Seis mais um dá nove

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Na imagem, um caminhão com a bandeira do Brasil; caminhoneiros chegam à Brasília para 7 de setembro — Foto: Reprodução/Youtube

 

          Por todas as implicações de ordem políticas que o Sete de Setembro passou a concentrar, esse poderá se constituir num evento singular e até extraordinário, dependendo, para isto, de um fator essencial que vem a ser a adesão maciça e espontânea da população brasileira. Não por outra razão, o chamado “deep state” ou, em linhas gerais, “o sistema”, teme pelas consequências dessas manifestações, principalmente pelos reflexos que essas presenças possam trazer para as eleições de outubro.

         Comemorações de cunho histórico, pelo bicentenário da Independência, passaram para um segundo plano, embora esse evento tenha tudo para vir a figurar nos livros didáticos de história como um acontecimento ou um ponto, digamos, fora da curva. A depender do apoio dos brasileiros a essa demonstração, as eleições, que irão acontecer em pouco menos de um mês, serão sensivelmente afetadas.

         Nesse sentido, a festa de Independência, depois de mais de dois anos de paralisação por causa da pandemia, poderá representar, quer muitos desejem ou não, um ponto de inflexão importante para os rumos do país, a depender, é claro, de outro fator muito importante que é a lisura das eleições, mesmo ante a impossibilidade do voto impresso, como queria parte dos candidatos atuais.

          Pelas providências que já foram tomadas e por outras que certamente virão, sem muito alarde por parte das autoridades e do establishment, trata-se de um evento de grandes proporções, sobretudo, na capital do país, onde é esperado um grande número de caravanas de todo o Brasil. Por conta de toda essa mobilização, em torno do Sete de Setembro, há mais de um mês, as Forças Armadas já vinham mantendo um regime extraordinário de prontidão, com seguidas reuniões e preparações estratégicas prévias, de modo a garantir a segurança e a tranquilidade que a data exige.

         A depender do que tem sido verificado em outras manifestações da turma do verde e amarelo, maldosamente alcunhada, por parte da imprensa, de direita, a festa da Independência será tranquila e pacifica, com famílias inteiras presentes nos eventos por todo o país. À semelhança de outros acontecimentos do gênero, a presença de idosos, crianças, todos comemorando a possibilidade de liberdade e paz, novamente será o destaque da festa. A bandeira nacional e o amor e apego aos valores e à cultura brasileira, manifestações tão comuns também na maioria dos países desenvolvidos, que levam esses eventos muito a sério, parecem estar de volta e fazem bem ao sentido de nação.

          O apego aos valores nacionais, que estrategicamente as esquerdas passaram a denominar chauvinismo, associando-o, erroneamente, à xenofobia, não pode continuar a ser confundido e até menosprezado quando se nota que são esses os valores que induzem o sentido de nação e de pertencimento a uma mesma origem, mesma cultura, mesmo destino.

         Incentivar os reais valores nacionais, independente da coloração política, permite estender o sentido de família a toda sociedade, dando coesão e fortalecendo o aspecto humano do Brasil. É com orientações dessa natureza que as grandes nações do planeta se fizeram fortes e respeitadas. Não há outra receita para uma nação.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“E viva o Brasil livre e independente! De hoje em diante traremos um laço verde e amarelo, e estas ficarão sendo as cores brasileiras. Independência ou Morte!”

Dom Pedro I

Dom Pedro I — Foto: Cícero Moraes

 

Pérola aos porcos

Um dos absurdos de força tarefa mal empregada é chamar o Corpo de Bombeiros para atender bêbados. Concurso, provas, exames físicos, treinamento, capacitação, para virar “babá de bêbado” é um disparate. O tempo foi usado por um morador do Núcleo Bandeirante. Vamos ver se há alguma ideia na Câmara Legislativa para resolver essa situação.

