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Em educação, Brasil continua levando uma “Pisa” de outros países
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Classificado entre os vinte piores países em educação para jovens, o Brasil, mais uma vez, teve um fraco desempenho no ranking mundial que avalia a performance dos estudantes na faixa de 15 anos, nas disciplinas de matemática, ciências e leitura. De acordo com dados fornecidos pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nosso país segue estagnado desde 2009 e com um desempenho abaixo do medíocre, se comparado a outros estudantes de 79 países que também realizaram essas mesmas provas.
O mais interessante em avaliações desse tipo é que, por mais que as nossas autoridades busquem relativizar esse certame, ou mesmo desconsiderá-lo como instrumento de aferição da qualidade de nossa educação, principalmente na área do ensino público, onde está a maior camada de brasileiros de baixa renda, não há como esconder ou minimizar o fato de que em matéria de educação e de ensino vamos seguindo aceleradamente ladeira abaixo, há pelo menos uma década.
Não é preciso, nesse caso particular, buscar os culpados diretos. Mais importante é aprender com seguidos erros e mudar as estratégias enquanto há tempo. Pelos resultados obtidos, ficamos sabendo que metade de nossos alunos que realizaram o teste não entendem o que leem, nem ao menos sabem fazer contas simples com números inteiros. Pior do que isso é saber que 4 em cada 10 estudantes brasileiros não aprendem nem o básico, não conseguem também identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver problemas simples ou mesmo entender experimentos científicos simples.
Na verdade, saímos dos últimos lugares nesse ranking para posições insignificantes pouco acima, à frente de países como Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, que nas últimas décadas enfrentaram guerras devastadoras. Talvez o mais triste resultado dessa avaliação esteja na constatação de que o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais em educação, seguindo com isso a tradição de estar colocado também entre os campeões mundiais em desigualdade social e econômica, com uma das maiores concentrações de renda do planeta.
Por meio do Pisa, é possível constatar que, na última década, a diferença de performance entre alunos vem se aprofundando, impulsionada diretamente pela grande desigualdade socioeconômica. Para se ter uma ideia, em 2018 a diferença de pontuação entre alunos ricos e de baixa renda nas provas de leitura ficou em 97 pontos, quando a média internacional é 89 pontos. Para os especialistas nessa área, as condições socioeconômicas estão entre os fatores que mais influenciam o desempenho escolar.
Outro aspecto, pouco edificante é a constatação de que o Brasil é o país com uma das menores variantes de mobilidade social entre todos as nações avaliadas. Pelo levantamento que é feito paralelamente ao Pisa, tomamos conhecimento de que as chances de um aluno pobre estudar em uma escola de alto desempenho são de 13%, contra 20% em países como o Canadá ou Finlândia.
Essa desigualdade crônica em nosso país favorece também que os alunos pobres abandonem os estudos, descrentes da possibilidade de virem ingressar em uma faculdade. Há ainda a constatação de que os países com melhores desempenhos são justamente aqueles que mais investem em educação. Enquanto países como Macau, na China, investem US$ 150 mil ao ano per capta, o Brasil aparece com menos de US$ 30 mil ao ano.
A frase que foi pronunciada:
“Descobri que é fundamental buscar respostas quando o organismo não está agindo de forma correta. As pessoas precisam ir atrás de profissionais que realmente cuidem delas e que elas sintam que queiram ajudá-las.”
Michelle Munhoz, de 32 anos, que estava com um linfoma de Hodgkin durante a gravidez, diagnosticado no Instituto Nacional de Câncer.
Atenção
Muitas faixas de pedestres da cidade precisam de reforço na tinta. Seria muito bom a Secretaria de Obras e Infraestrutura reforçá-las nos fins de semana.
Solidariedade
Vai até o dia 6 de dezembro a adoção de cartinhas para o Papai Noel. No Senado, a parceria com os Correios foi um sucesso. Todas as cartinhas já foram adotadas pelos funcionários.
Receios
Desalojada pelo Festival de Cinema, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro voltou para o teatro para os ensaios. Os Bombeiros deram a licença. Mas a cena de um spot despencando no meio do palco anos atrás ainda deixa os músicos apreensivos.
