Brasil lindo e inzoneiro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Dia da Vitória. Foto: militares.estrategia.com

 

Com a nova configuração estratégica e política do mundo, catalisada pelas guerras que se seguem entre Rússia e Ucrânia e pelo eminente alastramento dos conflitos no Oriente Médio, opondo Israel ao mundo Islâmico, fica cada vez mais nítido que o planeta vai sendo divido entre nações que vivem sob um regime ditatorial cruel e países que ainda respiram liberdade.

Para os mais incisivos, o globo vai sendo cortado em duas metades. Uma dos que acreditam que a herança grega, romana, judaica e cristã ainda é o mais importante pilar a sustentar e trazer razão à civilização Ocidental. Do outro lado, emergem nações submersas por crenças religiosas radicais. Nesse grupo submetido a ditadores, há ainda nações esmagadas por ditaduras ateias, que substituíram as orientações divinas por pastores do comunismo.

Essas nações distantes das ideias democráticas encontram no grupo denominado Brics uma espécie de refúgio em que podem dar vazão ao totalitarismo. De certa forma, o que se assiste é uma reorganização de grupos como havia na Segunda Grande Guerra (1939-1945), opondo o Eixo aos Aliados. Se for esse o caso, estamos de frente à repetição da história, o que pode resultar em uma grande farsa feita às custas de muitas vidas e estragos, forçando o mundo a retroceder.

Ao incorporar países como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã, o Brics vai se tornando cada vez mais parecido com o Eixo da Segunda Guerra. O Brasil, nesse meio confuso, vai se parecendo cada vez mais com o Brasil de Getúlio Vargas. Se for esse o caso, em algum momento, o país terá que pular desse barco furado, pois as consequências por andar em más companhias virão de uma forma ou de outra.

Tomando a realidade fática como elemento condutor da razão, vemos que ainda é válida a tese de que geografia é destino e, sobretudo, futuro. Para aqueles que veem o Brics como um singelo e pacífico bloco devotado apenas às teses do comércio e do desenvolvimento dessas economias, o Brasil estaria em boa companhia. Para aqueles que enxergam mais longe e desconfiam das estratégias laicas de dominação de países como Rússia e China ou mesmo da expansão do Islamismo pelo mundo Ocidental, o Brics podem vir a representar, num futuro não muito distante, uma enorme ameaça aos valores e vida ocidental.

Empurrar essa visão mais pessimista para as proximidades das chamadas teorias da conspiração não resolve o problema, ofusca a realidade e serve apenas para aqueles que estão preparando tranquilamente essa distopia mundial. Há um processo claro em andamento, e isso pode ser observado dentro de nosso país por meio da aproximação cada vez mais nítida entre o governo e o Partido Comunista Chinês.

Não é preciso lembrar que a China apoia a Rússia em sua investida contra a Ucrânia, assim como apoia o Irã em sua movimentação de tropas contra Israel. Para o governo chinês, ver o mundo pegar fogo ajuda em sua tática de anexar Taiwan e ampliar o caminho da seda, que nada tem de maceio e belo. Ao que parece, o Brasil vai incorporando a figura folclórica de país inzoneiro, intrigante, mentiroso, enredador, manhoso e sonso.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se seus parceiros de negócios não estão trabalhando tão duro quanto você, não é uma parceria, é um navio afundando.”

Julian Hall, empresário

Foto: revirnegocios.com

 

Aeroporto

Poucas cadeiras no Aeroporto Internacional de Brasília, no desembarque, mostram que não há preocupação em manter conforto aos idosos, gestantes e obesos.

Píer Sul do Aeroporto Internacional de Brasília. Foto: bsb.aero

 

Evento

Pessoal animado com a iniciativa que acontecerá neste sábado no Gama. Nos 20 anos de comemoração do 20º aniversário da sede da Promotoria de Justiça do Gama, e ao 27º da Promotoria de Justiça de Defesa da Filiação (Profide), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) providenciou uma equipe em mutirão que trabalhará no reconhecimento de paternidade.

Ilustração: mpdft.mp

 

História de Brasília

O sr. Antônio Venâncio da Silva, lançará um novo prédio em Brasília, também no Setor Comercial Sul. É um homem de negócios que não vive em Brasília, mas acredita na cidade e aqui tem feito grandes investimentos, depois de concluir o Edifício Ceará. (Publicada em 15.04.1962)

Os pés da igreja

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Foto: Pablo Cozzaglio/ AFP

 

          Ao longo de mais de vinte séculos, a igreja vem caminhando com os pés dos padres, dos fiéis e dos conhecidos homens santos ou aqueles que abraçaram as dores do mundo, chamando a atenção para os altos valores espirituais. É possível afirmar que, sem essa caminhada, cheia de rosas e espinhos, o mundo ocidental não seria o que é hoje. Mais do que guardiões da cultura e sabedoria clássica, greco-romana e judaica, a igreja cristã, por sua orientação, construída a partir das palavras de Cristo, foi a responsável maior pelo processo de humanização dos povos, possibilitando a formação da cultura ocidental.