Foto: Divulgação/CBMDF

 

Saudável

Projetos de inclusão são muitos pelo DF. Capoeira, futebol, música. Seria interessante que as administrações construíssem, com as medidas certas, mesas de tênis de mesa pelas praças. É um esporte que desperta o cognitivo, velocidade, interação com a comunidade.

Praça em Apiacás com a movimentação dos frequentadores jogando tênis de mesa. Foto: Prefeitura de Apiacás.

 

Sem bolsa

Nova modalidade de furto tem acontecido dentro de igrejas em Brasília. Pessoas desavisadas deixam os pertences no banco e os larápios fazem a festa. A última vítima estava na N.S. do Lago, no Lago Norte. Tudo filmado, a meliante tirou o celular da bolsa e saiu tranquilamente da igreja com um comparsa.

Foto: arqbrasilia.com

 

História de Brasília

O assunto hoje começa com “Gavião”. Esquecido, abandonado, largado, caindo aos pedaços, lamacento, sem luz, telefone, taxi, farmácia e até a Cruz que o abençoava do alto mãos criminosas a puseram dentro de uma torre metálica. (Publicada em 10.03.1962)

Samba e bandeira no pé

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         Tomassem para si apenas o que está escrito na bandeira nacional, os homens públicos deste país poderiam, com segurança, dispensar milhares de outras leis e preceitos, que enchem os alfarrábios jurídicos. A bandeira, ao contrário do que muitos pensam, não é uma logomarca, dessas a qual o marketing recorre para identificar um produto ou marca. Ela vai muito além, inclusive do seu sentido político, sendo, antes de tudo, a representação, mesmo que simbólica, de toda a nação e não apenas de um grupo específico dentro da nação.

         “O amor por princípio e a ordem por base. O progresso por fim”. Eram lemas correntes, dentro da filosofia positivista do século XIX, que ficaram resumidos em nossa bandeira: Ordem e Progresso, sendo essa primeira adotada no sentido de manutenção de tudo aquilo que é bom e que possui funcionamento correto dentro dos princípios da ética. O Progresso veio em reforço da ideia de defesa do desenvolvimento, sobretudo, dentro dos parâmetros daquilo que se conhece atualmente por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

         Há, portanto, progresso quando o povo é o objeto e fim desse desenvolvimento. No mais, fica ainda subentendido que só se pode haver progresso ou se avançar no desenvolvimento na medida em que ele é construído dentro da ordem, que também engloba em si os conceitos de ética pública e total pureza de princípios por parte dos homens públicos e de toda a nação.

         Fácil entender esses conceitos quando se observam que somente as nações que empreenderam um desenvolvimento com base nos princípios da ordem, da Justiça, com direitos e deveres iguais para todos, é que lograram alcançar o tão almejado progresso. Não há, no atual estágio de evolução humana, como apontar nação alguma que tenha logrado o desenvolvimento e riqueza de sua população abrindo mão da ordem e da Justiça.

         Com base apenas no que está dito acima, fica fácil também entender porque ainda patinamos num subdesenvolvimento crônico, com milhões de cidadãos vivendo na pobreza e sem segurança alimentar. Um olhar atento pelas ruas de nossas metrópoles dá uma mostra do quanto ainda temos que avançar para sair de onde estamos. Não é só aqui dentro que podemos ter um retrato do nosso descaso com a ordem e com o progresso.

         Quando vemos uma artista brasileira, radicada nos Estados Unidos, filha de família rica e famosa, que teve oportunidade de estudar nos melhores colégios do planeta, apresentar-se em público, literalmente sambando em cima da bandeira, limpando os pés e fazendo deboche de sua terra e de sua gente, é que se pode entender que ainda não estamos prontos para a Ordem e muito menos para sua consequência que é o Progresso.

          Quando ouvimos no pedido de perdão um malabarismo vernacular dizendo que o ódio veio de quem respeita a bandeira ou quando notamos que temos que formular leis, como a de Improbidade Administrativa e outras do gênero, para que os homens públicos e gestores se abstenham de desviar os recursos públicos em causa própria, vemos bem onde ainda permanecemos e porque estamos onde estamos.