Adiamento
Depois do pedido de vistas de Paiva Martins, o processo entre Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF e o Instituto Candango de Solidariedade – ICS foi adiado. O caso trata da apuração de possível dano causado ao erário em decorrência de irregularidades na execução de um contrato de assistência médica-odontológica e reforço escolar para alunos da rede oficial de ensino do DF ocorrido em 2001.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Correio Braziliense e a TV-Brasília continuam sem telefones, quem tiver negócio conosco venha até aqui. Desculpas ao DTUI. (Publicado em 07/12/1961)
Somos a 6ª maior economia do mundo e a última em qualidade de educação
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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De três em três anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realiza o Programme For International Student Assessment (Pisa), onde avalia, de modo comparado e amostral, estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental, na faixa etária entre os 14 e 16 anos. A avaliação é feita nas disciplinas de linguagem, Matemática e Ciências. A prova é realizada em 70 países que compõem a Organização ou que são convidados a participar do torneio. O programa Internacional de Avaliação de Alunos vem sendo realizado desde o ano 2000 e tem se tornado um importante instrumento para medir não só o desempenho dos alunos, mas, sobretudo, que importância cada país devota a questão da educação básica de seus cidadãos.
Numa época em que parte do mundo desenvolvido adentra para a chamada 4ª revolução industrial, com a combinação de máquinas com processos digitais e onde a produção de bens modificará, de modo radical, a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, é imprescindível que cada país promova as reformas adequadas no ensino para essa nova era tecnológica que já começou.
Nesse novo mundo que se descortina, o conhecimento de base tecnológica será o principal referencial de riqueza de uma nação. A introdução da robótica e da digitalização diretamente nas linhas de produção, criando as fábricas inteligentes, aliadas aos avanços na nanotecnologia, na neurotecnologia, na biotecnologia, na inteligência artificial, entre outras descobertas, irão necessitar de mão de obra cada vez mais especializadas e mais afeita a esse novo mundo.
Com novas maneiras de produzir e consumir, muitos daqueles empregos e afazeres tradicionais, que hoje conhecemos, irão desaparecer, sendo substituídos por outros totalmente diversos. A automação geral do século XXI é uma realidade e a ela se liga, mais do que nunca, a educação de qualidade com ênfase nessas novas habilidades. Nesse quesito particular da perfeita interação do homem com as novas tecnologias, o Brasil, segundo reconhece com desalento as próprias autoridades, vai muito mal.
A qualidade da educação em nosso país, medida em praticamente todos os rankings mundiais, mostra, de forma clara, que, em comparação com os principais países do globo, nosso desempenho é vergonhoso. Entre os setenta países avaliados periodicamente pela OCDE, oscilamos sempre nos últimos lugares. Em 2015, por exemplo, ficamos na 65ª posição, ou seja, na rabeira do mundo.
No Brasil a relação investimento e qualidade da educação, como mostram esses rankings, não andam juntas. Nosso país chega a investir nesse setor mais do que outras nações em desenvolvimento, aplicando algo em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), embora a relação investimento por aluno (per capta) seja uma das piores do mundo. São 5,6 mil dólares por aluno contra 9,7 mil dólares, em média, nos países da OCDE.
No próximo dia 3 de dezembro, a OCDE irá divulgar os resultados de 2018 do Pisa. O atual ministro da educaçãoo, Abraham Weintraub, já antecipou que nessa nova avaliação o Brasil será o pior colocado da América Latina. Para um país que hoje é considerado como a 6ª maior economia do mundo, uma realidade como essa em nossa educação aponta para um desequilíbrio tremendo entre o quesito material ou de riqueza e o intelectual ou humano.
A frase que foi pronunciada:
“O ser humano é aquilo que a educação faz dele.”
Immanuel Kant, filósofo alemão.
Leitura
Pergunta que não calou no material de divulgação do aniversário da “Biblioteca Demonstrativa do INL”: É para chorar ou comemorar? Maria da Conceição Moreira Salles foi uma incansável defensora do local, daí o novo nome, merecidamente, batizou a biblioteca. Essa é a parte agradável. Por outro lado, depois de 49 anos não há o que comemorar. Assim como o Teatro Nacional, o local continua fechado. Marcos Linhares assumiu a frente indo e vindo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC), Ministério do Turismo (que engoliu a Cultura), para reativar o local. A esperança de Linhares, Presidente do Sindicato dos Escritores do DF e Porta voz do Fórum do Livro e da Leitura do DF, é que Adão Cândido deixe esse legado aos brasilienses: uma parte da história da cidade reconstruído e pronto para os leitores da capital. Vamos acreditar no secretário Adão Candido. Veja a promessa feita no vídeo a seguir.
Para frente
Abrigada no Royal Tulip, a III Exposição Temática e Interativa de Resultados dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. O evento vislumbra a parte prática do pós encontro. Aproximação com o Setor Produtivo (coordenado pelo SEBRAE), com o Setor Público (coordenado pelo CNPq/CGEE), além de Oficinas de Divulgação Científica (coordenadas pelo INCT de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia). Houve também a reunião dos Coordenadores de INCT com a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação.
Acesse a programação em: III SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os estoques dos supermercados estão piorando muito. Há artigos onde não há concorrência, e macarrão é um deles. (Publicado em 06/12/1961)