm capacidade para reserva de 90 milhões de litros. (Publicado em 27.10.1961)