         Óbvio que nesse caminhar humano, levando adiante o estandarte da luz e da fé, erros foram cometidos, não provenientes da doutrina e da palavra, mas provocadas apenas pela má conduta de homens de carne e osso. O que é importante saber é que sem as consequências dessa travessia, que misturava espiritualidade e muito trabalho secular, não estaríamos aqui hoje. Nosso mundo, caso ainda existisse, seria outro. Talvez um mundo irreconhecível por sua barbaridade extrema.

         Não é de se estranhar que os pés, pelo exercício do livre arbítrio da mente, podem, muito bem, nos conduzir à paz ou à guerra, à vida ou à morte. Ainda hoje, em pleno século XXI, é certo imaginar que sem essa força inspiradora, para prosseguirmos firmes, preservando todo esse imenso legado, feito de pedra e fé, iremos irremediavelmente sucumbir. Pereceremos sob o lento amalgamar de culturas que visam não a somar forças com a cristandade e toda sua herança de paz, mas destruí-la, erguendo em seu lugar altares à morte, à intolerância e ao extremismo xenófobo dos homens bombas.

         Estudos realizados recentemente por universidades europeias mostram que, até 2050, a prosseguir o processo acelerado de islamização trazido por levas incontroladas de imigrantes, todo aquele continente, berço precioso de toda a cultura ocidental, irá não apenas sucumbir à pressão daquela cultura anticristã, mas deixar de existir conforme a conhecemos hoje.

         Diante de todos e sem resistência alguma, igrejas e templos cristãos são vilipendiados e incendiados por toda a Europa, num aviso claro do que está por vir. Mulheres são molestadas. Grupos cristãos atacados em seu próprio país. A cultura do ódio e contra os costumes cristãos se espalha por todo o continente sem resistência. Estamos assistindo de camarote o lento fim da cultura judaico-cristã, e sua substituição por uma fé e costume que visam a destruição de tudo o que civilização ocidental é. Não é pouca coisa. Fenômenos históricos como o crescimento exponencial da população mulçumana e de uma clara divisão entre oeste e leste europeu ameaçam o prosseguimento de nossa civilização. Não se trata aqui de um processo cultural harmonioso ou positivo para o futuro das mais de 28 nações que compõem a comunidade europeia. Tudo nesse amalgamento leva a crer que, cedo ou tarde, haverá embates sérios e isso é grave, pois tende a se espalhar para o resto do mundo, trazendo, quem sabe, uma nova e imaginária reedição das cruzadas, tudo isso ao mesmo tempo em que a ciência ocidental busca novos paradigmas para a perpetuação da ameaçada espécie humana.

          Curioso notar que, mais uma vez, em vista do que está por vir, teremos que nos reunir e, com nossos pés, prosseguir a caminhada, levando em procissão nosso estandarte, que, afinal, é nosso Norte e razão de ser, num mundo em reboliço.

 

A frase que foi pronunciada:

“Como um homem julgará o que fazer em tais tempos?’

– Como ele sempre julgou – disse Aragorn. ‘O bem e o mal não mudaram desde o passado… É função do homem discerni-los, tanto no Bosque Dourado como em sua própria casa.'”

  1. R. R. Tolkien

 

Lápis e papel

Brasília reafirma sua vocação modernista na arquitetura, mostrando ao mundo a capacidade ímpar de nossos profissionais urbanistas na arte de bem projetar uma cidade, com toda a sua complexidade e funcionalidade alcançada apenas com a ajuda simples de cérebros, papel e lápis.

Foto: Valter Campanato (veja.abril.com.br)

 

Minimalista

Num tempo em que computadores não eram vistos nem em ficção científica, essa proeza minimalista parece ter dado o toque humano que projetos dessa magnitude deve conter.