          Por certo, os corruptos, que ainda infestam este país, não viram o que está escrito em nossa bandeira. Se viram, não entenderam. Se entenderam o que está escrito, não cumpriram; se não cumpriram é porque falta gente para fazer valer a lei. Enquanto essa gente de coragem não chega, seguem como aquela cantora: sambando e sapateando em cima de todos nós.

A frase que foi pronunciada:

“Perguntava-se à Sra. De Rochefort se tinha vontade de conhecer o futuro. Não, respondeu ela, o futuro se parece demais com o passado.”

Chamfort (1741-1794), Caracteres e Anedotas

Foto: Credit: Gamma-Rapho via Getty Images/API

 

Revolta

Corre pelas redes sociais a reprodução da página do Diário Oficial com a informação do pagamento de dois milhões e meio patrocinando Nando Reis. Depois descobriram que foi em 2012.

 

Na mira

Prefeitos de diversas cidades foram flagrados cobrando propina de várias formas. Com um celular, é possível comprovar o ilícito. Agora, o que é feito com esse material vai depender do delegado, do juiz e da população.

Charge publicada em vvale.com

 

História de Brasília

O hábito de servir café já adocicado em Brasília está se generalizando injustamente. Reclame, quando lhe negarem o direito de escolher a quantidade de açúcar para a sua xícara. (Publicada em 08.03.1962)

Fiquem onde estão

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

Não é raro caber aos nossos irmãos e conterrâneos que moram em outros países, distantes no tempo e espaço, uma visão muito mais acurada sobre o que ocorre dentro do Brasil, do que aqueles indivíduos que aqui permanecem por toda a vida. Essa ligação com o país de origem é um fator que, por mais que você viva longe da sua terra, nunca desaparece.

Em alguns casos, esse fenômeno de ligação e de pertencimento até se intensifica com o passar dos anos. Trata-se de um processo natural, intensificado por certa dose de melancolia e saudosismo. É o que os antigos escravos chamavam de banzo.

Essa história de que a pátria está nos sapatos do homem do mundo pode até fazer sentido para aquele pequeno grupo de indivíduos que adota o planeta como uma casa estendida. De tão raros, esses personagens não pesam na balança que afere os sentimentos de natividade. Estar longe do país de origem faz crescer, em muitos, um sentimento diferente de nacionalismo, distante do que isso possa significar para oportunistas políticos.

É o nacionalismo da raiz, com tudo o que isso possa representar para o imaginário do indivíduo, incluindo aí sua infância, seus familiares e amigos e todo o ambiente que o cercava no passado. São imagens fixadas na mente e na alma e que nenhuma bonança material presente pode apagar. Esses eternos estrangeiros, mesmo que possuam um novo documento de cidadania, vivem essa dualidade permanente. Em caso de conflito armado, entre o país em que agora residem de forma definitiva e onde muitas vezes constituíram família e uma nova vida e identidade, e sua antiga terra de origem, de que lado ficar? A opção por defender qualquer uma das partes significa, de imediato, uma traição à outra. Mesmo a neutralidade, não optando por nenhuma, pode gerar um sentimento de dupla traição, o que parece ainda pior. Não há escolhas para o estrangeiro de dois países. Assim como não há um apagar das origens. Vive-se numa terra, sempre alheia como alguém do lugar.

O tempo, que a tudo promove o sentimento de pacificação, cuida de ir apagando a língua materna, substituída pelo novo vocábulo local. Palavras e frases inteiras são esquecidas e substituídas por outras do novo idioma. Não é nem uma língua nem outra, é a que basta no momento.