 

Para o futuro

Agora a cidade é palco para o 3º Fórum Mundial Niemeyer, reunindo especialistas em arquitetura, urbanismo, ciência, cultura e humanidades, com o objetivo de debater o futuro das cidades e do planeta nesse século XXI

Oscar Niemeyer. Foto: Arquivo Público do DF

 

História de Brasília

Mas, já que o PTB pôs na quota êsses apartamentos da 106 e 306, o dr. Helano Maia de Souza poderia assumir a defesa dos funcionários e distribuir apartamentos. No dia em que nós demos, aqui, uma nota sobre o que aconteceria aos que estão em atraso de aluguel, o IAPC arrecadou num dia o que não vinha arrecadando em um mês, nestes últimos tempos. (Publicada em 07.04.1962)

Pela beirada

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Foto: Reprodução da Internet

 

Mídias sociais mostram culturas diversas invadindo a Europa. Com cidades importantes do Velho Continente, uma verdadeira onda de protestos e paralisações ameaçam varrer o que ainda resiste de cultura Ocidental. A França, outrora a mais representativa nação a propagar os valores da cultura ocidental, com seus libelos de liberdade, igualdade e fraternidade e que deu impulso ao surgimento dos estados contemporâneos, vem, particularmente, sofrendo uma erupção interna deflagrada, justamente, por aqueles a quem acolheu e deu abrigo e, em muitos casos, à cidadania plena.

As manifestações de populações muçulmanas contra as tradições e a cultura local ameaçam não apenas a França que conhecemos por meio de Montesquieu, Balzac, Victor Hugo, Voltaire, Curie, Beauvoir, Sartre e uma infinidade de outros nomes ilustres, mas a França berço de nossas tradições mais caras. Agora, em Portugal, as pressões que essas comunidades estrangeiras têm feito para, inclusive, substituir as leis seculares pela sharia ou a lei islâmica, com base no Alcorão, vem aumentado seus ecos de forma assustadora. A população muçulmana em alguns países europeus e no continente em geral pode triplicar até 2050, representando até 14% do total, diz pesquisa do instituto americano Pew Research Center.

Relatos de agressões se multiplicam a cada dia. Esse mesmo fervor baseado no radicalismo religioso, aos poucos vai se espalhando por outros países, numa espécie de revival das cruzadas que, dos séculos 11 ao 13, opuseram cristãos e outros povos do Oriente, pela libertação da Terra Santa.

Trata-se, não exatamente de um mundo novo nem tampouco admirável, ante a inércia e o imobilismo impostos pela letargia, de aproveitar as brechas para migrar entre as rachaduras expostas de nossa cultura. Não por acaso, dentro desse cenário de distopias, as igrejas cristãs vêm sofrendo uma série de ataques, com depredações de parte de nosso acervo sagrado, incêndios em templos, perseguições aos clérigos e aos crentes, e todo um movimento, mais vivo do que nunca, que visa destruir alguns dos mais importantes baluartes de nossa cultura. Nesse movimento de razia contra o Ocidente, nem mesmo as famílias escapam desses ventos loucos.

 

A frase que foi pronunciada:
“A especulação é no comércio uma necessidade; é nos abusos, uma inconveniência; mas entre as inconveniências dos abusos e a necessidade do uso, está, em todos os casos dessa espécie a liberdade, que deve ser respeitada, porque se em nome de abusos possíveis nos quiserem tirar a liberdade do uso, talvez não nos deixem água para beber.”

Rui Barbosa

Foto: academia.org

 

Mulheres no poder
Nas homenagens a Brasília que aconteceram na Câmara Legislativa, a deputada distrital Paula Belmonte foi bastante elogiada pela coragem e, principalmente, pelo posicionamento político coerente. Contra ou a favor da maré, a deputada Paula luta pelos mesmos ideais, enfrentando as mais diversas ameaças. Quem participou da solenidade foi Maria de Lourdes Abadia, que destacou o trabalho de Paula Belmonte em defesa das crianças e das mulheres, além de lutar por uma capital mais justa e com oportunidades para todos.

Deputada Distrital Paula Belmonte. Foto: cl.df.gov

 

Virtude
Aconteceu no auditório da Cúria Metropolitana, a palestra com o ministro Ives Gandra Martins Filho, com o tema Virtudes: um Ideal de excelência. O evento foi organizado pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa. Como sempre, ninguém sai da forma que entrou quando o Dr. Ives Gandra está com a palavra.

Ives Gandra Martins Filho, ministro do TST.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

 

Ameaças
Aconteceu no Gama. Um garoto de oito anos avisou à mãe: “Não vai ter aula amanhã por causa de um tal de massacre”. E completou: “Mãe, o que é isso?”

Charge: J. Bosco

 

Pavor
Por falar nisso, ao dar um pulinho na farmácia do Varjão, com o carro cheio de crianças, o cidadão se depara com um corpo baleado no meio da rua. A cena foi de horror, mas as crianças foram orientadas a olhar para o tapete do carro até segunda ordem.

 

História de Brasília

A romaria de solidariedade ao Tonico, no Banco da Lavoura, é um reflexo do reconhecimento dos que construíram Brasília, para com aquele verdadeiro pioneiro. (Publicada em 18/03/1962)