Para aqueles que ainda sonham em um dia retornar, mesmo que saibam no íntimo que nunca mais voltarão, há o refúgio no noticiário. Para isso leem tudo que encontram sobre seu país de origem. Procuram confirmar suas suspeitas. Muita coisa piorou e muito. O que apreendem nos jornais, que agora acompanham diariamente, é que parece não haver saída para o Brasil. Nem hoje, nem amanhã. Inteiram-se e ficam em paz, sabendo que o melhor é permanecer onde está e ir adiando para nunca um possível regresso.

O noticiário diário informa e previne: fique onde está, mesmo sendo um eterno estrangeiro. Por aqui a situação nacional não possui saída feliz. Até mesmo seus amigos já se dispersaram pelo mundo. Outros morreram. Como morreram também parte de seus familiares, a sua rua e seus amores. Aquela praça e aquele córrego onde costumavam passar horas de sua mocidade, já não mais existe. A praça está tomada de mendigos e viciados. O córrego que sobrou virou esgoto a céu aberto.

Os políticos e as elites do Estado, escolhidos pelo voto, que podiam fazer alguma coisa para mudar o rumo da decadência, não apenas não fazem nada, como ainda colaboram para piorar a situação e assim permanecerem por cima. Os jornais lá fora informam aos brasileiros de além-mar: fiquem onde estão! O Brasil de suas saudades deixou de existir. Retornar por essas bandas é reviver os mesmos pesadelos que fizeram você um dia partir. Fiquem onde estão.

A frase que foi pronunciada:

A inteligência é feita por um terço de instinto – um terço de memória – e o último terço de vontade.”

Carlo Dossi

Carlo Dossi. Foto: wikipedia.org

Mandioca brasileira

Mais uma vez a Universidade de Brasília presta uma carinhosa homenagem ao professor Nagib Nassar. Na semana passada, no campus de Planaltina, foi distribuída a variedade melhorada da mandioca desenvolvida pelo professor para toda a cidade de Cavalcanti e aos alunos do curso daquele campus que vieram de 6 estados para se especializarem.

Professor Nagib Nassar. Foto: radios.ebc.com.br

Entusiasmo

Carta de leitora entusiasmada pelo serviço recebido. “Uma dica para quem está apaixonado. E se estiver apaixonado e também for apaixonado por Brasília, melhor ainda! O fotógrafo Ivan Mattos, já conhecido pelo seu serviço voluntário ao Zoo Brasília, está arrancando suspiros, agora pela Perpetuum Foto e Filme. Vale seguir a página da empresa para conferir os ensaios que têm ressaltado os traços dessa bela capital!”

Foto: Ivan Mattos. Museu Nacional da República.

História de Brasília

E não reiniciaram por má vontade, má-fé. O presidente do IAPFESP, general Aloísio de Andrade Moura quer saber antes o resultado do inquérito mandado instaurar contra a comissão de sindicância que estudava um inquérito e vai daí por diante até alguém achar mais. (Publicada em 15/02/1962)

Ufanismo versus complexo de vira-lata

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Charge: nanihumor.com

 

Diferentemente do que muitos possam pensar, a distância a separar o ufanismo, que seria segundo os dicionários, uma espécie de orgulho exagerado pelo país de origem, e o chamado vira-latismo, que seria seu oposto, ou seja, um complexo de inferioridade sentida pelos brasileiros com relação a outros países, sobretudo os mais desenvolvidos, é mínima, quase fronteiriça.

Ambos são descritos pela Psicologia como complexos, ou seja, ligados ao inconsciente humano e possuem o mesmo ponto de partida que são os sentimentos de inferioridade. Enquanto o ufanista projeta seus sentimentos de inferioridade em outrem, criando para si uma posição ilusória de superioridade, o portador do chamado complexo de inferioridade busca se tornar superior ao outro pela busca de compensações ou comportamento antissocial e excêntrico.

Tanto o ufanista como o portador do complexo de vira-lata comungam uma espécie de inferioridade cultural. O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912- 1980) foi o criador da expressão “Complexo de vira-lata”. Ao observar em artigo publicado naquela ocasião que a derrota da Seleção Brasileira de Futebol para o Uruguai em 1950, em pleno Maracanã, provocara uma espécie de desalento traumático e de catarse de tal ordem na população, que tal fato teria se convertido numa espécie de vira-latismo coletivo, com os cidadãos reclamando não apenas contra a ilusão do futebol, mas principalmente associando essa derrota com as precárias condições de vida, social, política e econômica dos brasileiros em geral.

Em sua definição, tal fenômeno tinha uma explicação: “Por “complexo de vira-lata” entendo eu, a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.” Nesses setenta anos que nos separam daquele momento raro de introspecção histórica e coletiva, com relação a esses tipos específicos de complexos, é possível afirmar que pouca coisa mudou desde então no subconsciente do brasileiro. Apenas o futebol deixou de ser a pátria de chuteiras, passando a ser uma indústria semelhante ao Show Business, com os jogadores suando a camisa ou despencando campo adentro apenas por dinheiro.

No campo social, político e econômico, o país permanece o mesmo, com as desigualdades históricas de sempre, com os políticos mais caros e mais corruptos do planeta e com um cenário econômico onde as melhorias alcançadas em muitos setores, resultam em enriquecimento e maiores concentrações de renda para poucos. O complexo de inferioridade ou de vira-lata ainda persiste como uma característica cultural marcante, devido justamente a essa ausência de pretextos ou de esteios históricos que induzam a nação à autoestima.

O uso do futebol como instrumento de “ufanização”, como feito por muitos governos, já não funciona como antes. Há até quem argumente que a derrota de 7 x 1 para a Alemanha na Copa de 2014 marcaria, de forma sombria, o início da derrocada do governo de esquerda, prenunciando o que viria a ser, do ponto de vista político, e principalmente no aspecto financeiro, um período marcado pela maior e mais devastadora depressão econômica da história.

Perto da catarse coletiva de 50, que levou Nelson Rodrigues a cunhar a expressão de “complexo de vira-lata”, a derrota da seleção, sessenta e quatro anos depois, no estádio do Mineirão, por um placar humilhante, serviu não apenas para reafirmar a tese do dramaturgo, ainda não integrada aos compêndios da Psicologia, como desmascarou e pôs abaixo todo um cenário armado ardilosamente pela elite política para esconder o Brasil real sob o tapete de grama dos campos de futebol.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A primeira riqueza natural, sendo mais nobre e vantajosa, torna a população descuidada, orgulhosa e dada a excessos; ao passo que a segunda riqueza, a adquirida pelo trabalho, desenvolve a vigilância, a literatura, as artes e as instituições políticas.”

Thomas Mun (1571-1641), escritor inglês de economia.

Imagem: beforeeconomics.wordpress.com

 

 

Bom para o BR

Será lançado, ainda esse ano, pela editora RIBA, o livro de Edward Barsley, Retrofitting for Flood Resilience: A Guide to Building & Community Design, voltado para construtores, financiadores, arquitetos e engenheiros. Veja, no link Building a flood resilient future, que trabalho espetacular para defender a comunidade acostumada com enchentes.

 

 

 

Em paz

São muitos os envolvidos nesse projeto para que tudo dê certo, mas dois nomes se destacam: Larissa Polejack e Ileno Izídio. Trata-se de um trabalho da UnB que reforça ações para uma qualidade de vida melhor voltada tanto para a comunidade quanto para os funcionários da própria universidade, tanto da saúde física quanto mental. A UnB faz parte da Rede Brasileira de Universidades Promotoras de Saúde (Rebraups). Veja a matéria completa de Serena Veloso a seguir.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O serviço telefônico de Brasília, contra o qual nós sempre reclamamos, já é um dos melhores do Brasil, e, embora não autorizado a publicar, não se surpreendam, vocês, se em breve as ligações para o Rio forem feitas pelo próprio assinante, com a ligação de um número a mais para o circuito com a Guanabara. (Publicado em 15/12/1961)